Usina hidrelétrica fornece aproximadamente 90% da energia do Brasil

Por: Marina Rafante Schussel e Isadora Quintella Gyuricza 

Domingo, 22 de novembro de 2020   

Este texto mostrará o resultado de pesquisas sobre o que é energia elétrica, com foco na energia produzida por usinas hidrelétricas e seus impactos sociais e ambientais. De acordo com o site EPE, em 2016, aproximadamente 43,5% do consumo de energia no Brasil foi de fontes renováveis, enquanto no mundo o consumo de energia de fontes renováveis foi de 14%. Essa comparação mostra que o Brasil emite menos emissão de gases de efeito estufa (GEE) por habitante que a maioria dos outros países, se formos dividir o GEE pelo número total de habitantes no Brasil, diz Rafael Helerbrock que é professor, pesquisador e produtor de material didático. 

Gráficos mostrando consumo de energia, de matriz elétrica e energética no Brasil e no mundo, em 2012 Fonte: site Core energia

Existem dois tipos de matrizes que classificam a produção de energia. Uma delas é a matriz energética que representa os conjuntos de fontes de energia disponível para movimentar máquinas, como combustíveis provenientes do petróleo. Mas esse tipo de energia pode se tornar facilmente energia elétrica por meio da queima de combustíveis fósseis de usinas. Já a matriz elétrica é formada por um conjunto de fontes disponíveis que geram a energia elétrica, como a água, que gera a energia hidráulica 

A energia renovável é aquela originária de recursos naturais que são naturalmente reabastecidos, como sol, vento, chuva e marés e é voltada para o desenvolvimento de alternativas na produção de energia, a partir de matéria orgânica de origem animal e vegetal, a biomassa. A energia solar, eólica, hidrelétrica e geotérmica são exemplos de energia renovável e que fazem parte da matriz elétrica.  

As fontes de energia não renováveis são extraídas de elementos encontrados na natureza e tendem a acabar, como o combustível fóssil (petróleo, carvão mineral, gás natural etc.) ou os elementos radioativos utilizados nas usinas nucleares (urânio, plutônio etc.). E apesar de serem possivelmente esgotáveis e terem um mal impacto ambiental, é a fonte de energia mais utilizada no mundo atualmenteexplica o site Cemig de energia.  

Funcionamento de uma usina Hidrelétrica 

As usinas hidrelétricas fornecem aproximadamente 90% de energia elétrica em todo o território brasileiro e 10% são fornecidas por outras fontes. No mundo a energia hidrelétrica representa 19% da eletricidade consumida no ano de 2005, como explica Wagner de Carreira, sendo assim é um tipo de usina de extremimportância no mundo inteiro.  

A estrutura de uma usina hidrelétrica funciona de maneira integrada e em conjunto, utilizando o sistema de captação e adução de água, pela barragem, pela casa de força e vertedouro. A função da barragem é interromper o curso normal da água, criando um reservatório, onde ela será armazenada. Esse reservatório também permite que a vazão dos rios seja adequada, tanto em períodos chuvosos, quanto de seca. Entretanto existem usinas que não possuem reservatório, ou o possuem em dimensões menores, que são chamadas “hidrelétricas a fio d’água”. A ausência de reservatório faz com que, em épocas de seca, seja reduzida a capacidade energética produzida por essas hidrelétricas, diz Rosemar de Queiroz, engenheira Ambiental e Sanitária graduada universidade federal de Santa Maria, mestra em Ciência do Solo no programa de pós-graduação em Ciência do Solo – UFSM (2017). 

 As usinas hidrelétricas possuem as barragens que têm por finalidade represar e armazenar água, a matéria-prima para a produção de energia hidrelétrica, e também obter o desnível necessário para girar as turbinas das unidades geradoras. São as turbinas que transformam energia cinética, através do movimento originado do curso e da pressão da água que passa por elas, em energia elétricaApós passar pelas turbinas, a água é devolvida ao seu leito natural do rio, através do canal de fuga (CICOGNA, 2003). Com auxílio de uma equaçãofoi calculado que são necessários 2,3 litros de água por segundo para gerar 1 kilowatt (1.000 watts) de energia elétrica.  

Esquema de como funciona uma usina hidrelétrica. Fonte: infoescola

 De acordo com Rosimar Gouveia, bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1992, licenciada em Matemática pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2006 e Pós-Graduada em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul em 2011, o Brasil é o terceiro maior produtor do mundo em potencial hidrelétrico, depois do Canadá e dos Estados Unidos. Além disso, é o terceiro país com maior potencial hidráulico, estando atrás da Rússia e da China. No Brasil, há 147 usinas hidrelétricas, sendo a usina de Jaguari, localizada no estado de São Pauloa menor usina hidrelétrica do Brasil com sua potência instalada de 27,6 MW, enquanto a usina de Itaipu é a maior do Brasil e da América Latina. 

A usina hidrelétrica de Itaipu é uma imensa construção, que foi desenvolvida a partir do interesse comum entre o Brasil e o Paraguai e, por isso, pertence a ambos. O recurso hídrico usado para promover o funcionamento da usina é o rio Paraná, que se encontra na divisa entre os dois países. Foi construída entre os anos de 1975 e 1982, sendo inaugurada no dia 5 de maio de 1984, a um custo de 19,6 bilhões de dólares, como informa o site oficial do governo, Itaipu Binacional.  

A usina de Itaipu, além de ser a maior usina hidrelétrica na América Latina, também é líder mundial em produção de energia limpa e renovável, tendo produzido mais de 2,6 bilhões de Megawatts-hora (MWh) desde o início de sua operação. Possui 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, fornecendo 11,3% da energia consumida no Brasil e 88,1% no Paraguai. No ano de 2019, a usina de Itaipu produziu 79.444.510 megawatts-hora (MWh) como diz o site Itaipu Binacional.   

