Ficção - Formação de Escritores - Vera Cruz

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Formação de Escritores – Ficção

com opção de estudos em não ficção literária e escrita infantojuvenil

Inscrições

Inscrições em breve

Pré-requisitos

Formação superior em qualquer área de estudos e aprovação no processo seletivo. Embora recomendável, não é obrigatório ter participado de oficinas de escrita criativa previamente.

Alunos egressos poderão se inscrever sem a necessidade de processo seletivo e terão 15% de desconto nas mensalidades ao longo do curso.

Duração

4 semestres

Carga horária

378 horas

Dias e horários

Aulas às segundas e quartas ou quintas-feiras, das 19h00 às 22h00.

Eventos promovidos pelo curso podem ser marcados em outros dias ou finais de semana.

Mensalidade

R$ 1.940,00

O pagamento do curso é dividido em 24 parcelas mensais iguais, de fevereiro/2024 a janeiro/2026.

Temos um programa de bolsas com descontos. Clique aqui para saber mais.

Eventos

A pós-graduação Formação de Escritores promove eventos ao longo do ano. Alguns são abertos ao público, como o ciclo “Conferência Vera Cruz Sobre Escrita”, e outros são exclusivos para alunos e ex-alunos, como os encontros com editores, escritores e agentes literários. Esses encontros são momentos privilegiados que aprofundam o debate sobre questões contemporâneas relevantes e aproximam nossos alunos do mercado literário brasileiro. Conheça alguns dos eventos promovidos pelo curso recentemente (aqui).

Programa do curso - Ficção

As aulas de nossa pós ocorrem, em geral, duas vezes na semana, às segundas e quartas-feiras ou quintas-feiras, sempre das 19h às 22h. As oficinas são realizadas às segundas e as disciplinas temáticas são ministradas às quartas e quintas-feiras. Os eventos – palestras, conferências e diálogos – poderão ocorrer em qualquer dia da semana ou finais de semana. Como trabalho de conclusão os estudantes devem apresentar uma obra literária planejada e escrita durante sua formação, que será lida e comentada criticamente por dois professores do curso.

As nossas aulas são realizadas no campus do Instituto Vera Cruz. Reafirmamos a importância dos encontros presenciais na confiança de que o processo de aprendizagem se dá não apenas a partir da interação dos alunos com os professores e conteúdos discutidos. A formação de um grupo de estudantes que compartilha o mesmo interesse é fundamental para intensificar o aprendizado, já que as trocas se mantêm ativas mesmo nos períodos em que não há aulas. Por isso, reafirmamos nosso compromisso com as aulas presenciais e utilizaremos os recursos digitais educacionais como suporte no fortalecimento dos processos de aprendizagem no curso.

Sobre

Criada em 2011, a especialização Formação de Escritores é o primeiro programa de criação literária em nível de pós-graduação no Brasil. Nosso corpo docente é composto por especialistas em criação literária, escritores experientes e premiados. O curso atende a um público amplo de escritores aspirantes ou em início de carreira, roteiristas, jornalistas, redatores, críticos literários, editores, e ainda profissionais de diversas áreas envolvidas com a escrita, como psicanalistas, médicos, advogados e professores.

A exemplo de universidades estrangeiras importantes que fundaram cursos de escrita criativa ao longo das últimas décadas, acreditamos que uma base acadêmica rica nessa área é o melhor caminho para se construir uma carreira literária consistente. Para o pós-graduando, o desafio é constante, na busca da autoria, de estilo, ritmo e de um projeto literário próprios. Em dois anos intensos, é possível percorrer atalhos e abrir trilhas que permitem que os alunos e alunas encontrem respostas e antevejam os escritores que pretendem ser.

O Instituto Vera Cruz é membro da Associação Europeia de Programas de Escrita Criativa (EACWP)

Estrutura do Curso

Disciplinas
  • Oficinas de Criação Literária

    As oficinas de criação literária analisam a produção dos estudantes e acontecem durante todo o curso. Em grupos de 15 pessoas, os estudantes se reúnem para comentar textos de sua autoria oferecidos ao grupo a partir de um calendário de entrega estabelecido no início dos encontros. Todos têm seus textos lidos e comentados, e os professores intervêm orientando a conversa do grupo, esclarecem dúvidas técnicas e fazem exposições sobre conteúdos que possam ajudar o grupo na leitura crítica das produções individuais.

