A moda que marca o ambiente

ELEONORA RHEIN E LAURA ZUCCOLO 

 

      O presente trabalho pretende divulgar os impactos ambientais da Alta-costura, uma moda que surgiu na Europa e desde seu início vem servindo como inspiração para o resto do mundo. 

     Primeiramente idealizada por um costureiro inglês do século XIX chamado Charles Frederick Wortha alta-costura surgiu quando ele começou a confeccionar coleções a seu gosto, mudando o conceito de moda. A alta-costura é, de acordo com a Wikipedia, a “criação em escala artesanal de modelos exclusivos feitos sob medida, exclusivos para eventos de gala ou black-tie, casamentos e eventos formais de alta categoria, frequentemente, apresentam bordados de linha e/ou pedrarias e metais preciosos.”, sendo assim uma moda exclusiva feita à mão com materiais de grande qualidade. 

Ilustração de Charles Frederick Worth. Fonte: Wikipedia

O que é a Alta-Costura e onde encontrá-la 

   A alta-costura, exclusivamente realizada em Paris, faz parte da Federação Francesa de Alta Costura, das casas Chanel, Dior, Schiaparelli, Maison Margiela, Atelier Versace, Zuhair Murad, Elie Saab, Bouchra Jarrar, Stéphane Rolland, Jean Paul Gaultier, Viktor & Rolf, Adeline Andre, Ulyana Sergeenko, Fendi, Giorgio Armani Privé, Alexis Mabille, Maurizio Galante, Alexandre Vauthier, Giambattista Valli, Ralph & Russo, Franck Sorbier e Iris Van Herpen. 

   Ela é, atualmente, definida pela criatividade e experimentação, expertise antiga e dinheiro novo, tendo a Federação da Alta Costura e da Moda (antiga Chambre Syndicale de la Haute Couture) como quem define o que faz e o que não faz parte da Alta-Costura.  

        Estima-se que há cerca de quatro mil consumidores globais de Alta-costura, e todos fazem parte da alta sociedade. Enquanto uma peça sem muitos ornamentos pode custar US$ 10 mil, outras mais trabalhadas podem chegar em US$ 1 milhão. Com as divulgações sobre essa moda nas redes sociais, a Alta-Costura foi se popularizando e começou a ser uma inspiração e desejo das pessoas, incluindo entre elas quem não pode comprar essas roupas.  

Os vestidos de noiva das passarelas da Alta-Costura: Durante a semana de Alta-Costura de Paris, algumas grifes estão sendo fiéis à tradição de encerrar o desfile com um vestido de noiva – clássico ou ousado. Imagem: Casar.com

Impactos da produção de roupas ao meio-ambiente 

A produção de roupas da Alta-Costura traz um grande impacto ao meio ambiente.  Para fazer essas roupas, existe um consumo de um volume enorme de água nos processos de beneficiamento e acabamento. Esses processos envolvem também o consumo de energia, contaminação do solo, emissões atmosféricas de poluentes e resíduos sólidos.  

Começando pela energia que alimenta a maior parte das coisas ao nosso redor, sua economia é importante tanto por motivos financeiros – como, por exemplo, evitar gastos excessivos e desnecessários – quanto por motivos ambientais, já que a geração de energia depende da exploração de recursos naturais, o que causa muitos danos no meio ambiente. 

O solo deve ser bem cuidado, tanto para uso comum quanto para o bem estar do meio ambiente. A contaminação do solo altera radicalmente a sua composição, diminui a fertilidade, aumenta a erodibilidade – erosão do solo – retira uma boa parte dos nutrientes, causa um desequilíbrio ecológico, desertificação, poluição alimentar, envenenamento de humanos e animais devido à ingestão dessas substâncias e emissão de gases poluentes.  

Os danos à atmosfera causados pela emissão desses gases podem modificar a temperatura média do planeta Terra, causando o desequilíbrio do efeito estufa e o aquecimento global, além de prejudicar a saúde humana e ameaçar espécies sensíveis a essas alterações. 

A má gestão dos resíduos sólidos, como já dito anteriormente, pode causar várias doenças para a população, criando danos na saúde das pessoas, e o setor de moda, após perceber isso, se preocupou. 

Segundo a Naraguichon – Design sustentável para um mundo melhor -, o poliéster, por exemplo, demora cerca de 200 anos para se decompor. Uma peça de Fast Fashion não passa de aproximadamente 5 lavagens e não dura mais do que 35 dias. Peças de fibras sintéticas baratas acabam emitindo na natureza o composto óxido nitroso (N2O), que é 300% mais venenoso do que o dióxido de carbono (CO2). 

Fotografia dos bastidores da criação de uma roupa da Alta-Costura no ateliê de Christian Dior. Fonte: Fashion Network.com

A Alta-costura, além de ser muito cara, também tem um curto período de uso, e ao utilizar vários recursos naturais, acaba criando uma grande quantidade de poluição que impacta negativamente o meio-ambiente. 

   Designers fazem as roupas para pessoas admirarem, comprarem e usarem, criando assim um ciclo. Porém, eventualmente, as pessoas acabam deixando as peças de lado pois, em grande parte, saem de linha. Mesmo com as peças estando dentro dos ateliês ou na casa de consumidores, uma hora elas acabam ficando sem utilidade, e vão sendo esquecidas, o que cria um gasto excessivo de tecido, linha e até de joias extremamente caras. 

   Ou seja, a Alta-Costura traz, além de grandes impactos para o ambiente, cada vez mais lixo e outros inúmeros desperdícios, junto a um consumo excessivo de recursos naturais. Por causa disso, todos os consumidores dessa moda deveriam refletir sobre a pergunta: realmente vale a pena gastar, no mínimo, US$ 10 mil só para comprar uma peça que, mesmo estando na moda, desde o início de sua fabricação já teve influências negativas no meio-ambiente e não vai durar mais de dois meses?  

 

Fontes 

Wikipedia – Alta Costura. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alta-costura#:~:text=Alta%2Dcostura%20(do%20franc%C3%AAs%20haute,ou%20pedrarias%20e%20metais%20preciosos 

Camila YahnAlta Costura: o que é, quanto custa, quem faz e quem compra (27.08.2020). Disponível em: https://ffw.uol.com.br/noticias/moda/alta-costura-o-que-e-quanto-custa-quem-faz-e-quem-compra-2/  

https://www.canal2.com.br/po-de-plastico-vira-materia-prima-da-alta-costura/ 

Carolina Salles. Os impactos por trás das roupas que compramos 

Disponível emhttps://carollinasalle.jusbrasil.com.br/noticias/120463135/os-impactos-por-tras-das-roupa-que-compramos#:~:text=Al%C3%A9m%20de%20consumir%20um%20volume,de%20poluentes%20e%20res%C3%ADduos%20s%C3%B3lidos. 

CEMIRIM – Economia de Energia. Disponível em: https://cemirim.com.br/economia-de-energia/  

Saniplan Engenharia Ambiental – Solo contaminado: o perigo e as consequências (03/05/2017).  

Disponível em: https://www.saniplanengenharia.com.br/blog/solo-contaminado-o-perigo-e-as-consequencias  

VG Resíduos.com – Impactos da má gestão dos resíduos sólidos (20/10/2020) 

Disponível em: https://www.vgresiduos.com.br/blog/impactos-da-ma-gestao-dos-residuossolidos/#:~:text=Os%20impactos%20da%20m%C3%A1%20gest%C3%A3o,dano%20a%20sa%C3%BAde%20das%20pessoas  

ECycle.com – Equipe eCycle – O que são emissões atmosféricas?  