Usina de Itaipu. Fonte: Itaipu Binacional

É importante ressaltar que essa usina é uma das maiores do mundo, com uma altura de 196 m e uma área de 1,350 km2. No mês de janeiro de 2020, havia cerca de 1250 empregados trabalhando na margem brasileira, e 1576 na margem paraguaia, de acordo com o site Itaipu Binacional. 

Os principais profissionais envolvidos em um projeto de uma hidrelétrica são engenheiros civis, eletricistas e mecânicos, porém demanda uma infinidade de outros profissionais, como especialistas em hidráulica, concreto, geologia, de controle e automação, ambiental, florestal e etc. Um outro cargo importante, é o operador de uma Usina Hidrelétrica, que controla os sistemas que geram e distribuem energia elétrica. Eles precisam de uma combinação de educação, experiência e treinamento extensivo no trabalho… Controlam os equipamentos de geração de energia, como as turbinas e geradores. No cargo de Operador se inicia ganhando R$ 2.915,00 de salário e pode vir a ganhar até R$ 4.630,00. A média salarial para Operador de Usina Hidrelétrica no Brasil é de R$ 3.635,00. 

Vantagens da usina hidrelétrica 

As usinas hidrelétricas possuem alguns benefícios em sua produção de energia e em seu consumo. Como Alvoro Mari Junior, engenheiro ambiental graduado pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC (2010), especializado, também pela UDC, na área de Engenharia de Segurança do Trabalho, mestre em Energia na Agricultura pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE e doutor pela Universidade Estadual de São Paulo – UNESP, que possui experiência na área Geoprocessamento e Hidrologia, diz. “A energia hidráulica é considerada como energia limpa, por ser renovável, e se comparada com outras fontes energéticas torna-se evidente a diferença de impacto que a mesma ela causacomo também é uma fonte contínua de geração elétrica epor consequência, se torna confiável. As usinas hidrelétricas podem também ser consideradas confiáveis geradoras de energia, já que possuem um reservatório para auxiliá-la em épocas de seca, fazendo com que, diferente de vários outros tipos de energia, possa gerar energia durante todo o dia e até terem uma reserva durante grandes falhas de energia ou interrupções.  

Ana Claudia Ferreira, professora da Unioeste, afirma quando observada a quantidade de gases de efeito estufa e poluição geradas por diferentes fontes de eletricidade, nota-se que a hidrelétrica emite aproximadamente 60 vezes menos gases que as usinas de carvão e 18 vezes menos que as usinas movidas a gás natural”Outro fator citado por A. Ferreira foi que as usinas podem ser projetadas de forma a aproveitar da melhor maneira possível o potencial de corpo hídrico, construindo de forma a operar tanto em picos de vazão quanto em tempos de seca. Com o desenvolvimento de tecnologias, as pequenas centrais hidrelétricas serão implantadas com maior facilidade em diversos pontos onde até então não foram aproveitados, fazendo assim com que haja uma grande quantidade de energia sendo gerada, e dessa forma auxiliarão a resolver o problema da demanda energética.  

Outras vantagens apontadas por Mari Junior é que a hidrelétrica de represamento cria reservatórios que oferecem uma variedade de oportunidades de lazer, principalmente pesca, natação e canoagem. A maioria das instalações de energia hidráulica é obrigada a fornecer algum acesso público ao reservatório para permitir que o público aproveite essas oportunidades. E pôr a geração de energia a partir do potencial energético da água ser uma forma de baixo custo financeiro para o consumidor, faz com que continue sendo utilizada por muitos anos.  

Desvantagens da usina hidrelétrica  

Entretanto existem malefícios sobre as usinas hidrelétricas. Um deles é que como possuem um grande custo de implantação, fazem delas objetos de muitos estudos prévios à implantação, já que erros de projeção podem gerar grandes prejuízos, fazendo a desativação de uma usina hidrelétrica possuir também custos elevados. Um dos maiores problemas encontrados na implantação de uma usina desse tipo está relacionado ao meio, onde as características geográficas permitam um grande potencial energético para o curso hídrico, e uma menor área impactada, o que raramente é possível de se encontrar, já que o potencial está relacionado à altura da coluna de água no reservatório, diz Lisandro Figo Almeida, professor da Unioeste 

Afirma Roberta Martins Nunes, engenheira ambiental pela UDC “Este tipo de empreendimento causa impactos muito graves ao ambiente, podendo infligir danos para a fauna e flora de uma região, como destruição da vegetação natural, assoreamento dos leitos dos rios, extinção de fauna e flora por interferência dos processos migratórios e reprodutivos, acidificação das águas, remoção da mata ciliar e poluição nos reservatórios com sustâncias toxicas. Esses fatores podem causar algumas vezes ainda a alteração de ecossistemas inteiros. Socialmente as usinas hidrelétricas também causam grandes impactos, um dos maiores é a inundação, que além de alagar áreas agriculturáveis, de reflorestamento ou cheias de fauna e flora, muitas vezes deslocam populações inteiras, causando um dano histórico e cultural.”  

Concluímos que as usinas hidrelétricas são fontes renováveis de energias, funcionam através do movimento das turbinas, e possuem pontos positivos. Hoje em dia novas usinas hidrelétricas vêm sendo implantadas para suprir parte da demanda energéticamas nelas ainda existem muitos pontos negativos. Isso não reduz a importância de estudos sobre diferentes fontes energéticas, como a energia eólica, solar e outras relacionadas à agropecuária. Pois estas não só podem contribuir para a matriz energética, mas também reduzir a quantidade de resíduos gerados por algumas atividades como bovinocultura, suinocultura e agricultura, e serem menos prejudiciais para a fauna e a flora. 