    Durante essas oficinas, os múltiplos olhares – dos colegas e professor – promovem uma crítica atenta aos textos apresentados, ao mesmo tempo que se respeitam princípios e propostas manifestados no projeto de cada autor. Baseado no modelo de Oficinas de Escrita de Iowa (EUA), esse exercício possibilita ao estudante aprender, na prática, como aliar conteúdo e forma para ajustar seus textos às suas intenções e aos valores estéticos que fundamentam seu projeto.

  • Disciplinas temáticas específicas e optativas

    As disciplinas temáticas – específicas e optativas – exploram os temas propostos e promovem a leitura crítica de textos que ilustram as questões e conteúdos em discussão. Seis disciplinas temáticas deverão ser feitas ao longo dos dois anos correspondentes à formação. No caso das disciplinas optativas, os estudantes escolhem os temas livremente, a partir da variedade oferecida ao longo do curso. O conjunto dessas disciplinas é renovado a cada bimestre, com o objetivo de dar ampla possibilidade de escolha para os estudantes. Enriquecidos por abordagens teóricas e leitura crítica de literatura, os estudantes ampliam seu repertório enquanto são estimulados ao exercício da escrita crítica ou literária.

  • Ficção – concentração principal

    Escrever ficção significa colocar em prosa histórias inventadas, marcada pelas referências de seus autores e contextos de vida. Um texto em prosa mantém frequentemente um vínculo muito estreito com a realidade; porém, não se confunde com ela. Como autor de ficção, nosso aluno escreve narrativas breves ou longas que, quando lidas, produzem efeitos de sentido no leitor e com ele dialogam. Um projeto de autoria é o que orienta a produção literária de cada escritor. É nesse aspecto que o curso atua, auxiliando os autores na descoberta de um estilo próprio, um projeto literário pessoal. Essa perspectiva autoral é fundamental no curso.

    Nossos estudantes de Ficção terão aulas duas vezes por semana. Eles cursam ao menos duas disciplinas por bimestre: uma oficina de criação literária, ministrada às segundas-feiras, e uma disciplina temática, geralmente ministrada às quartas ou quintas-feiras. Nas oficinas, os estudantes discutem seus textos com o professor e os colegas, a fim de aprimorarem a escrita a partir dos comentários do grupo e orientações do mentor. Já nas disciplinas, podem se aprofundar em técnicas narrativas – arquitetura e linguagem –, tendo como base a leitura crítica de uma seleção de contos, novelas e romances de autores brasileiros e estrangeiros.

    O trabalho de conclusão do curso do aluno de ficção é um livro em um dos gêneros consagrados da prosa ficcional, como romances, novelas, contos e crônicas, ou em diálogo com eles, experimentando possibilidades híbridas de escrita ficcional.

  • Não ficção Literária – estudos adicionais

    A Não Ficção é um campo amplo de criação e experimentação baseado na realidade. Tudo o que escrevemos ou produzimos em relação a eventos e questões reais é Não Ficção. Apesar de fiéis a situações que realmente aconteceram, esses textos podem ser tão criativos, complexos e intrigantes quanto um romance, um conto ou um poema.

    A todo momento a Não Ficção se renova nas mãos de escritores criativos. Projetos experimentais e híbridos, autobiografias coletivas, poemas narrativos, romances de memória, ensaios pessoais em prosa e verso, assim como textos publicados em plataformas digitais e redes sociais ampliam as possibilidades da escrita não ficcional e assumem papel relevante na produção literária.

    Esses novos caminhos para a escrita se somam às produções tradicionais da Não Ficção: reportagens, perfis, ensaios, relatos memorialísticos e biografias – gêneros que contam com grande prestígio e alto índice de leitores no Brasil e no mundo.

    Em nosso curso, os estudantes são convidados a experimentar e discutir amplamente os diferentes gêneros não ficcionais e a empregar diversos recursos literários – como diálogo, criação de personagem, suspense, voz, ritmo e tom – para dar ao texto de Não Ficção a qualidade de literatura.