Disponível em: https://www.ecycle.com.br/3041-emissoes#:~:text=Assim%2C%20a%20emiss%C3%A3o%20de%20gases,essas%20altera%C3%A7%C3%B5es%2C%20como%20l%C3%ADquens%2C%20por  

Nara Guichon. Fast Fashion: o impacto da moda no meio ambiente.(28/01/2019) 

Disponível em: https://naraguichontextil.wordpress.com/2019/01/28/fast-fashion-o-impacto-da-moda-no-meio-ambiente/#:~:text=Al%C3%A9m%20do%20alto%20impacto%20ambiental,o%20CO2%2C%20di%C3%B3xido%20de%20carbono 

As consequências da produção de embalagens plásticas

Acauã Nogueira, Felipe Barenco, Felipe Pujol, Pedro Taborda e Vinícius Zuanella

 

Para se falar sobre a produção de embalagens plásticas, é necessário entender o que são as embalagens. Elas são recipientes usados para armazenar produtos temporariamente, com objetivo de criar melhores condições para distribuição, transporte e armazenagem. Embalagens servem também para fazer com que os produtos não entrem em contato com outros organismos. O mundo inteiro produz embalagens plásticas em número massivo, mesmo com todas as consequências que isso tem para o meio ambiente. O objetivo dessa pesquisa é entender quais são essas consequências e como isso impacta a sociedade.  

Como são produzidas as embalagens plásticas 

A embalagens plásticas são confeccionadas a base de polímeros orgânicosa nafta, derivada do óleo bruto e do gás natural, originários do petróleo. Seu uso no mercado de embalagens tem crescido profundamente, em detrimento dos demais tipos de embalagens, o que pode ser atribuído a melhoria contínua dos plásticos.  

Consumo de água nas produções de embalagem  

Dados da Water Footprint Network (O consumo de água na produção de águapor Henrique Pereira) indicam que a pegada hídrica do plástico é relevante e o consumo para produção de uma garrafa plástica de 500 ml consome, em média, 3 litros de água. Ou seja, o consumo de água para fabricação da garrafa pode ser de seis a sete vezes maior que o volume de água dentro da própria garrafa.  

Liberação de poluentes na água e no ar causados pela produção de embalagens plásticas 

Na produção de embalagens plásticas, existe liberação de poluentes no ar. Na produção de embalagens, o petróleo é o óleo combustível. A queima desse óleo libera uma grande quantidade de gás carbônico, gás metano e outros poluentes para a atmosfera. Com o uso desse tipo de embalagem crescendo cada vez mais, existe a maior necessidade de produzir embalagens, e, portanto, estamos poluindo cada vez mais. 

Descarte de embalagens plásticas 

Segundo o Estadão (Brasil produz mais de 11,3 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, por Tatiana Coelho), o g1 (Brasil é o 4°maior produtor de lixo plástico do mundo e recicla apenas 1%”, por Amcham Brasil) e outros sites de notícias, o Brasil gera 11 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, sendo a maioria embalagens plásticas. Esses dados tornam o Brasil o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo. Além disso, o Brasil também perde 5,7 bilhões de plástico não reciclado por ano.  

As embalagens plásticas, quando consumidas de maneira exagerada e descartadas de maneira inadequada, contribuem e muito para o esgotamento de aterros e lixões, dificultam a degradação de outros resíduos, são ingeridos por animais causando sua morte, poluem a paisagem, causam problemas na rede elétrica (sacolas que se prendem em fios de alta tensão), e muitos outros tipos de impactos ambientais menos visíveis ao consumidor. Com isso, proliferam-se os lixões a céu aberto, contaminando a água dos rios e lençóis freáticos, o que comprometnossa saúde. 

Lixo plástico nas praias. Anualmente, 8 milhões de toneladas de plástico são jogadas nos oceanos. Fonte: SENAC

Transformações na paisagem da sociedade local 

Sabemos que o plástico está muito presente no nosso cotidiano, levando por volta de 400 anos para ser decomposto, fazendo com que ele se acumule em diferentes paisagens, principalmente pelo hábito que muitos tem de jogar lixo no chão ou no mar. Cidades estão sujas de embalagens plásticas nas ruas e mares e lagos estão cheios de lixo. Fora isso, existe também poluição na produção de plásticos, o que contribui para deixar os céus mais escuros. 

Em conclusão, foi possível perceber o quanto a sociedade precisa desses objetos, influenciando mais sua produção. Paralelamente, existem muitos impactos no meio ambiente resultantes da produção dessas embalagens, como poluição, uso grande de água, produção de lixo e transformações nas paisagens rurais e urbanas. Não só isso, mas também consumimos produtos em uma quantidade grande e desnecessária, causando mais necessidade de produzir esse tipo de embalagem e destruindo mais ainda o meio ambiente. Existem, também, maneiras de substituir embalagens plásticas. Já nasceram muitos projetos de embalagens sustentáveis (como embalagens biodegradáveis feitos de fibra de coco, de papel reciclado e outros) cuja produção e descarte não afetam o meio ambiente negativamente. Seria de grande ajuda se conseguíssemos substituir embalagens plásticas, pois, quanto mais necessitamos delas, mais destruímos o meio ambiente. 

 

Referências utilizadas 

A evolução dos tipos de Tecidos

Sofia Ferraz e Túlio Souza 

 

 A pesquisa foi feita para descobrir se o algodão sempre foi, ao longo do tempo, o material mais utilizado para a produção de vestuário, já que, atualmente, é o mais comum. Para isso, foram pesquisados, de acordo com a linha do tempo, quais os materiais mais utilizados em cada período. 

Gráfico construído pelos autores do texto

O algodão sempre foi o material predominante nos tecidos, mas, ainda assim, houve e há a busca por novos materiais mais caros e “sofisticados”. É o caso da seda, da lã natural e do linho. Já o algodão é muito mais presente e barato, o que causa sua popularidade. 

Na pré-história, o tecido mais utilizado era a pele dos animais que eles caçavam, mas ao longo do tempoquando surgiu a arte de tecer, por volta dos anos 5000, 7000 AC, as peles de animais deram lugar às roupas de tecido, originando-se do algodão. 

Durante a idade antiga, houve a predominância de quatro tecidos/materiais: o linho, a lã, o algodão e a seda. Neste período, o linho era considerado símbolo de poder e riqueza pelos egípcios, era valorizado e prestigiado. Já a lã teve grande uso na Mesopotâmia. A cidade domesticava carneiros e ovelhas, tornando a lã um material de fácil acesso. O algodão se tornou popular através da Índia e da Etiópia. O Egito também possuía o maior e mais famoso cultivo de algodão, considerado incrivelmente forte e macio. Informações retiradas do artigo de Juliana Sayuri para a Indústria Têxtil e do Vestuário. 

Houve, também, a descoberta da seda na China. Diz-se que fora descoberta por uma princesa chinesa que, ao colher amoras, se deparou com um casulo envolto em fios macios e finos. A partir daí, seda se tornou um tecido considerado nobre, sendo apropriado da realeza chinesa. Atualmente é um tecido caro por conta da produção, que envolve trabalhar “com” os “bichos da seda”. Fatos retirados do artigo de Juliana Sayuri, novamente para a Indústria Têxtil e do Vestuário. 

No período da idade média, a lã foi de longe o tecido mais comum e usado na confecção do vestuário, Hoje em dia é relativamente caro porque os materiais sintéticos com qualidades semelhantes são fáceis de produzir, mas nos tempos medievais, lã, dependendo da sua qualidade, era um tecido praticamente que todos poderiam pagar., diz o site Greelane (site com artigos sobre curiosidades científicas), num artigo sobre a popularidade dos tecidos de lã. 

Na Idade Moderna eram realizadas navegações e tentativas de descobertas de novas matérias primas. Enquanto isso, lã e algodão continuavam ativos nos meios de produção. 

Atualmente (Idade Contemporânea), o tecido mais comum e mais utilizado por todos é o de algodão, mas há também todos os outros tecidos que foracitados ao longo do texto como linho, lã e seda. Nas lojas mais populares, que são as frequentadas por grande parte da população, as vestes são quase sempre de algodão. Assim, lojas que vendem tecidos baratos tendem a ser também mais baratas. Já em lojas que vendem tecidos de lã, linho e seda naturais, são lojas mais caras e mais sofisticadas, reservando o acesso a esse tipo de veste para uma população mais rica. 

Linha do tempo produzida pelos autores do texto

Problemas da compra de vestuário 

A não popularidade por questões de custo dá um outro rumo aos resultados da pesquisaA partir do momento em que há uma grande variedade de tecidos e que boa parte deles não são acessíveis para toda a populaçãoo vestuário se torna mais uma evidência e consequência da desigualdade social. 