  

Referências  

Usinas de Eletricidade – Brasil Escola 

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/usinas-eletricidade.htm 

Acesso em 6 de novembro de 2020.  

Usinas Hidrletricas– wikipedia 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_hidrelétrica 

Acesso em 6 de novembro de 2020.  

Gustavo P. CerbasiMetodologias para determinação do valor das empresas: uma aplicação no setor de geração 

Cerbasi, Gustavo Petrasunas (Catálogo USP) 

Acesso em 6 de novembro de 2020  

Fontes de energia no Brasil 

https://sites.google.com/site/cemigdeenergia/fontes-de-energia-no-bri 

Acesso em 8 de novembro de 2020  

Fontes de energia no Brasil 

https://sites.google.com/site/cemigdeenergia/energia-hidrel 

Acesso em 8 de novembro de 2020  

Fontes de Energia 

https://sites.google.com/site/cemigdeenergia/home 

Acesso em 9 de novembro de 2020  

Hidrelétricas (PCHs) 

https://enercons.com.br/nossos-servicos/hidreletrica-pchs-e-cghs/ 

Acesso em 13 de novembro de 2020  

Geração de energia elétrica através da energia hidráulica e seus impactos ambientais– Rosemar de Queiroz 

https://core.ac.uk/reader/270299770 

Acesso em 13 de novembro  

Energia Hidrelétrica– Mundo educação 

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/energia-hidreletrica.htm 

Acesso em 13 de novembro  

Energia hidrelétrica: vantagens e desvantagens– Descomplica 

https://descomplica.com.br/artigo/energia-hidreletrica-vantagens-e-desvantagens/TTr/ 

Acesso em 14 de novembro de 2020  

Alvaro Mari Júnior, Roberta Martins Nunes, Lisandro Figo Almeida- Vantagens e desvantagens da energia hidráulica– Acata Iguazu 

http://e-revista.unioeste.br/index.php/actaiguazu/article/view/8941/6554 

Acesso em 15 de novembro de 2020  

 Energias renováveis: breves conceitos– CeP 
http://files.pet-quimica.webnode.com/200000109-5ab055bae2/Conceitos_Energias_renov%C3%A1veis.pdf 

Acesso em 15 de novembro de 2020  

Usina Hidrelétrica- Toda Matéria  

https://www.todamateria.com.br/usina-hidreletrica/#:~:text=%20Existem%20pouco%20mais%20de%20100%20usinas%20desse,no%20Rio%20Tocantins%2C%20estado%20do%20Par%C3%A1.%20More%20 

Acesso em 20 de novembro de 2020 

Barragem de Hidrelétrica Eletrobras 

https://eletrobras.com/pt/Paginas/Barragem-de-Hidreletrica.aspx Acesso em 20 de novembro de 2020 

 
A maior geradora de energia limpa e renovável do planeta– Itaipu Binacional  

https://www.itaipu.gov.br/ 

Acesso em 20 de novembro de 2020  

Operador de Central Hidrelétrica Progep 

https://progep.ufes.br/cargo-c-operador-de-central-hidrol%C3%A9trica#:~:text=DESCRI%C3%87%C3%83O%20SUM%C3%81RIA%20DO%20CARGO%3A,meio%20ambiente%20e%20sa%C3%BAde%20ocupacional 

Acesso em 24 de novembro de 2020  

Operador de usinas hidrelétricas Vagas  

https://www.vagas.com.br/cargo/operador-de-usina-hidreletrica 

Acesso em 24 de novembro de 2020  

Usinas Hidrelétricas- profissões e carreiras  

https://eletricashop.com.br:8443/artigos_unico.jsp?idprod=57#:~:text=Os%20principais%20profissionais%20envolvidos%20em,%2C%20ambiental%2C%20florestal%20e%20etc. 

Acesso em 24 de novembro de 2020 

 

 

 

Roupas: de onde vêm e para onde vão 

Felipe Caseiro e Pedro Mantovani  

Este trabalho é o resultado de pesquisas que informam os problemas da produção, consumo e descarte de roupas que usamos em nosso dia a dia. O vestuário é algo presente e fundamental na sociedade moderna, e hoje em dia é produzido em massa, por essa questão, precisamos encontrar a melhor maneira possível de produzir o vestuário sem que ele prejudique o meio ambiente e também a melhor maneira de o descartar, também precisamos resolver o problema do consumismo na sociedade na parte do vestuário. 

A produção de roupas 

O problema da produção do vestuário são os materiais usados nele, como fibras sintéticas, polímeros e plásticos que são derivadas do petróleo. O problema disso é que a extração e a transformação do petróleo nesses materiais resultam em diversos problemas para o meio ambiente, como poluição na queima do petróleo e o derramamento no mar. Segundo o site Greenmeespecializado no meio-ambiente e em como ter um estilo de vida sustentável, nos últimos 18 anos, a produção de vestuário dobrou principalmente porque o consumidor compra 60% a mais de roupas. De acordo com Greenpeace, isso vem do fato de que a sociedade consumista vem comprando muito mais roupas, levando a terem que descartar mais delas.  

O descarte das roupas  

Outro grande problema em relação ao vestuário é o descarte inadequado de roupas que faz com que ela não tenha uso após o descarte. Muitas vezes as roupas descartadas vão parar ou no meio ambiente ou em lugares onde não se pode reciclá-las como incineradores ou aterros sanitários, isso prejudica o meio ambiente porque a maioria das roupas é produzida com tecidos sintéticos e por isso demoram muito mais para se decompor, assim atrapalhando a vida silvestre local. Caso elas sejam descartadas em um aterro, elas começam a poluir o solo e o ar da área do aterro. Caso elas vão para um incinerador, elas vão poluir a atmosfera por conta da emissão de CO2. 