    Nas disciplinas optativas de Não Ficção os alunos podem se aprofundar em técnicas de apuração, entrevista, organização de memórias ou registros históricos, dependendo de suas preferências, e ter contato com os melhores autores brasileiros e estrangeiros do gênero. Os alunos que optam por fazer disciplinas de Não Ficção são convidados a explorar as inúmeras possibilidades da escrita não ficcional contemporânea, em prosa ou poesia, a fim de ganhar controle sobre a própria escrita.

     

  • Escrita Infantojuvenil – estudos adicionais

    O mercado literário brasileiro para obras literárias infantojuvenis é um dos mais ricos e diversos do planeta. Todos os anos, mais de 10 mil livros para crianças e jovens são publicados no país. Por meios de políticas de Estado, são adquiridos e entregues a escolas brasileiras cerca de 150 milhões de exemplares de livros infantojuvenis todos os anos. São números expressivos que revelam a maturidade da produção literária voltada às crianças e jovens, assim como o interesse dos leitores e educadores nessa produção.

    Escrever para crianças e jovens pede o conhecimento de um público que está em processo de letramento, com diferentes graus de domínio da leitura, e identificação com grupos culturais fluidos. As narrativas destinadas às crianças e jovens leitores exigem de seus autores intimidade com o universo infantil e juvenil, o conhecimento das habilidades de leitura do leitor, seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Crianças pequenas, por exemplo, são introduzidas no universo literário por meio dessas obras, que podem ajudá-las em seus desenvolvimentos. Já o público juvenil, teoricamente mais experiente na leitura e interpretação de textos, tem maior fôlego para narrativas mais extensas e complexas, o que pode aproximar essa literatura da literatura lida por adultos.

    Durante as disciplinas optativas de escrita infantojuvenil, os alunos e alunas escritoras exercitam com intensidade a leitura de literatura com o propósito de perceber a arquitetura das obras, como elas dialogam com outros livros e projetos estéticos, e como seus autores e autoras lançam mão de recursos literários para dar acabamento aos seus textos.

Algumas disciplinas temáticas já oferecidas:
  • Ser autor: processos de criação ficcional

    Como se dá a criação de textos literários? O que chamamos de criação literária? Esta disciplina, introdutória para os alunos do núcleo de Ficção – e optativa para os demais núcleos –, pretende desmistificar a produção literária, trabalhar técnicas de estímulo à criação e o desenvolvimento de percepções conceituais e artísticas que possibilitem o amadurecimento de projetos literários.

  • O "eu" na não ficção

    “Eu” é normalmente a primeira palavra que escrevemos quando começamos a rascunhar textos na infância. Descrever o dia, confessar amores e registrar impressões marcam muitos de nossos primeiros contatos com a literatura. Partindo dessa ideia, a disciplina pretende incentivar os alunos a mergulhar nas possibilidades das narrativas em primeira pessoa. A partir de exercícios que serão lidos e discutidos em sala, e de livros de apoio, os alunos receberão um breve panorama dos gêneros caracterizados pelo “eu” na não ficção e serão convidados a vasculhar suas experiências para encontrar temas de escrita.

  • O amplo universo da não ficção

    Esta disciplina apresenta aos alunos as principais questões que hoje cercam o universo da chamada “não ficção literária” – a começar pela própria nomenclatura. O que é este amplo universo do que não é ficção? Ainda é válido conversar sobre fronteiras entre gêneros na literatura contemporânea? A partir destes e de outros questionamentos, iremos discutir textos de não ficção canônicos e contemporâneos, muitos deles escritos por autores que também se fazem estas mesmas perguntas e ensaiam suas respostas por meio da escrita, criando uma arte que desafia as expectativas do leitor. O programa espera que o aluno conheça a não ficção por meio da própria não ficção, lendo criticamente textos básicos do seu cânone ainda em construção. Considerando o histórico da produção literária – e da não ficção – ao longo dos séculos, as leituras tentarão ser o mais inclusivas e diversas o possível, o que felizmente fica mais fácil ao evoluirmos na linha do tempo: hoje, a não ficção é um espaço muito rico, em que múltiplas vozes podem se fazer ouvir.