 Dependendo da renda que uma pessoa possui, ela vai ou não conseguir comprar roupas de “boa qualidade”. Se não possuir dinheiro nenhum, nem roupas poderá comprar. Por mais que a desigualdade social no meio do comércio de vestes não seja tãvisível, ainda assim é importante ressaltá-la, refletir e discutir um meio de acabar com ela. Caso não seja possível acabar, pelo menos tentar diminuir.  

O problema surge quando nem todos possuem acesso a todos os tipos de vestes. Como dito acima, mesmo roupas de algodão (as mais “comuns”), não são acessíveis para pessoas de baixa renda. Assim, a compra de vestuário, independentemente do tecido, se torna mais um meio da desigualdade social, contribuindo para a constituição de um país, ou comércio privado e injusto.  

Após as pesquisas, foi possível chegar à conclusão de que sim, o algodão é e sempre foi um dos tecidos mais comuns e mais utilizados durante toda a história. Ainda assim, há o surgimento de muitos outros tecidos e materiais, por mais que não sejam tão populares por questões de produção e custo. 

 

Referências Bibliográficas: informações sobre datas, materiais, produções e história. 

Acessos: 16/11/2020 

Préhisria  Tecidos: história, tramas, tipos e usos. Por Dinah Bueno Pezzolo  

Disponível em:https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=H9O8DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=+tecidos+na+pre-historia&ots=BJUq_UdfrV&sig=Cvb179aKFq5uQmJzFkUijkCncsY#v=onepage&q=tecidos%20na%20pre-historia&f=false 

Idade antiga- história dos tecidos-idade antiga e media. Por Juliana Sayuri  

Disponível em:https://textileindustry.ning.com/profiles/blogs/historia-dos-tecidos-idade 

Idade média  Lã: o pano comum da idade média (sem nome do(a) autor(a))  

Disponível em:https://www.greelane.com/pt/humanidades/hist%C3%B3ria–cultura/wool-the-common-cloth-1788618/#:~:text=Na%20Idade%20M%C3%A9dia%20%2C%20a%20l%C3%A3,tecido%20praticamente%20todos%20poderiam%20pagar 

A história das roupas – Jornal Joca (sem do(a) autor(a)) 

Disponível em:https://www.jornaljoca.com.br/a-historia-das-roupas-2/#:~:text=no%20mundo%20ocidental-,Pr%C3%A9%2DHist%C3%B3ria%20(do%20surgimento%20dos%20primeiros%20seres%20humanos%20at%C3%A9%203.500,lugar%20a%20roupas%20de%20tecido. 

Idade moderna- História dos tecidos-idade moderna e contemporânea. Por Juliana Sayuri. 

 Disponível em:https://textileindustry.ning.com/m/blogpost?id=2370240%3ABlogPost%3A40590 

Idade contemporânea- História dos tecidos-idade moderna e contemporâneaPor Juliana Sayuri 

Disponível em: https://textileindustry.ning.com/m/blogpost?id=2370240%3ABlogPost%3A40590 

Fonte pesquisa sobre preços – linho 

Disponível em:ttps://blog.sandromoscoloni.com.br/por-que-o-tecido-de-linho-e-escolha-certeira/#:~:text=A%20absor%C3%A7%C3%A3o%20do%20tingimento%20no,normal%20no%20mundo%20da%20moda. 

, preço: Lã Corriedale para tricot gigante e feltragem em lã natural – 1Kg  

Disponível em:http://maostiqueiras.com.br/produto/la-para-tricot-gigante-em-la-natural/ 

O CONSUMO DE CARNE BOVINA E SUAS CONSEQUÊNCIA

Gustavo Viola & Valentina Romanelli 

 

No Brasil a alimentação com base na carne bovina é extremamente presente, o que inclusive torna o nosso país a ser o segundo produtor mundial de carne bovina e o maior exportador deste tipo de alimento, o que é muito prejudicial.  

Além de afetar o meio ambiente de diversas formas, a pecuária está diretamente relacionada com as emissões de gases. Esses animais liberam grandes quantidades de gás metano na atmosfera, que pode poluir até 21 vezes mais do que o gás carbônico. 

Um dos maiores problemas vindos da produção da carne bovina se relaciona ao gasto de água. De acordo com o centro de pesquisa Embrapa Pecuária Sudeste, a pegada hídrica apresentou média de 5.718 litros por quilo de carne, variando de 1.935 a 9.673 litros/kg. A pegada azul representou 15% desse valor e a verde, 85%. Esses valores não devem ser comparados com a média global para produção de um quilo de carne, que é de 15,4 mil litros de água. Essa média foi calculada para sistema de semiconfinamento e considerando toda a cadeia produtiva, desde a produção de insumos até a oferta do produto ao consumidor. Os resultados demonstram a expressiva variabilidade que pode existir entre os valores de pegada de uma fazenda para outra quando se calcula com base em dados específicos de cada fazenda e região. 

Para a criação de gado é necessário um espaço adequado, portanto são realizadas incontáveis práticas ilegais para o crescimento da pecuária, utilizando do desmatamento e das queimadas não controlados, para expandir os pastos e aumentar a criação de gado. De acordo com o Conselho Nacional de Pecuária de Corte – CNPC, o rebanho bovino brasileiro é de cerca de 250 milhões de cabeças, ocupando extensas áreas de pasto por todo o país, principalmente no Centro-Oeste e na Amazônia.  

Fonte: The TriContinental.org

Além de muitos animais afetados para a produção e venda da carne, os impactos ambientais gerados por matadouros estão relacionados principalmente ao consumo de água e energia, geração de efluentes líquidos com alta carga de poluição orgânica, o odor, os resíduos sólidos e o ruído advindo de máquinas e animais.  

A produção da carne bovina tem muita relação com a degradação do ambiente, no entanto também afeta a saúde humana quando ingerida em excesso. De acordo com os Arquivos Brasileiros de Cardiologia, por conter grandes quantidades de gordura, o elevado consumo de carne vermelha aumenta o risco de doenças cardíacas, como infarto e pressão alta. Mesmo com a retirada do excesso de gordura da carne antes e após o cozimento, a gordura permanece entre as fibras musculares, o que é prejudicial à saúde. A carne vermelha tem mais gordura saturada, o que é um dos fatores responsáveis por elevar os níveis de colesterol. Como consequência, você passa a ter um acúmulo maior de gordura no organismo, principalmente nos vasos sanguíneos, o que leva a outros problemas como o aumento a resistência a antibióticos, presença de ácidos no sangue, aumento do risco de doenças cardíacas, e principalmente AVC e câncer. 

Portanto, é perceptível como a produção de carne bovina faz mal para o meio ambiente, saúde humana planeta. A sua diminuição de consumo na sociedade pode trazer grandes benefícios a todos os seres vivo e ao ambiente em que vivemos. 

Referências:

Pegada hídrica de azul de bovinos em confinamento.

Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1029496/pegada-hidrica-azul-de-bovinos-em-confinamento

 

A produção de vestuários e seus impactos no requisito social e ambiental

Maya Bekhor e Gabriela Haipek  

É de conhecimento geral que o mercado de roupas sempre foi algo muito forte em todas as épocas. O presente trabalho tratará da confecção de vestuários de 1900 até 2020, e seus impactos, tanto no meio ambiente, quanto socialmente. 

Consumo de água na produção 

 Nséculo passado, o maior consumo de água ia para tingimento de tecido e na estamparia. Por exemplo, um lote de viscose (tecido feito de fibra artificial de celulose) que pesa 350 quilos, usando mais ou menos 15.000 litros de água,  para se confeccionar de 600 camisetas”, Mauricio Bekhorproprietário da Confecções Mauricio, entrevistado em novembro de 2020.  

Já, em 2020, o consumo de água na produção de vestuários reduziu, pois hoje dia já se tem máquinas que precisam de menos água para tingir e estampar. Por exemplo, o mesmo lote de viscose (tecido feito de fibra artificial de celulose) pesando trezentos quilos gastará no seu beneficiamento aproximadamente 7.000 litros de água, que equivale a produção de aproximadamente 600 camisetas, segundo Fernanda Klug, Coordenadora de laboratório na Beckhauser Malhas. 