 

“O equivalente a um caminhão de roupas é enviado para o aterro ou à incineração a cada segundo, enquanto menos de 1% das fibras têxteis usadas na produção de roupas são recicladas e destinadas para a produção de novas peças”, diz Victoria Almeida, gerente de comunicação para a América Latina da Fundação Ellen MacArthur, 

Segundo a profissional, isso representa uma perda econômica anual estimada em 500 milhões de dólares no mundo.  Além disso, esse desperdício resulta em altos níveis de poluição. Existe até um termo no universo da moda para este tipo de cultura, em que o consumidor usa uma roupa que está em alta, troca a peça ou descarta e adquire outra que acaba de ser lançada: Fast Fashion. 

Resolução do problema 

Há diversas maneiras de contribuir para que esse problema acabe, como: comprar menos roupas e assim dando menos dinheiro para a indústria consumista e produzindo menos lixo, saber para onde as roupas que você descarta vão e mandá-las para um lugar onde elas possam ser recicladas ou doar suas roupas para quem precisa ao invés de jogá-las fora. De acordo com a Febratex group, um bom jeito de resolver o problema do descarte de resíduos têxteis é doando-os para ONGs que consegue dá-los a quem precisa. 

Resumindo, para evitar prejudicar o meio ambiente, é precisse informar sobre a origem e o destino das roupas que você compra. Outra coisa boa é comprar menos, porque assim você gera menos lixo e também dá menos dinheiro para a indústria consumista. 

  

Fontes de pesquisa: 

RECICLA SAMPA – SAIBA TUDO SOBRE A RECICLAGEM DE RESÍDUOS TÊXTEIS NO BRASIL: https://www.reciclasampa.com.br/artigo/saiba-tudo-sobre-a-reciclagem-de-residuos-texteis-no-brasil 

ECOASSIST – como fazer o descarte de resíduos têxteis. 

https://ecoassist.com.br/como-fazer-o-descarte-de-residuos-texteis 

GREENME.COM – Roupas poluentes? Sim, nossas roupas poluem e degradam o meio ambiente. Disponível em:  

https://www.greenme.com.br/consumir/moda/5187-roupas-poluentes-motivos/ 

O gasto de água na produção de computadores 

Leonardo Pace e Gustavo Pellaes   

O gasto de água na produção de produtos, também conhecida por “água virtual”, é um conceito utilizado para fazer referência à quantidade de água utilizada, de forma direta ou indireta, na produção de algum bem ou serviço. Este texto pretende mostrar o quanto de água é gasto na produção de computadores em geral. 

Água derrubada em um computador representando a água usada no computador

Na montagem de um computador, suas peças devem ser bem lavadas com água pura. Segundo pesquisas, a produção desses equipamentos envolve aproximadamente 1,5 mil litros de água. Um chip de 32 MB, com apenas duas gramas, exige 16 mil litros.  

Pesquisadores indicam que o consumo dessa água utilizada na produção de computadores gera muitos impactos ambientais, como, por exemplo, na lavagem de peças essenciais para o funcionamento do computadorOs impactos causados muitas vezes são a situação local, social, ambiental, econômico e cultural.  

O mais preocupante no descarte da água utilizada para a lavagem dos computadores é o local aonde acontece esse descarte por ser uma lavagem muito rígida, deixando a água muito poluída. O descarte incorreto dessa água pode danificar os lençóis freáticos, impossibilitando os abastecimentos de postos artesianos, que são a única fonte de água para muitas sociedades, como vilas e pequenas cidades. 

Representação de um lençol freático

 

As políticas de sustentabilidade de empresas fabricantes de computadores abordam a fase de concepção do produto, a seleção de materiais (inovadores, menos nocivos, reciclados e recicláveis, e em menor quantidade), a redução do uso de energia e água necessárias para sua produção, uma logística sustentável, embalagens econômicas, além de coleta e destinação adequadas tanto para os resíduos de origem da produção quanto para os equipamentos descartados pelos clientes. 

A política ambiental e a gestão de resíduos da Positivo Informática (empresa fabricante de computadores) iniciaram no ano 2000, tendo como objetivos a redução da geração de resíduos e na prevenção da poluição. Entre as medidas adotadas para atingir o objetivo proposto, destacam-se: o uso de novos materiais na fabricação de computadores, o aproveitamento, o consumo de fontes alternativas de água e a reciclagem de materiais aproveitáveis.    

 

Links dos sites utilizados para a pesquisa:  

Do bife às queimadas 

Maria Marchetti e Lorena Astolpho 

Neste texto, tratamos a carne bovina e as suas influências em diversos aspectos no Brasil. Dentre eles o ambiente, mão de obra, sua indústria e vegetarianismo. Fizemos diversas pesquisas coletando dados para construir o texto de divulgação científica.  

No Brasil, um dos produtos que tem um dos maiores números de exportação e produção é a carne bovina. Como sabem-se, a carne bovina está muito presente no dia a dia como na alimentação, na economia e no comércio e na cultura do país. Esse consumo afeta diretamente no meio ambiente e no estilo de vida das pessoas.  

A indústria brasileira da carne 

A indústria da carne é de extrema importância no Brasil e ajuda a movimentar a economia de uma forma bastante significativa. O Brasil é, atualmente, o segundo maior portador e exportador mundial de carne.   