  • Ferramentas para tratar a realidade como literatura

    Acontecimentos e personagens reais são fontes ricas de significado, apenas à espera de um olhar atento e treinado, que possa capturá-los no papel. Como mostraram autores de todo o mundo, com ênfase nos americanos e ingleses contemporâneos, há inúmeras possibilidades criativas de recontar os fatos, lançando mão das ferramentas literárias para tratar a realidade como literatura. Ao explorar três delas – a pesquisa, a descrição e a construção de personagens –, a disciplina deseja estimular nos alunos uma percepção ampla sobre a escrita não ficcional, que inclua as técnicas literárias usadas tanto nos formatos inovadores do gênero quanto nos mais tradicionais.

  • As crises do romance

    Este curso propõe uma releitura da história do romance, a partir dos textos teóricos e críticos dos próprios romancistas. Depois de conhecerem as principais teorizações sobre o gênero, os alunos percorrerão uma série de ensaios, artigos, prefácios, cartas e trechos de alguns romancistas canônicos, para acompanhar como a ideia de romance vai se transformando amplamente ao longo dos séculos. Entre outros autores, o curso abordará alguns textos críticos de Defoe, Balzac, Flaubert, Dostoiévski, Proust, Joyce, Woolf, Macedonio Fernández, Beckett, Sarraute, Sebald e Coetzee. Nesse breve percurso pelas circunvoluções do gênero, o romance se revela sempre instável e indeterminado, tendo sua própria crise como um de seus elementos constitutivos. Explora-se a história do romance, então, como a história de suas sucessivas crises.

  • Crônica: gênero livre

    Um gênero híbrido pede uma abordagem abrangente. O curso traça um panorama histórico da crônica, com foco na produção nacional. Também faz uma reflexão sobre seu desenvolvimento, procurando diferenciá-la de outros gêneros, como o conto, o ensaio, a reportagem e o poema em prosa. Questões de linguagem, tom e estilo recebem atenção especial. Os alunos são estimulados a produzir crônicas, analisadas e discutidas em classe.

  • Ensaio: uma abordagem literária do pensamento

    Neste curso, investigamos os limites e as possibilidades do ensaio como uma forma literária do pensar. Ao escrever um ensaio, projetamos nosso olhar sobre um objeto qualquer num gesto de reflexão, deixando no texto nosso rastro subjetivo. Entendemos que um ensaio literário pretende se aproximar da e se aprofundar na intimidade de um conceito, sem, porém, querer chegar em alguma conclusão definitiva a seu respeito. O trabalho do ensaísta está em revolver seu objeto, observando-o por todos os lados, de fora, de dentro, de soslaio, fazendo emergir dele todo o seu potencial reflexivo. Desse modo, o ensaio propicia uma abertura para as dimensões daquele objeto que, embora estejam inscritas nele desde sempre, permanecem invisíveis até encontrarem sua manifestação na linguagem. A disciplina oferece subsídios teóricos para sustentar a prática escrita deste gênero tão fluido, concentrando-se em propostas de escrita e discussão de textos.

  • Escrevendo humor a sério

    O que é humor? É possível fazer boa literatura com humor? Quais são as técnicas recorrentes no humor literário? Que escritores brasileiros utilizam o humor de forma sistemática, e como? Quais as relações entre humor e poesia? Em cinco encontros, tentaremos responder a essas perguntas a partir da análise de textos teóricos (de Ricardo Araújo Pereira, Virginia Woolf e Sigmund Freud, dentre outros), da análise de trechos de prosadores brasileiros (dentre eles, Manuel Antônio de Almeida, Machado de Assis, Reinaldo Moraes e Veronica Stigger), da análise de poemas de autores brasileiros e estrangeiros (dentre eles, Oswald de Andrade, Angélica Freitas e Wislawa Szymborska), além da análise de textos de outras mídias (filmes, memes, peças de teatro e tiras de jornal).

  • Escritores esquecidos: literatura brasileira experimental e marginal

    O cânone oficial da literatura brasileira do século XX é bastante conhecido e inclui nomes como Drummond, Guimarães Rosa e Clarice Lispector. Contudo, para que alguns nomes se firmem na memória cultural de uma nação ou língua, outros tantos ficam pelo caminho. A oficina discute o processo político de permanência para compreender como se dá o esquecimento, além de procurar entender os fatores que o determinam: experimentação da linguagem, temas espinhosos, inquietação formal, desafio às normas, incomodidade existencial. Como exercício de reflexão, os alunos escrevem um ensaio a ser entregue ao final da oficina.