 Mão de obra e relações de trabalho 

Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), em 1994, 45,23% da mão de obra empregada ganhava de 1 a 2 salários mínimos, ou seja, muito pouco. Onde 33,6% desses empregados tinha 8a série incompleta, provavelmente pela a sua condição financeira baixa. E 49,02% havia permanecido há menos de 1 ano no empregoPor fim, 80,45% da mão-de-obra empregada no ramo do vestuário é constituída por mulheres.  

FÁBRICA DA MISSBELLA, EM COLATINA.
CRÉDITOS: A GAZETA

Hoje em dia, não é muito diferente. No ano de 2016, a mulher ainda ocupa a maioria dos cargos na área de vestuários. São aproximadamente 230,5 mil mulheres predominando este setor no Brasil. No qual mais da metade dessas pessoas, trabalhando neste setor são forçadas a confeccionar, segundo a Agência FIEP. 

IMAGEM: THE MINDEROO FOUNDATION

Podemos ver que nesse gráfico a mão de obra na produção de vestuários tem muitos conflitos e como muitos são forçados a produzir. Que nos leva a pensar que a mão de obra na produção têxtil é muito escravizada. 

 Matéria prima 

Diferentemente dos outros aspectos, o material usado para a confecção de roupas atualmente e antigamente não teve tanta evolução, ou seja, matéria prima permaneceu igual: o tecido.  

No ano 1980 a 1990, os principais tipos de tecidos usados foram jeans, lycra e nylon com brilhos e cores estrelavam a década dos excessos.  Já atualmente, em 2019, os tipos mais usados são Elastano, Algodão, Lã e Viscose. 

IMAGEM: JORNAL EXPRESSO

Esgotamento dos recursos naturais 

Brasil é privilegiado pelos recursos naturais, especialmente pela água, um dos recursos mais preciosopara a humanidade. Mas com a grande demanda de água na produção de vestuários e por falta de leis eficazes, no século XX a água estava se tornando mais escassa. Diz Mauricio Bekhor proprietário da Confecções Mauricio.  

Já em 2015 o esgotamento de recursos naturais foi maior ainda. Obtiveram quatro elementos que foram mais explorados na natureza para a produção de roupas, eles são: a água, pois a produção têxtil requer toneladas de água para a sua confecção (mas ainda não superando a demanda de água na produção antigamente)geralmente utilizando tratamentos químicos nocivos, então fazendo o uso de muita energia; outro é o petróleo, que se usa para fazer o poliéster. E por fim, o algodão, utilizado para fazer um tipo de tecido muito usado na indústria, segundo a Equipe Akatu. 

Produção e descarte de resíduos 

Menos indústria, menos lixo e menos resíduos; assim, era 100 anos atrás, o lixo e o descarte de resíduos não era um problemaMas a partir da segunda metade dséculo passado, com o parque industrial em expansão, houve a necessidade de criar leis que regulamentassem o descarte de resíduos. Mas infelizmente existem falhas no cumprimento dessas leis“, diz Mauricio Bekhor dono da Confecções Mauricio. 

 Em 2018, o lixo gerado na indústria têxtil é todo material derivado de sobra e resto da produção, que não possui mais utilidade após determinado processo e que, geralmente são descartados e tratados como indesejáveis. Assim, muitas vezes por falta de conhecimento ou por negligência, muitas empresas descartam esses resíduos sem o tratamento adequado, assim prejudicando ainda mais o meio ambiente, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) 

IMAGEM: PENSAMENTO VERDE

Liberação de poluentes na água e no ar 

Os agentes que mais poluíam eram as indústrias de tecido e os veículos necessários para a produção. No início do século passado, havia menos carros e menos indústrias. Mas, a partir da segunda metade do século 20, com a expansão do parque industrial e a circulação de veículos, que emitiam monóxido de carbono, a qualidade do ar e das águas pioraramdiz, Mauricio Bekhor proprietário da Confecções Mauricio. 

 Já em 2020, segundo dados da HBS, uma peça de roupa que jogamos fora após um mês emite 400% mais de carbono em comparação a uma peça mantida durante um ano. Desse modo, o consumo desenfreado não só consome mais matérias-primas como também aumenta os impactos ambientais produzidos. Contudo, a questão da poluição e do alto consumo de recursos naturais permanecem um desafio para o setor, além do aumento de grandes indústrias no país. 

Transformações na paisagem e na sociedade local 

 Levando em consideração todos os aspectos citados anteriormente, houve enormes transformações nas paisagens do século passado para cá. No século passado havia muitas áreas verdes, jardins, menos concreto e arranha céus. Hoje, nossa cidade é cercada de prédios luxuosos, shopping e construções. 

A respeito da sociedade local, que aumentou bastante em consequência da imigração maciça, tornando as cidades cada vez mais cosmopolitas, até hoje. Segundo, Mauricio Bekhor dono da Confecções Mauricio. 

Por fim, podemos concluir que essa comparação entre a produção de vestuários antigamente e atualmente, obteve muitas mudançasnas quais não foram muito boas. E como essas mudanças refletiram na sociedade e na paisagem local. 

 

Referencias utilizadas: 

  • Entrevista com Mauricio Bekhorproprietário das confecções Mauricio.
  • SAYURI, Juliana, ” História dos Tecidos – Idade Moderna e Contemporânea” https://textileindustry.ning.com/profiles/blogs/historia-dos-tecidos-idade-1#:~:text=Motivos%20medievais%20e%20naturalistas%20tamb%C3%A9m,%2C%20cambraia%2C%20musselina%20e%20renda 

Impactos Ambientais Causados Pela Produção De Carne Bovina

Camila Junqueira e Julia Mirshawka 

 

A produção intensiva de gado tem crescido de forma que possa atender as exigências da indústria e do mercado consumidor. Atualmente o Brasil é o maior exportador de carne bovina, com 185 milhões de cabeçasA bovinocultura apresenta-se como uma atividade de grande relevância econômico-social para o Brasil. Entretanto, não se pode desconsiderar que esta atividade é geradora de efluentes e resíduos de grande potencial poluidor. Essa pesquisa tem como objetivo identificar os principais impactos ambientais ocorridos nas diversas etapas das atividades realizadas nos matadouros. 

Atualmente o Brasil é o maior exportador de carne bovina, com 185 milhões de cabeças. Fonte: Portal do agronegócio

Uso de Antibiótico 

Um dos maiores impactos para o meio ambiente é o uso de antibióticos nas criações animaisatualmente eles têm sido usados em grandes quantidades e de acordo com a Organização Mundial de Saúde eles não só trazem um risco crescente para o ambiente, mas como também para a saúde humana e até para o próprio animal. 

 Muitas dessas moléculas não são totalmente metabolizadas no organismo animal e seus resíduos têm sido detectados em amostras de solo, água superficial e subterrânea. A ocorrência desses resíduos no ambiente pode favorecer a resistência de microrganismos aos agentes antibióticos, além de causar problemas de ordem toxicológica a determinados organismos vivos. 

 Os antibióticos de uso veterinário são, no geral, representados por moléculas anfóteras, com vários grupos funcionais ionizáveis. No presente trabalho avaliam-se o uso de antibióticos e a importância da produção animal no Brasil, aspectos do seu comportamento ambiental em condições de clima temperado e, por fim, enfatiza-se a necessidade de conduzir investigações sobre sua ocorrência e comportamento em solos muito intemperados, predominantes nos ambientes tropicais. 

Antibióticos trazem problemas para o meio ambiente, humanos e para o próprio animal. Fonte: Veja Online

Impacto no Solo 

É preciso prestar mais atenção na identificação e na avaliação das características ambientais qualitativas, em específico do solo e do comportamento de forrageiras, de áreas submetidas a manejo intensivo de bovinos de corte, em que há alto aporte de insumos, grande produção de dejetos e aumento de pisoteio. Para aumentar eficácia e alcançar a sustentabilidade desses sistemas de produção, torna-se necessário conhecer os limites e manejar adequadamente as características ambientais determinantes da produção de alimentos. Procurou-se avaliar o impacto causado sobre a qualidade ambiental por sistemas intensivos de produção de bovinos de corte, por meio do monitoramento de características físicas e químicas do solo e de características de desenvolvimento da forrageira em quatro áreas de pastagens sob manejo intensivo e duas sob manejo extensivo, todas localizadas na Embrapa Pecuária Sudeste. Este estudo visou identificar processos de acidificação, de lixiviação de cátions ou de acúmulo de P e MO nas camadas superficiais de solos sob pastagem de Brachiaria. 