Praticamente toda a produção brasileira de carne bovina tem como base as pastagens, forma mais econômica e prática de produzir e oferecer alimentos para a população. Pode-se dizer isso porque a pecuária, método brasileiro, não exige o preparo mais cuidadoso da área, ou o uso mais intensivo de insumos, de tecnologia e de mão de obra.  

Anualmente, no Brasil, são exportadas cerca de 150 mil toneladas de carne. 

 

 Mudanças ambientais causadas pela produção de carne 

A indústria da carne tem muita relação com o meio ambiente. Isso porque, para o consumo da carne, é necessária a criação de gado. Para que essa criação aconteça, é preciso terreno, o que, consequentemente, causa as queimadas e desmatamento de florestas.  

Segundo a ONU, o setor pecuário é o maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais aquíferos do mundo. A ONU também estimou que cerca de 14,5% das emissões de gases do efeito estufa oriundas de atividades humanas têm origem no setor pecuário. A maior parte do desmatamento da Amazônia tem sua origem na produção de carnes, laticínios e ovos. 

A produção de alimentos através da atividade pecuária não é apenas ambientalmente degradante, mas também contribui significativamente para o desperdício global de alimentos, uma vez que são consumidos de 2 a 10 Kg de proteína vegetal (por exemplo, soja) para produzir apenas 1 Kg de proteína de origem animal. Em um mundo com 1 bilhão de pessoas que passam fome, jogar toda essa comida no lixo é socialmente inaceitável. Além do mais, o setor pecuário concentra a maior parte da mão-de-obra escrava rural brasileira. 

Mão de obra e sua relevância para a indústria 

Para a realização da pecuária, são necessários diversos trabalhadores tanto para a preparação da área quanto em relação aos animais. Agora, a maior parte desses afazeres são feitos a partir de máquinas e tecnologia. A mão de obra não é mais tão presente na indústria de carne, portantocada vez mais os trabalhadores recebem menos. 

A avaliação da produtividade da mão de obra é relevante sob o ponto de vista econômico. Vale destacar que os dados do projeto Campo Futuro, em março de 2019, mostram que 77% dos painéis de pecuária de corte revelam estar o pagamento dos funcionários entre os três maiores gastos do sistema – filtrando apenas os painéis de cria, a porcentagem aumenta para 91%. 

 O vegetarianismo seus benefícios 

O vegetarianismo é outro assunto que está diretamente relacionado com a carne. Ele pode ser visto como um modo de viver que busca excluir, na medida do possível e praticável, o consumo de carne. Segundo alguns estudos, a principal motivação para se tornar um vegetariano é a ética, seguido da motivação de saúde e, em menor proporção, de outras motivações. 

No Brasil, são abatidos mais de 10 mil animais terrestres por minuto para produzir carnes, leite e ovos. A maioria desses animais são frangos, porcos e bois – animais que têm uma complexa capacidade cognitiva e sentem dor, sofrimento e alegria da mesma forma que os cães que temos em casa. Os animais são capazes de sofrer, sentir prazer e felicidade. Esse é um dos grandes motivos pelo qual pessoas se tornam vegetarianas, é uma escolha de não compactuar com a exploração, confinamento e abate desses animais.  

Muitos estudos associam efeitos positivos de saúde com a maior utilização de produtos de origem vegetal e restrição de produtos do reino animal. De acordo com inúmeros estudos científicos, o consumo de carnes está diretamente associado ao risco aumentado de doenças crônicas e degenerativas como diabetes, obesidade, hipertensão e alguns tipos de câncer. Ou seja, ao contrário do que podemos pensar, ser vegetariano pode ser um hábito saudável. 

 Os números de importações e exportações de carne bovina só vêm aumentando cada vez mais, e isso não afeta apenas o dia a dia da população como principalmente o meio ambiente. É necessário repensar sobre como essa indústria afeta negativamente várias áreas.   

 

Referências usadas para a produção do texto 

Vegetarianismo, por Sociedade Vegetariana Brasileira. Disponível em: https://www.svb.org.br/vegetarianismo1  

Produção de carne bovina no Brasil qualidade, quantidade ou ambas?  Por Albino  Luchiari Filho. Disponível em: Produção de Carne Bovina no Brasil – Albino Luchiari Filho.doc (abccriadores.org.br)  

Diagnóstico das pastagens no Brasil, por Moacyr Bernardino Dias-Filho. Disponível em: DOCUMENTOS_402_CAPA_1 (embrapa.br)  

Exportação de Carne Bovina. Disponível em: Exportação de Carne Bovina no Brasil, confira dados de 2019 (fazcomex.com.br) 

A INTERVENÇÃO DA CARNE EM NOSSO PAÍS 

Manuela Armesto e Lara Mageste   

Baseando-se em resultados de extensas pesquisas sobre os impactos negativos da produção de carne bovina no Brasil, o texto mostra diferentes pontos de vistas e resoluções para o então problema que vem diretamente afetando o meio ambiente.  

Segundo Matheus Grinco, pesquisador do Observatório da Questão Agrária, bacharel em Ciências Econômicas, o Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, com um rebanho de mais de 244 milhões de cabeças, portanto o Brasil também é considerado um dos maiores consumidores de carne no mundo, o que leva a questão ”O que e quanto é preciso para o alcanço desses números“.  

Exportação bate recordes com o passar dos anos 

A exportação de carne bovina é uma das mais ativas no Brasil, tanto de forma internacional nacional. Agregando muito na economia brasileira. De acordo com EMBRAPA, “A exportação de carne bovina já representa 3% das exportações brasileiras e um faturamento de 6 bilhões de reais, com um movimento superior a 400 bilhões de reais, que aumentou em quase 45% nos últimos 5 anos”. Essas exportações vêm aumentando e batendo recordes ao longo dos anos, deixando sequelas incoerentes no meio ambiente.     