  • Narrativas fantásticas na literatura

    O curso se propõe a ser uma iniciação aprofundada aos estudos da literatura fantástica, também chamada de literatura especulativa, com um olhar geral sobre a produção nacional e mundial deste tipo de narrativa que permeia o imaginário humano desde tempos imemoriais. Passamos por conceitos abrangentes de literatura e filosofia, combinando teoria e prática, para o aprendizado deste tipo particular de arte. O módulo está dividido entre ficção científica e fantasia, com quatro encontros dedicados à fantasia e outros quatro à ficção científica, com uma aula de introdução às diferenças entre ambos.

  • Nos arredores do conto

    A disciplina faz um panorama da narrativa moderna, com foco em suas formas breves, como o conto e a novela e apresentando suas características principais e, ainda, contrapondo-a a outras formas literárias, como o drama e a lírica. O curso não pressupõe uma evolução do gênero curto; ao contrário, problematiza as transformações do conto a partir da noção de aventura, de ação narrativa e de sua crise de representação realista. São apresentados textos fundamentais da teoria do conto, com prioridade na produção e nas questões críticas em torno ao conto moderno, em autores como Gustave Flaubert, Herman Melville, Edgar Allan Poe, Anton Tchekhov, Machado de Assis, Virginia Woolf, Franz Kafka, Jorge Luis Borges e Julio Cortazar. Do ponto de vista prático, a disciplina incentiva os alunos a praticarem o conto e seus limites estruturais, na fronteira com gêneros como a novela, o romance e a crônica, exercitando um estilo próprio de narrativa curta. Os alunos entregam dois contos, um durante e outro ao final da disciplina, como avaliação final.

  • O escritor como professor

    O ensino da criação literária é o tema central desta disciplina. Partindo da própria experiência de aprendizagem dos alunos, serão discutidas abordagens metodológicas, o papel do professor como mediador, planos e objetivos de ensino. O curso propõe articular teoria e prática, oferecendo a possibilidade de todos os participantes experimentarem o lugar de professor, além da oportunidade de construírem, em conjunto, um banco de propostas de exercícios de escrita.

  • Poesia expandida

    A oficina propõe pensar o poema como um campo expandido que estabelece os mais variados diálogos com outras práticas, tais como o ensaio, a narrativa, a performance, o cinema, as artes visuais etc. Desse modo, o poema se contaminaria por esses outros ofícios, passando a habitar uma zona de indiscernibilidade formal. Ao longo do curso serão lidos e analisados textos que servirão de base para a produção dos participantes.

  • Poesia para crianças e jovens

    O que é poesia? Quais as diferenças entre a poesia escrita para adultos e a poesia escrita para crianças e jovens? Que recursos de linguagem podem ser utilizados em um poema? A rima é um mero adereço? A métrica regular é necessária? O que é o verso livre? Qual a diferença entre a prosa poética e o poema em prosa? Como abordar temas delicados em um poema infantil? O bom humor é obrigatório? Essas são algumas das questões que, ao longo de nove encontros, serão trabalhadas em sala de aula, a partir de textos de autores clássicos e contemporâneos. Os poemas escritos pelos alunos também serão tema de discussões.

  • Poesia para prosadores

    O estudo da poesia, ao chamar atenção para a necessidade de um trabalho rigoroso com a linguagem em seu nível mais concreto e palpável, é um instrumento importante e eficaz para o aprimoramento da própria escrita em prosa. A oficina terá duas partes que se complementam: a) análise de poemas de autores brasileiros (do modernismo até os dias de hoje); e b) escrita de textos e a posterior discussão, a partir de alguns exercícios produzidos em casa. A oficina está organizada em torno de quatro núcleos temáticos de leitura, dos quais se originam as propostas dos exercícios de escrita: 1. Lirismo e participação; 2. Trabalho com a linguagem; 3. Poemas desentranhados; 4. Entre prosa e poesia. A análise dos textos vai permitir o cotejo de dicções e poéticas diferentes, além da investigação de diversos recursos empregados nos vários níveis (gráfico, sonoro, vocabular, sintático, semântico) que estruturam o poema. São lidos os seguintes autores: Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, José Paulo Paes, João Cabral de Melo Neto, Orides Fontela, Francisco Alvim, Alcides Villaça, Augusto Massi, Rodrigo Naves, Ana Martins Marques, Claudia Abeling, Roy David Frankel.