A degradação das pastagens tem sido um grande problema para a pecuária brasileira, em que o uso das mesmas na produção de ruminantes é a forma mais econômica de alimentação. Essas, quando bem manejadas e utilizadas respeitando-se suas características fisiológicas e exigências climáticas e de fertilidade do solo, mantêm-se produtivas por muito tempo. No entanto, estima-se que 80% dos 50 a 60 milhões de hectares de pastagens cultivadas no Brasil Central encontram-se em algum estado de degradação, ou seja, são incapazes de sustentar os níveis de produção e qualidade exigida pelos animais. Essa degradação é decorrente de vários fatores que atuam isoladamente ou em conjunto, desde a espécie forrageira, sua implantação e o manejo. Assim, faz-se necessário a utilização de técnicas para a recuperação de pastagens, de forma a otimizar o aproveitamento da área, recuperar as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo e viabilizar a produção de proteína animal, devido ao aumento da capacidade de suporte da pastagem. A presente revisão tem como objetivo apresentar alguns aspectos ligados à degradação das pastagens e as principais técnicas utilizadas para a recuperação dessas. 

Estima-se que 80% dos 50 a 60 milhões de hectares de pastagens cultivadas no Brasil Central encontram-se em algum estado de degradação. Fonte: O Presente Rural

Dejetos 

Com uma produção de 7,6 kg de dejetos por animal ao dia. Esses dejetos, quando lançados aos mananciais sem tratamento, podem estimular o crescimento e a multiplicação de bactérias e fungos causando eutrofização. Assim, há comprometimento dos mananciais pela contaminação química e bacteriológica, que não ficam restritas somente ao local de lançamento, uma vez que esses mananciais podem atravessar diversos municípios. Esta pesquisa procurou ter um enfoque relacionado aos problemas ambientais que esses dejetos causam no meio ambiente. Foram identificadas diversas alternativas de manejo para esses resíduos, tais como a geração de energia, a produção de ração animal a partir de esterco ensilado e a produção de fertilizantes. A bibliografia internacional e principalmente a nacional, relativos a este tema, ainda são incipientes. O produtor e empresário do setor, notadamente os de pequeno porte, carecem de informações técnicas a respeito, o que resulta em adoção de tecnologias inadequadas ou pouco eficientes no tratamento de dejetos animais, colocando em risco os ecossistemas e a saúde pública.  

 Descarte de Resíduos   

Os resultados apontaram que os maiores impactos ambientais se referem ao depósito de fezes, sangue, vísceras não comestíveis e gorduras no lixão, sendo considerados como fontes atrativas para vetores e contaminação do solo e recursos hídricos, ou seja, uma ameaça à saúde pública. Diante dessas circunstâncias, apontou-se como proposições a reforma e ampliação do matadouro, tendo em vista a complexidade e abrangência dos atuais problemas levantados e a reciclagem como prática mais adequada para destinação dos resíduos gerados. 

Nos abatedouros frigoríficos há produção de resíduos sólidos e líquidos, que caso não sejam tratados antes de sua destinação final ao meio ambiente pode acarretar prejuízos sanitários e ambientais em uma região. Sendo assim, buscou-se no presente estudo identificar se os abatedouros frigoríficos públicos municipais do Agreste Pernambucano realizam o tratamento de efluentes.  Os dados foram coletados em 20 laudos técnicos emitidos pela Agência de Defesa Agropecuária Estadual, disponíveis no sítio eletrônico do Ministério Público do Estado de Pernambuco. Verificou-se que 85% dos abatedouros analisados não realizam tratamento dos efluentes. Conclui-se que os abatedouros frigoríficos do agreste pernambucano precisam implantar e/ou adequar os sistemas de tratamento de efluentes, minimizando assim os riscos sanitários e ambientais da população.   

 

REFERÊNCIAS  

PASTAGENS DEGRADADAS E TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO: REVISÃO 

Wellyngton Tadeu Vilela Carvalho e colaboradores 

http://www.pubvet.com.br/artigo/4110/pastagens-degradadas-e-teacutecnicas-de-recuperaccedilatildeo-revisatildeo 

TRATAMENTO DE RESÍDUOS EM ABATEDOUROS FRIGORÍFICOS DE BOVINOS EM PERNAMBUCO 

Elâne Rafaella Cordeiro Nunes Serafim e colaboradores 

http://ead.codai.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/2368 

IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS E QUALIDADE DA ÁGUA DA PRODUÇÃO ANIMAL INTENSIVA 

Marcelo Antunes Nolasco, Rafael Boecker Baggio, Jaqueline Griebeler 

https://periodicos.pucpr.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9081 

AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL DE SISTEMAS INTENCIVOS DE PRODUÇÃO DE CARNE BOVINA CONDUZIDOS EM PASTAGENS 

Odo Primavesi Luciano de Almeida Corrêa 

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/48312/1/Boletim14.pdf 

COMPORTAMENTO E IMPACTO AMBIENTAL DE ANTIBIÓTICOS USADOS NA PRODUÇÃO ANIMAL BRASILEIRA 

Jussara Borges Regitano e Rafael Marques Pereira Leal 

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-06832010000300002&script=sci_arttext&tlng=pt 

 

O IMPACTO DAS EMBALAGENS PLÁSTICAS NO AMBIENTE

Anita Mazzeo e Bianca Guilardi Sodelli – 8º ano B

O objetivo deste trabalho é apresentar a produção e descarte de resíduos e o esgotamento dos recursos naturais a partir das embalagens de plástico. Sabe-se que o plástico está presente na maioria das coisas que são consumidas, mas ele afeta o meio ambiente se for descartado indevidamente. Pesquisas mostram maneiras mais sustentáveis de utilização.  

Efeitos do plástico no meio ambiente 

Fonte: Mundo do Plástico

De acordo com Flavio J e Jose de Assis, do departamento de tecnologia dos alimentos, FEAUnicamp,A reciclagem de embalagens plásticas preocupa a sociedade, mundialmente, face ao crescente volume de utilização e as implicações ambientais inerentes ao seu descarte não racional pós-consumo, como no setor de alimentos.’’ 

Um dos problemas mais preocupantes das embalagens de plástico é a durabilidade e a resistência, que é em média de 400 anos, isso é um dos piores fatores após o descarte. Ou seja, ele ocupa um grande espaço no meio ambiente, o que dificulta a decomposição de outros materiais orgânicos, devido à dificuldade de decomposição e por sua baixa degradabilidade.  

Efeito do plástico nos oceanos e mares 

Segundo Tatiana Coelho da G1, ‘’sem a destinação adequada, boa parte dos resíduos plásticos acabam nos oceanos. Segundo o relatório da WWF, o volume de plástico que chega aos oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, o que equivale a 23 mil aviões Boeing 747 pousando nos mares e oceanos todos os anos – são mais de 60 por dia. Neste ritmo, até 2030, encontraremos o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar a cada km2.’’  

O plástico não afeta somente os seres humanos, afeta os animais terrestres e marinhos. Cerca de 100 mil animais marinhos morrem todos os anos em decorrência da contaminação de plástico nos oceanos e mares. 

Efeitos do plástico na sociedade  

Segundo pesquisas, “A grande produção e utilização de plásticos leva ao volumoso descarte, que na maioria das vezes é desordenado, o que contribui para o impacto ao meio ambiente. É visível atualmente, principalmente nas grandes cidades, problemas com inundações decorrentes do descarte incorreto desses materiais, devido à ausência de consciência da própria população, das indústrias e dos sistemas ineficientes de coletas de lixo.’’  

Assim como foi citado no parágrafo anterior, a indústria de embalagens plásticas aumentou em grande quantidade nos últimos anos. Com isso, a sociedade foi ficando cada vez mais consumista, perdendo total consciência do cuidado com o descarte de resíduos no meio ambiente e no meio urbano.  