Impactos no meio ambiente vem se degradando  

   Ao passar dos anos com o aumento da exportação de carne bovina os gases do efeito estufa também expandiram.  A indústria responsável pela criação de gado tem relação direta com a degradação do aquecimento global. A maior parte da emissão de gases é causada pela agropecuária.  

São necessários lugares amplos para pasto dos gados o que levou ao desmatamento de imensas áreas. Ima Vieirapesquisadora titular do Museu Paraense Emílio Goeldi, que estuda a resiliência da Amazônia a incêndios intensos, diz que “80% do desmatamento na região amazônica é em decorrência da atividade pecuária. Ela lembra que o fogo é empregado em atividades agrícolas para limpar o terreno; no caso da pecuária, para abrir espaço para o gado.” 

Também é preciso lembrar que o próprio gado emite esses gases que conciliam o aquecimento global. Conforme pesquisas, A pecuária é considerada uma das responsáveis pelo efeito acima devido à produção de metano pelos ruminantes. A produção de gás metano (CH4) entérico (relativo ao intestino; intestinal) pelos ruminantes é dependente principalmente do tipo de dieta disponível aos animais e do nível de ingestão, mas também pode ser influenciado pelo tamanho, idade e espécie do animal.” 

As ações precisam ser tomadas… aquecimento global vem afetando muito a vida das pessoas diariamente. A partir das pesquisas realizadas, pode-se concluir que a diminuição de carne vermelha na dieta é necessária.  Não se trata de acabar com produção pecuária, e sim se conscientizar e utilizar maneiras de produção responsáveis/sustentáveis, para minimizar impacto no meio ambiente.  

 

Referências utilizadas: 

 

(1) Produção de metano por ruminantes: como ocorre e como reduzir as emissões? (Texto de divulgação científica publicado no portal MilkPoint.com – em 20/11/2019)   https://www.milkpoint.com.br/colunas/educapoint/producao-de-metano-por-ruminantes-como-ocorre-e-como-reduzir-as-emissoes-217009/  

XAVIER, Glaydson Jhonnys QueirozSANTOS, Ana Paula da Silva; LUCENA, Thaís CavalcantiSILVA, Elias Inácio. Impactos da Pecuária ao Meio Ambiente: Uma Conscientização Importuna. Disponível em: http://cadernos.aba-agroecologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/5473/2987     

Exportações brasileiras de carne bovina crescem 12,3% no acumulado de 2020. Disponível em: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/boi/268400-exportacoes-brasileiras-de-carne-bovina-crescem-123-no-acumulado-de-2020.html#.X7UfXBNKj8N 

Reduza seu consumo de carne. Disponível em:  https://www.greenpeace.org/brasil/participe/reduza-seu-consumo-de-carne/#:~:text=A%20produ%C3%A7%C3%A3o%20de%20carne%20%C3%A9,a%20manuten%C3%A7%C3%A3o%20do%20clima%20global 

EMBRAPA. Qualidade da carne. Disponível em: https://www.embrapa.br/qualidade-da-carne/carne-bovina  

Autor: Matheus GringoAnálise sobre a produção de carnes no Brasil (16/07/2020). Disponível em: https://www.thetricontinental.org/pt-pt/brasil/analise-sobre-a-producao-de-carnes-no-brasil/ 

 

Indústria da moda é a segunda maior poluidora do mundo 

 Joana e Luna          

Para comprar uma roupa, é preciso se questionar de onde o produto veio, como e por quem foi produzido, onde ele vai parar e quais são seus impactos sociais e ambientas. Sabe-se que o Brasil é a 5ª maior indústria têxtil do mundo, gerando 170 mil toneladas de retalho todo ano, segundo Sebrae 2018, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, e São Paulo é responsável por 10% desses retalhos de acordo com o Sustexmoda 2018. Isso é equivalente a um caminhão cheio de retalhos sendo enterrado a cada segundo no mundo. Além disso, a indústria têxtil é o segundo setor da economia que mais consome água e produz cerca de 20% das águas residuais do mundo. Neste texto, serão expostas informações de pesquisas relevantes e reflexões sobre os impactos ambientais e sociais da indústria da moda no mundo. 

De acordo com o BBC 2017, a indústria da moda é a segunda maior poluidora do mundo, só fica atrás de gás e petróleo. Além disso ela tem grandes impactos sociais, pincipalmente a fast fashion, que vem se popularizando no mundo inteiro cada vez mais, o que é um grande problema. 

A fast fashion é um padrão de produção e consumo no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados rapidamente. Geralmente, também é utilizado o trabalho escravo ou péssimas condições trabalhistas para que os produtos possam chegar às prateleiras com o menor preço possível, fazendo com que a maioria das pessoas tenham condições de comprar, produzindo em larga escala e sempre tendo como foco o lucro. Para manter sempre o preço mais baixo, são utilizados materiais de pior qualidade. Na produção de fibras têxteis, é necessário desmatar, utilizar fertilizantes, agrotóxicos, extrair petróleo, transportar etc.  

Fonte: UOL
“LIXO” têxtil em Bangladesh. Essa imagem é muito chocante, pois ela mostra como a roupa é tratada como algo descartável. Enquanto tem muitos precisando, outros estão jogando fora.

 

Impactos ambientais das fibras têxteis 

 A fibra têxtil que é a mais utilizada na produção fast fashion é o poliéster, um plástico. Ele demora por volta de 200 anos para se decompor. Dependendo da configuração do tipo de fibra têxtil (muitas vezes há mistura de poliéster e algodão), a peça pode não ser reciclada. Ao lavar roupas feitas com fibras sintéticas, elas soltam microplásticos que vão parar no mar. Os microplásticos são mini partículas de plástico muito perigosas para a natureza e causam poluição principalmente em corpos d’água. As microfibras são um tipo de micro plásticos, só que com forma fibrosa. 