  • Pontos de vista da prosa contemporânea

    Nesta disciplina, procuramos identificar linhas de força da prosa contemporânea e compreender como alguns dos principais escritores e escritoras em atuação hoje trabalham o posicionamento do autor, narrador e personagens na escrita ficcional e não ficcional. Investigaremos a questão da inter-relação entre o ficcional e o não ficcional, a autoficção e as tensões presentes na prosa do século 21. São lidos oito livros publicados nos primeiros anos deste século.

  • Revisando o próprio texto

    Com a proposta de trazer ferramentas efetivas para o autor revisar o próprio texto, esse curso discute os principais embates do autor do ponto de vista da construção das frases e da escolha das palavras. Para isso, são discutidos os pontos cegos da escrita, o uso da escrita como ferramenta estética, o exercício do distanciamento crítico e o conceito da língua em movimento.

  • Tradução Literária

    Esta é uma oficina de criação literária. Durante as aulas, pensamos a tradução como algo além do senso comum – do mero ato de levar um texto de uma língua de partida para uma língua de chegada – e a vemos como uma prática de criação e crítica. Fazemos isso com exercícios, oficinas e leituras de breves textos sobre teoria da tradução e sobre o processo tradutório. Como resultado, esperamos estimular as habilidades do aluno não apenas para a tradução, mas também para a leitura, edição, crítica e prática literária autoral.

  • Temas fraturantes na literatura infantojuvenil

    Leitores infantis e juvenis não estão protegidos dos grandes dramas da experiência humana. Suas experiências com os temas ditos fraturantes, contudo, são especiais. Na literatura para crianças e jovens, as histórias de violência, morte e outros assuntos complexos, como abandonos e abusos, são tratadas de maneira peculiar, colocando em movimento conceitos e valores ativos nas estruturas sociais e culturais de nosso tempo.

Ex-alunos e ex-alunas da pós-graduação Formação de Escritores e suas publicações.

Conheça

Revista Revera

Revera – Escritos de criação literária do Instituto Vera Cruz difunde ensaios acadêmicos e textos literários relacionados aos temas do processo de escrita nas suas diversas manifestações, incluindo a formação de escritores e o ensino da escrita, bem como sua interconexão com a teoria literária e a literatura comparada. A revista está disponível online, gratuitamente. Clique aqui para acessar todas as edições da Revera.

Inscrições

Inscrições em breve

Depoimentos

“O curso foi essencial na minha atividade de escrita. Acredito que o maior impacto veio da possibilidade de ter uma comunidade de pessoas lendo e criticando o meu texto periodicamente, o que trouxe uma grande segurança para mim e para o texto.”

Paulo Fehlauer (Autor de “Extremo Oeste”, romance vencedor do Prêmio Cepe 2021)

Leia outros depoimentos aqui.

Corpo docente

Aqui você pode saber quem são os professores de nossa pós – especialistas em criação literária, escritores e roteiristas experientes e premiados.

  • Marcia Fortunato

    Coordenadora

  • Roberto Taddei

    Coordenador

  • Bruno Zeni

    Professor

  • Carol Zuppo Abed

    Professora

  • Cláudia Fusco de Oliveira

    Professora

  • Fabrício Corsaletti

    Professor

  • Gabriela Aguerre

    Professora

  • Ingrid Fagundez

    Professora

  • Isabela Noronha

    Professora

  • Jayme Loureiro

    Professor

  • João Luiz Guimarães

    Professor

  • Joca Reiners Terron

    Professor

  • Julián Fuks

    Professor

  • Juliano Garcia Pessanha

    Professor

  • Livia Lakomy

    Professora

  • Marília Garcia

    Professora

  • Vanessa Ferrari

    Professora

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