É possível analisar como o comportamento da sociedade pode afetar ela mesma o meio ambiente, e como esses dois fatores estão fortemente ligados. 

Produção e descarte de resíduos 

De acordo com Tania Maria Piatti e Reinaldo Augusto Ferreira Rodrigues da UFAL, “a durabilidade dos plásticos é uma vantagem, por outro lado, representa um sério problema ecológico, pois são muito usados na fabricação de embalagens usualmente descartadas após utilização e que vão se acumulando ao longo do tempo na natureza, provocando uma forte poluição visual.    

plástico leva cerca de 400 anos para se decompor no meio ambiente. Em consequência disso, os materiais plásticos ocupam muito espaço nos aterros, 7,7 milhões de toneladas ficam em aterros sanitários. 

Possibilidades de substituição das embalagens plásticas 

Visto que as embalagens plásticas causam um mal para o ambiente, foram eleitas pelos pesquisadores da Pólen, um site voltado a opções e dicas de reciclagem e de embalagens mais sustentáveisopções de embalagens que poderiam substituir o plástico.   

 

  1. Vidro: O vidro compõe algumas das embalagens mais antigas conhecidas pelo homem e é utilizado até hoje devido a sua durabilidade, impermeabilidade e resistência, protegendo e conservando bem o alimento. O material é 100% reciclável e pode ser reutilizado indefinidamente, além da embalagem de vidro ser usada para outras finalidades pelos consumidores. 

 

  1. Alumínio: As embalagens de alumínio possuem vantagens sobre durabilidade, maleabilidade, resistência à oxidação e capacidade de conservação dos alimentos. Além de reciclável, no Brasil é reciclada efetivamente. Segundo a  Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio, 97,7% das latas de alumínio do país foram recicladas em 2016.  

 

  1. Bioplásticos: Os bioplásticos, também conhecidos como biopolímeros, são similares ao plástico e possuem fontes renováveis de matéria-prima, como a mandioca e cana-de-açúcar. Dessa forma, essas embalagens podem ser biodegradáveis ou compostáveis, degradando-se em poucos meses. Entretanto, isso não significa que elas podem ser destinadas em qualquer lugar. É necessário o descarte correto dessas embalagens na coleta seletiva para funcionamento do processo, uma vez que precisa de local e condições apropriadas para ocorrer. 

 

  1. Materiais reciclados: Como dito anteriormente, priorizar fontes sustentáveis é um primeiro passo muito importante. Existe uma variedade de materiais que podem ser reciclados para fabricar novos produtos, como por exemplo papelão e plástico. Optar por usar uma embalagem composta de reciclados representa uma redução na extração de novos recursos naturais, diminuição no gasto de água e energia e redução de resíduos despejados em aterros ou locais inadequados. 

 

Além das embalagens mencionadas até aqui, existem alguns materiais orgânicos que podem ser usados pelo consumidor para criar outras embalagens sustentáveis e até mesmo biodegradáveis. Há diversos materiais inusitados que podem ser combinados com outros para criar embalagens que sejam sustentáveis e contribuam para o meio ambiente, por exemplo, a batata. Quando misturada com fibras naturais, papel e água, pode ser gerada uma embalagem ecológica e até mesmo isotérmica. As cascas de uva também podem ser usadas em conjunto com a água e fibras naturais para criar determinados tipos de embalagens sustentáveis. 

 

Como mostram as pesquisas, o plástico afeta a vida na Terra de muitas maneiras diferentes. Impactando não somente ambientalmente, mas socialmente. Além disso, foram apresentadas formas de diminuir esse impacto a partir de possíveis substituições das embalagens plásticas.  

  

             Referência bibliográfica  

Esgotamento dos recursos naturais; 

Embalagens biodegradáveis para alimentos: possíveis substitutas para embalagens plásticas diminuindo o impacto causado ao meio ambiente? 

Franccyne Kuser Fegalo – Trabalho de Conclusão do curso de Tecnologia em Alimentos apresentado ao Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, como requisito parcialpara a obtenção do grau de Tecnólogo em Alimentos. 

https://repositorio.ufcspa.edu.br/jspui/handle/123456789/1147 

 

Produção e descarte de resíduos 

Tania Maria Piatti e Reinaldo Augusto Ferreira Rodrigues da universidade federal de Alagoas: 

Plásticos: características, usos, produção e impactos ambientais http://www.usinaciencia.ufal.br/multimidia/livros-digitais-cadernos-tematicos/Plasticos_caracteristicas_usos_producao_e_impactos_ambientais.pdf 

 

Reciclagem: 

Embalagens sustentáveis para alimentos: como escolher, exemplos e vantagens- https://www.creditodelogisticareversa.com.br/post/t-embalagens-sustentaveis-para-alimentos-como-escolher-exemplos-e-vantagens 

 

Considerações Sobre a Reciclagem de Embalagens Plásticas 

Flávio J. Forlin, José de Assis F. Faria
Departamento de Tecnologia de Alimentos, FEA, UNICAMP 

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-14282002000100006&script=sci_arttext&tlng=pt 

 

Por Tatiana Coelho, G1 04/03/2019 21h00   

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/04/brasil-e-o-4o-maior-produtor-de-lixo-plastico-do-mundo-e-recicla-apenas-1.ghtml 

 

Sustentabilidade quanto às embalagens de alimentos no Brasil – Ana Paula Miguel Landim ,Cristiany Oliveira Bernardo , Inayara Beatriz Araujo Martins, Michele Rodrigues ,Francisco  Monique Barreto Santos  e  Nathália Ramos de Melo    dos Departamento de Tecnologia de Alimentos – DTA, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, Seropédica, RJ, Brasil Departamento de Engenharia de Agronegócios, Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda – EEIMVR, Universidade Federal Fluminense – UFF, Volta Redonda, RJ, Brasil. 

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-14282016005001106&script=sci_arttext&tlng=pt 

Celulares: o descarte inadequado e consequências

Hannah Cohen e Julia Nassar 

Cada vez mais os aparelhos eletroeletrônicos estão gerando descarte de resíduos por conta da revolução tecnológica que a cada ano traz mais equipamentos com muitas utilidades. Com isso, os aparelhos rapidamente caem em desuso, e assim, as pessoas, ao comprarem os novos produtos, fazem com que a quantidade de resíduos descartados seja significante.  

Ao estudarmos um pouco mais sobre a produção desses aparelhos eletroeletrônicos, podemos ter uma maior compreensão e conscientização de como é importante descartar corretamente esses aparelhos para não acabarem indo a um lugar indesejado que cause desastres ao meio ambiente.  

Os smartphones são feitos a partir de vários recursos extraídos do meio ambiente, como minérios, dos quais se destacam na produção o lítio, tântalo e cobalto, além dos metais mais raros, como a platina, o que intensifica a pegada global em 18 m² de solo, 12.760 litros de água e 16 kg de emissões de carbono. Segundo a SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) em um banho econômico de chuveiro elétrico, gastamos aproximadamente 15 litros de águaAssim, fazendo uma comparaçãopoderíamos tomar 850 banhos utilizando a mesma quantidade de água usada na produção de apenas um smartphone.  

Podemos concluir, assim, que os celulares causam um grande impacto no meio ambiente, já que, segundo a pesquisa de Pnud Chad e Jean Damascene Hakuzim, as atividades industriais e a mineração são alguns dos fatores que prejudicam o solo, cortando metade de seu rendimento. Isso acaba prejudicando muito o meio ambiente, pois com erosão, o solo perde muitos nutrientes necessários para o plantio agrícola, ou mesmo a criação de gado em pastos, que pode tornar-se completamente inviável. 

Os eletrônicos, quando descartados inadequadamente, também podem liberar substâncias tóxicas na água, no solo e no ar, sendo, assim, um dos motivos do excesso de poluição no nosso ambiente e que podemos notar com facilidade na nossa sociedade. 

Fonte da imagem: G1 (2012)

A imagem acima ilustra casos de alteração na paisagem resultando em uma grande erosão.  