Esses resíduos são rapidamente consumidos por animais, causando vários problemas de saúde, como bloqueio gastrointestinal, provocando dificuldades na alimentação e na fome. E no fim dessa cadeia, os seres humanos consomem essas espécies aquáticas, ingerindo microfibras também. Há microplásticos no sal, nos alimentos, no ar e na água. 

 Fibras têxteis são a matéria prima a partir da qual os tecidos são feitos. Existem vários tipos dessas vibras, como algodão, lã, viscose, viscose de bambu, lioceu/tenceu, poliamida/náilon e, como já mencionado poliéster. A indústria têxtil tem, como objetivo, a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário. 

O trabalho análogo a escravidão ainda é muito presente na indústria da moda 

A escravidão ainda é muito presente em nossa sociedade atual. O número aproximado de escravos contemporâneos no mundo ultrapassa de 40 milhões, sendo que 71% dos escravos são mulheres e meninas menores de idade, e cerca de 62% dos casos de “escravidão moderna” foram revelados na Ásia e no Pacífico, segundo a Carta Capital.  

Algumas marcas muito conhecidas e que estão ficando cada vez mais populares usam mão de obra escrava ou condições de trabalho desumanas, onde inúmeros trabalhadores são exaustivamente explorados para que as roupas possam chegar às lojas a preços acessíveis e tornem-se cada vez mais desejáveis. Como, por exemplo, a Renner, Shein, Animale, Zara e muitas outras. Mas não são só essas marcas um pouco mais acessíveis que trabalham com mão de obra escrava, de acordo com o Brasil de Fato, a grife Amissima, que vende roupas com valores acima de R$ 1000,00, foi denunciada por trabalho análogo à escravidão.  

Fonte: greenme.com

                   

Fonte: Wikipedia
Com essas imagens, é possível refletir que a escravidão não é coisa do passado como muitos pensam. Ainda acontece atualmente, e é algo horrível. A utilização do trabalho escravo e a mão de obra barata sempre tiveram como foco o lucro. Isso faz com que os mais ricos ganhem mais e os mais pobres menos, agravando a desigualdade social.

É possível concluir que a mão de obra humana e trabalho análogo à escravidão ainda são um grande problema na sociedade atual e na indústria da moda, e que ao comprar produtos destas marcas, o consumidor está apoiando e financiando este tipo de trabalho. Mas esse não é o único problema desta indústria visada ou lucro, ela também contribui para o esgotamento dos recursos naturais. 

Por trás da produção de uma peça, o esgotamento dos recursos naturais 

Os impactos resultantes da produção passam por toda a cadeia produtiva têxtil, desde o plantio do algodão até a confecção da peça, além dos impactos que vêm da comercialização. 

O cultivo do algodão, por conta da grande quantidade de pesticidas, inseticidas e fertilizantes utilizados para a obtenção da fibra, causa contaminação da água, do solo e da fauna local. Além de consumir um volume enorme de água nos processos de beneficiamento e acabamento. Ao longo da cadeia produtiva têxtil, os impactos ambientais envolvem contaminação do solo, consumo de água, de energia, emissões atmosféricas de poluentes e resíduos sólidos. 

Por trás da produção de uma peça de roupa existem várias etapas que o consumidor muitas vezes nem conhece. Primeiro ocorre a preparação e extração da matéria prima, que é o processo em que acontece, na maior parte das vezes, o maior consumo de água de toda a vida útil e inútil da roupa. 

Fonte: site Sou de Algodão. Essa imagem mostra quão alto é o desperdício e o consumo de água em cada uma das etapas da produção de uma única peça de roupa. É necessário refletir porque são gastos tantos litros de água para produzir uma peça de vestuário enquanto muitos nem tem água para beber.  

 Esses processos também trazem vários outros danos ambientais, como a contaminação do solo pelo uso de agrotóxicos, e contaminação da água e do ar. 

A segunda etapa da produção é o processo produtivo, no qual a matéria prima ganha a forma do produto final. Essa etapa também tem um grande consumo e desperdício de água e é a etapa da produção que mais gasta energia, como, por exemplo, na produção de uma calça jeans são gastos 125,7 mega joules de energia. No processo produtivo do algodão, por exemplo, é levado em conta o combustível das máquinas agrícolas que realizam a colheita, a energia das máquinas de fiação e dos processos de tingimento, lavagem, secagem e ferro de passar. 

A terceira etapa é a comercialização, que pode ser feita em lojas físicas ou online. Esse processo também engloba as ações realizadas pelas lojas para que o produto possa ser comercializado em bom estado, e nesse momento, muitas das peças são descartadas antes de chegar no mostruário.  

A penúltima etapa é o uso e pós-compra em que a lavagem e a secagem da roupa podem acarretar, como já mencionado anteriormente, impactos ambientais complexos, como a liberação de micro plásticos em função da lavagem de roupas sintéticas. Nesse processo é quando ocorre a maior emissão de carbono, consumo de energia, e, dependendo da peça, o consumo de água. 

A última etapa é o descarte, quando o produto não mais utilizado é levado para um lixão ou aterro sanitário, mesmo que a sua vida útil não tenha se esgotado.  

Durante e entre todos estes processo é utilizado o transporte, que causa uma grande emissão de CO2 na atmosfera e poluição no ar e na água. 

