Gustavo Viola & Valentina Romanelli 

 

No Brasil a alimentação com base na carne bovina é extremamente presente, o que inclusive torna o nosso país a ser o segundo produtor mundial de carne bovina e o maior exportador deste tipo de alimento, o que é muito prejudicial.  

Além de afetar o meio ambiente de diversas formas, a pecuária está diretamente relacionada com as emissões de gases. Esses animais liberam grandes quantidades de gás metano na atmosfera, que pode poluir até 21 vezes mais do que o gás carbônico. 

Um dos maiores problemas vindos da produção da carne bovina se relaciona ao gasto de água. De acordo com o centro de pesquisa Embrapa Pecuária Sudeste, a pegada hídrica apresentou média de 5.718 litros por quilo de carne, variando de 1.935 a 9.673 litros/kg. A pegada azul representou 15% desse valor e a verde, 85%. Esses valores não devem ser comparados com a média global para produção de um quilo de carne, que é de 15,4 mil litros de água. Essa média foi calculada para sistema de semiconfinamento e considerando toda a cadeia produtiva, desde a produção de insumos até a oferta do produto ao consumidor. Os resultados demonstram a expressiva variabilidade que pode existir entre os valores de pegada de uma fazenda para outra quando se calcula com base em dados específicos de cada fazenda e região. 

Para a criação de gado é necessário um espaço adequado, portanto são realizadas incontáveis práticas ilegais para o crescimento da pecuária, utilizando do desmatamento e das queimadas não controlados, para expandir os pastos e aumentar a criação de gado. De acordo com o Conselho Nacional de Pecuária de Corte – CNPC, o rebanho bovino brasileiro é de cerca de 250 milhões de cabeças, ocupando extensas áreas de pasto por todo o país, principalmente no Centro-Oeste e na Amazônia.  

Fonte: The TriContinental.org

Além de muitos animais afetados para a produção e venda da carne, os impactos ambientais gerados por matadouros estão relacionados principalmente ao consumo de água e energia, geração de efluentes líquidos com alta carga de poluição orgânica, o odor, os resíduos sólidos e o ruído advindo de máquinas e animais.  

A produção da carne bovina tem muita relação com a degradação do ambiente, no entanto também afeta a saúde humana quando ingerida em excesso. De acordo com os Arquivos Brasileiros de Cardiologia, por conter grandes quantidades de gordura, o elevado consumo de carne vermelha aumenta o risco de doenças cardíacas, como infarto e pressão alta. Mesmo com a retirada do excesso de gordura da carne antes e após o cozimento, a gordura permanece entre as fibras musculares, o que é prejudicial à saúde. A carne vermelha tem mais gordura saturada, o que é um dos fatores responsáveis por elevar os níveis de colesterol. Como consequência, você passa a ter um acúmulo maior de gordura no organismo, principalmente nos vasos sanguíneos, o que leva a outros problemas como o aumento a resistência a antibióticos, presença de ácidos no sangue, aumento do risco de doenças cardíacas, e principalmente AVC e câncer. 

Portanto, é perceptível como a produção de carne bovina faz mal para o meio ambiente, saúde humana planeta. A sua diminuição de consumo na sociedade pode trazer grandes benefícios a todos os seres vivo e ao ambiente em que vivemos. 

Referências:

Pegada hídrica de azul de bovinos em confinamento.

Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1029496/pegada-hidrica-azul-de-bovinos-em-confinamento