 Com isso, diante das questões ambientais levantadas e da preocupação com o descarte do lixo eletrônico, é importante termos uma conscientização da parte dos consumidores e responsabilidade das empresas desde o dia de fabricação até o seu descarte, tendo em vista os impactos ambientais que ele pode causar.   

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

Título: Quais as consequências da erosão para o solo?                

 Link:  https://sitiodamata.com.br/blog/duvidas/quais-as-consequencias-da-erosao-para-o-solo/ 

Autor: sem nome do autor  

Título: A cada 5 segundos, mundo perde quantidade de solo equivalente a um campo de futebol 

Link: https://news.un.org/pt/story/2019/12/1696801 

AutoresPnud Chad e Jean Damascene Hakuzim  

TítuloEspecialista da ONU diz que Brasil está seguindo “caminho trágico” na área das substâncias tóxicas 

Link: https://news.un.org/pt/story/2019/12/1697921 

Autor: Eskinder Debebe  

Título: Os metais valiosos contidos em seu smartphone – e por que ele pode se tornar um problema ambiental 

Link: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-38092622 

Autora: Bianca Nogrady  

Título: Uma visão sustentável dos resíduos eletroeletrônicos de aparelhos de celular. 

Linkhttps://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2013/VII-032.pdf 

Autores: Aline Guimarães Monteiro Trigo, Thainá Rodrigues Antunes, Rodrigo Samico Balter  

Título: Conheça quais são os riscos do lixo eletrônico para a saúde 

Link: https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/conheca-quais-sao-os-riscos-do-lixo-eletronico-para-a-saude-13032018#:~:text=Os%20eletr%C3%B4nicos%20quando%20descartados%20em,no%20solo%20e%20no%20ar.&text=%E2%80%9CProblemas%20respirat%C3%B3rios%20e%20danos%20ao,a%20professora%20da%20Poli%2DUSP. 

Autor: Pablo Marques  

Título: Quais os impactos ambientais de um smartphone? 

Link: https://www.ecycle.com.br/3767-celular-smartphone-impactos-ambientais 

Autor: Equipe eCycle 

Produção de roupas de couro: mais prejudicial do que parece

Caio Liberman e Eduardo Lacerda

O presente trabalho é resultado de pesquisas feitas sobre a produção de roupas de couro. Sabe-se que essa atividade não é tão limpa e especialistas revelam os resíduos que essa produção libera. 

Obtenção da matéria prima 

Fonte: AICSul

Segundo os Laboratórios- do Departamento de Engenharia Química, “o processamento completo do couro, realizado em curtume, consiste em transformar a pele verde ou salgada em couro acabado. O processamento do couro é dividido em três fases de operações de trabalho: ribeira, curtimento e acabamento molhado”: 

Fase de ribeira: operações de limpeza e preparação da pele para o curtimento; 

Fase de curtimento: etapas de difusão e fixação de substâncias curtentes; 

Fase de acabamento: operações de acabamento molhado, secagem, pré-acabamento e acabamento final.
          Na fase de ribeira, é feita a preparação da pele para o curtimento através das operações de ribeira: remolho, depilação, caleiro, descarne, divisão, desencalagem, purga e píquel.
          O curtimento baseia-se na reação de substâncias químicas curtentes com o colágeno da pele. Uma vez curtida, a pele passa a ser denominada couro. Quando o curtimento é feito com cromo, o couro é chamado de couro wet-blue devido a sua umidade e coloração. 

O esquema explica as fases d processo de produção do couro do couro: LINK

Produção e descarte de resíduos na produção de couro 

Segundo pesquisas da Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, Escola de Engenharia, Departamento de Energia Química, os resíduos provenientes do setor Coureiro-Calçadista são classificados como classe I (perigosos), Samanta Vieira Pereira, estudante da universidade e autora da pesquisa, diz que devido à presença de cromo, e constituem um grave problema ambiental por causa das restrições cada vez mais rigorosas para a sua destinação final.  

No Brasil, cerca de 95% dos resíduos gerados por este setor são dispostos em aterros. O tratamento térmico destes resíduos, com o aproveitamento da energia gerada no processo, é uma alternativa para a sua destinação final. As cinzas geradas neste processo são ricas em cromo, contendo aproximadamente 60% (p/p) de óxido de cromo (Cr2O3). 

A produção de couro não só polui, mas também gasta recursos naturais, principalmente, a água. Em sua produção é preciso lavar o animal com água, inúmeras vezes, mas, o gasto está diminuindo, pois a indústria de couro está cada vez reutilizando mais água.   

Mão de Obra e Relações de Trabalho 

Segundo a ABDI (agência brasileira de desenvolvimento industrial) a indústria de couro também pode ser caracterizada pela intensidade no uso de trabalho humano, contribuindo de forma relevante para a geração de emprego na indústria. Sua importância na geração de empregos, contudo, foi atenuada ao longo dos últimos anos. Além disso, o emprego gerado ainda continua sendo de baixa qualificação e mal remunerado. Isto pode ser observado pela análise do desempenho do setor em termos de empregos e salários. 

Muitas pessoas que utilizam vestimentas de couro e não faziam ideia do quanto isso polui a nossa Terra, não sabiam o que acontece com a pele do animal depois de ser abatido, e não sabiam como a mão de obra nesse setor é mal remunerada. 

Depois dessa pesquisa percebemos que a indústria de couro polui muito, e uma alternativa para uma produção menos poluente seria couro sintético, pois a produção dele é muito mais limpa e não envolve nenhuma morte animal. 

 

Referências Bibliográficas:
 

PEREIRA, Samanta V. Obtenção de cromato de sódio a partir das cinzas de incineração de resíduos de couro do setor calçadista visando à produção de sulfato básico de cromo – Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, Escola de Engenharia, Departamento de Energia Química. Link: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/13461  

Laboratórios, do Departamento de Engenharia Química: https://www.ufrgs.br/dequi-labs/lacouro/processamento-do-couro/  

ABDI: https://www3.eco.unicamp.br/Neit/images/stories/arquivos/Relatorios_NEIT/Industria-de-Couro-marco-de-2011.pdf  

Link de onde foi obtido o esquema: https://www.ufrgs.br/dequi-labs/lacouro/processamento-do-couro/ 

 

A Pesca em Grande Escala e a Morte dos Oceanos

Heitor Castro e Francisco Balan

“Sem água, não há vida. Sem azul, não há verde. Sem o oceano, não existiremos”  

Sylvia Earle.

A pesca é uma prática que se modernizou ao longo dos séculos, tornando-se cada vez mais eficiente e atualmente a indústria pesqueira é a maior exportadora de carne no mundo. Tanto em cativeiro como em mar aberto, a indústria da pesca gera muito lucro, pois as espécies mais capturadas são encontradas abundância e em grandes cardumes. 

Porém, procura desenfreada por peixes, afeta cada vez, mais o desenvolvimento da vida marinha e a estabilidade dos ecossistemas. Não só a pesca, mas também a poluição que os navios pesqueiros produzem, a queima de combustíveis fósseis e as trilhas de lixo plástico, favorecem o aquecimento global, assim aumentando o nível e a temperatura do mar. 

Estatísticas da FAO mostrando a evolução desde 1950 do percentual dos estoques de peixes oceânicos que estão explorados em seu limite, que em 2000 estava em torno dos 80%.

 

O IMPACTO DA PESCA DE ATUM 

pesca de atum é uma das práticas pesqueiras menos sustentáveis hoje em dia. O atum está sendo pescado antes da idade reprodutiva, enquanto ainda é pequeno, gerando um pequeno prejuízo para a indústria, e um enorme prejuízo para o ecossistema. 

Venda de atum no mercado de peixes de Tsukiji, Japão.

 

No documentário “Mission Blue”, Sylvia Earle traz informações essenciais para entendermos a gravidade da pesca do atum como vem sido feita. O atum, como predador, tem uma grande função na cadeia alimentar, controlar as populações de arenque, savelha e cavala. Sem os cardumes de atum essas espécies irão se reproduzir e desestabilizar o ecossistema, porémo arenque, a savelha e cavala são peixes que também são afetados pela pesca, pois sua carne nutritiva e saborosa é muitas vezes usada para vitaminas, óleos e até mesmo ração de frango. 

A pesca em grande escala e sem precedentes do atum, savelha, cavala e arenque afetará um ecossistema de no mínimo dez predadores entre eles focas, golfinhos, salmões e algumas aves marinhas, além de no mínimo, 15 presas como zooplâncton, fitoplânctons, sardinhas e alguns pequenos moluscos. 

Muitas pessoas, mesmo sabendo da origem do atum acabam  comendo a carne usando a justificativa de que além de muito saboroso, ele é extremamente nutritivo e saudável. No entanto, o atum, assim como a cavala e principalmente tubarões e peixeespada, contém uma considerável porcentagem de mercúrio em sua carne tornando o consumo em excesso muito prejudicial saúde.  

CAÇA E A REDUÇÃO DA POPULAÇÃO DE BALEIAS 

Uma das pescas em grande escala mais famosas foi em relação as baleias, por volta dos anos 1600 até aproximadamente 1900. O óleousado como combustível para lampiõesera o foco das caçadas, além do vômito que seria utilizado para a produção de perfumes. Os caçadores viajavam centenas de quilômetros para matar um animal que tinha de 20 até 300 toneladas. Nesse processo, a maioria das baleias eram descartadas após a coleta do óleo da gordura do vômito, que podiam ser substituídos por outros produtos tão bons quanto. 

O destino da caça às baleias foi um precursor para os acontecimentos de hoje em dia, pois elas não só controlavam as populações de krill, mas também suas fezes continham papel fundamental no desenvolvimento de algas graças aos seus níveis altos de ferro. Atualmente, a população de baleias azuis foi reduzida para aproximadamente 4 mil indivíduosbaleias jubartes consistem em um total de 25 mil, de acordo com a Revista Superinteressante. 

Foto tirada após a pesca de uma baleia jubarte

 

consumo de carne de baleias é ilegal no Brasil, porém as pessoas se mantêm ignorantes. Uma notícia nos conta que uma baleia jubarte foi encontrada na praia de Coutos em Salvador, Bahiaos morados decidiram que enquanto a Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb) não removesse o cadáver do animaleles cortariam a carne do cetáceo com a intenção de usá-la como alimento. 

As baleias normalmente encalham por causa de doenças que são causadas por drásticas mudanças no ecossistemaTrazem consigo o aumento da temperatura corporal, isso leva a sua pele e carne escurecerem e também a desidratação, isso desorienta as baleias e causa o encalhamento. Mas as baleias não morrem, elas sufocam por causa da pressão que seu corpo exerce sobre seu pulmão, por isso que se você encontrar uma baleia, chame ajuda pois ela pode ainda estar viva.   

A CRUELDADE NA PESCA DO TUBARÃO 

‘’Tubarão: O tigre dos mares. De todos os terrores do mar o tubarão é o pior’’ 

Infelizmente muitas pessoas pensam e agem ironicamente como na frase acima. Porém, nós não fazemos parte do cardápio dos tubarões, enquanto atualmente eles estão no nosso. O Brasil e a Chinsão os maiores consumidores de carne de tubarão. Aqui no Brasil, a carne é comercializada muitas vezes como cação, e desse modo, muitas pessoas desinformadas acabam consumindo a carne sem saber a sua origem. Segundo a bióloga Sofia Aranha, enquanto 100 milhões de tubarões são mortos todos os anos, apenas 9 dos 15 ataques anuais resultam em morte. 

O documentário ‘’Mission Blue’’ nos traz muitos dados e informações extremamente importantes e chocantes. E2014, as reservas naturais de tubarões totalizavam em apenas 10%, atualmente a porcentagem não mudou muito, mas ainda não mostram um resultado positivo. 

Secagem de barbatanas de tubarão no telhado de uma edificação na China

 

A pesca de tubarão está entre uma das práticas mais cruéis de consumo de carne, pois depois de terem suas barbatanas traseiras, laterais e superiores brutalmente cortadas o animal ainda vivo é jogado de volta no mar podendo morrer de hemorragia e asfixia. Tudo isso para apenas as pessoas terem o luxo de tomar sopa de barbatana de tubarão.  

 ESTURJÃO  

O esturjão é um peixe que como espécie viveu por mais de 250 milhões de anos, mas hoje em dia é um dos animais em maior risco de extinção, isso porque é deles que vem o caviar. O caviar é uma das comidas mais caras do mundo podendo chegar em 15 mil reais. Mas porque é tão caro? 

Existem 4 tipos de caviar: Almas, Beluga, Oscietra e Sévruga. O caviar vendido pelo maior preço é o do esturjão-albino vendido por 100 mil reais. 

O caviar é tão caro porque eles são os óvulos não fecundados do esturjão, ou seja, é preciso cortar as fêmeas para colhê-los. Outro motivo seria o aquecimento global, como muitas espécies, o esturjão é muito sensível à temperatura, uma pequena mudança pode causar doenças ou outros problemas sérios. 

Caviar se tornou um produto muito caro nos dias de hoje somente, antigamente ele era jogado fora ou dado de graça em bares pois seu gosto salgado incentivaria os clientes a pedirem mais bebidas.   

O oceano é um lugar altamente vulnerável, porém a vida oceânica não suporta essas mudanças provocadas pelos homens. Com o aquecimento global, a poluição, o aumento da temperatura do mar e o aumento no consumo do peixe ocorrem muitas alterações no habitat marinho que são constantes e de modo irregular. A fauna e flora não acompanham esse ritmo de transformações provocadas pela ação antrópica  

A raça humana está à beira de extinguir uma boa parte da vida marinha se a busca pela indústria pesqueira não for controlada e continuar nos níveis extremos dos tempos de hoje. A carne marinha pode facilmente ser substituída por outros produtos, por exemplo, o ômega 3 com origem vegetal, já que são as algas que produzem os óleos ômegas. 

Gráfico mostrando o aumento de bacalhau Terra Nova em 1965 e a enorme queda em 1990

 

bacalhau Terra Nova é um ótimo exemplo de como as populações de peixes estão totalmente irregulares, o maior pico populacional aconteceu em 1965 com um aumento de 500 mil indivíduos em relação ao último pico, mas em 25 anos a população quase foi extinta. Nos anos 2000 com muito esforço o bacalhau da terra nova conseguiu se recuperar, contudo não ao ponto de passar da média de 100 mil indivíduos, que foi mantida durante no mínimo 130 anos. 

Temos que mudar nosso meio de vida e nos adaptar a formas mais ecológicas de interagir com o planeta. Só assim poderemos reverter e manter os ecossistemas em ordem.  

 

 

Referências 

Caça as baleias (acesso em 26/11/2020) 

https://www.mural.unisul.br/pesca-e-preservacao-baleias/  

Documentário Mission Blue (acessado em 10/11/2020 

https://www.netflix.com/watch/70308278?trackId=14170287&tctx=1%2C10%2Cb3f63792-98ff-4a0a-af71-b8edea8192b9-38022759%2C44ea43cc-91ca-45e7-9bc9-97f7bdc01760_32268151X3XX1605790704895%2C%2C  

Estatísticas da FAO (retirado de wikimidia.org em 16/11/2020) 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Surexploitation_morue_surp   

Foto dos atuns no mercado de Tiskiji  (retirado de wikimedia em 11/11/2020) 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e7/Tsukiji_Fish_market_and_Tuna.JPG/1200px-Tsukiji_Fish_market_and_Tuna.JPG   

 Gráfico bacalhau da terra nova (retirado de wikimidia em 16/11/2020) 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Surexploitation_morue_surp%C3%AAcheEn.jpg 

 Gráfico da exportação em 2016 (acesso em 26/11/2020) 

http://www.afedmag.com/english/NewsDetails.aspx?id=8622 

 Imagem das barbatanas de tubarão (retirado em 26/11/2020) 

https://imagens.brasil.elpais.com/resizer/iu-hO5a7iU1lW9ZaNwqUWnxzXxQ=/768×0/arc-anglerfish-eu-central-1-prod-prisa.s3.amazonaws.com/public/G6TZ73O5XFJC6OEFDH6SMWXGUA.jpg 

 Site do G1 

https://g1.globo.com/ 

 Texto sobre regras da pesca 2016 (acesso em 19/11/2020) 

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/faf.12146