Fonte: A Product Life Cycle Approach to Sustainability. Levi’s 501 Jeans System Boundary, Levi Strauss Co., 2011 Com essa imagem, é possível perceber o quão utilizado é o transporte na produção de uma roupa, liberando muito CO2 na atmosfera, o que é um grande problema. Isso poderia ser evitado ou reduzido, se todas essas etapas fossem perto uma das outras ou no mesmo local.
Fonte: A Product Life Cycle Approach to Sustainability, Levi Strauss & Co., 2011.
Com esse gráfico, percebe-se quão alto é o consumo de energia, de água e emissão de carbono, podendo pensar em hipóteses ou soluções de como diminuí-la em cada uma dessas etapas.

 

Impactos da produção de vestuário na poluição do planeta 

A indústria da moda responde por algo entre 8% e 10% das emissões globais de gases-estufa, mais que a aviação e o transporte marítimo juntos, segundo a ONU. 

“Poluição é a introdução provocada ou acidental de substâncias ou energia no meio ambiente, trazendo consequências negativas e desequilíbrio para os seres vivos, inclusive para os humanos e para os ecossistemas. A poluição é considerada um dos principais problemas ambientais hoje e passou a ser mais comum com o aumento da densidade demográficaurbanização e industrialização.”, trecho retirado do site info escola escrito por Yanna Dias Costa, graduada em Ciências Biológicas (Unicamp, 2012) e com mestrado Profissional em Conservação da Fauna Silvestre (UFSCar e Fundação Parque Zoológico de São Paulo, 2015). 

Os Poluentes são resíduos gerados pelas atividades humanas causando um impacto ambiental negativo, ou seja, uma alteração indesejável. Dessa maneira, a poluição está ligada á concentração, ou quantidades de resíduos presentes na água, no ar e no solo. 

Atualmente, é considerada um grave problema ambiental, e de acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente, é definida como: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: 

-Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 

-Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 

– Afetem desfavoravelmente a biota, um conjunto de todos os seres vivos de uma região; 

-Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 

-Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos 

          Os efeitos da poluição podem ser mais localizados, ou até em nível regional ou global. Os mais conhecidos e perceptíveis são os efeitos locais e regionais, os quais, em geral, ocorrem em áreas de grande densidade populacional ou de atividades comerciais e industriais, causando poluição do ar, da água e do solo. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a maior parte das populações urbanas do mundo sofrem uma exposição média de poluentes no ar superior ao que é considerado aceitável. 

A poluição atmosférica pode ameaçar o ambiente em uma escala global. Isso acontece por causa da circulação de gases na atmosfera que se estende muito além das fontes de poluição. 

Outra coisa que polui o planeta é a produção de tingimento. Quase três quartos de toda a água consumida por moinhos de tingimento terminam como resíduo não potável, uma sopa tóxica de corantes, sais, álcalis, metais pesados e substâncias químicas que são usadas para fixar as cores nas roupas, segundo a Vogue. Filtrar essa água com resíduos também é muito caro então frequentemente ela é descartada de modo ilegal em rios, o contaminando completamente “Essas substâncias químicas na água de resíduo podem afetar o ecossistema local, ou as pessoas que usam a água para pescar, lavar ou até beber”, explica Lalia Petrie, líder global no setor de têxteis e algodão da WWF. “Podem prejudicar plantas e animais, e potencialmente entrar na cadeia alimentar”. Os tingimentos também causam vários outros impactos no meio ambiente, por isso deve-se evitá-los ou usar os mais naturais, 

Com isso, é possível compreender que a produção de vestuário, por ter um grande impacto na poluição do planeta, pode trazer riscos para todos os seres vivos, ecossistemas e até os humanos. É preciso parar e refletir se é mais importante consumir e ter um falso prazer pessoal por pouco tem ou preservar o planeta e a vida. 

A moda transforma a sociedade e sociedade transforma a moda 

A moda faz parte da sociedade. Ela pode expressar cultura, época, classe social, e identidade.  

Analisando um pouco a história, e as fases e interesses da sociedade e das diferentes faixas etárias em cada época, é possível observar que esses acontecimentos e interesses refletiram também na moda da época. Como, por exemplo, os Punks influenciaram a moda com as tachas, coturnos etc. Aconteceu a mesma coisa com hippies, os jovens queriam uma moda mais despojada, solta e fora dos padrões dos anos 50.  

Rosângela Espinossi, formada em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo e pós-graduada em Comunicação e Moda pela Universidade Anhembi Morumbi, diz que o Impressionismo foi o primeiro a ditar moda das ruas: “Napoleão III, veio de Londres e queria fazer de Paris mais bela do que Londres. O presidente chamou um engenheiro para destruir a cidade para que pudesse ser construída novamente em ruas diagonais, fizeram saneamento básico, destruíram monumentos históricos e nas ruas construídas, eles abriam cafés e era tudo muito arborizado e as pessoas começaram a sair mais pra rua e a serem mais vistas”. 

Ela comenta que, na mesma época, começaram a criar as primeiras lojas de departamento e, a partir desse momento, a moda começa a ser mais acessível. Ela também fala que as pessoas ricas fora do estamento aristocrático pretendiam se igualar aos nobres e tinham acesso às vestimentas melhores. Com este acesso, elas começavam a passear mais, ir aos jardins e, ao mesmo tempo, os impressionistas queriam captar a luz, eles saíam dos estúdios de pintura e não queriam captar apenas as pessoas, pretendiam captar os momentos da luz de cada hora do dia. 

O tempo dos objetos 

Esses homens já “…não se encontram rodeados …por outros homens, mas mais por objetos … Vivemos o tempo dos objetos …existimos conforme o seu ritmo e em conformidade com a sua sucessão permanente”, refletiu Baudrillard, filosofo francês (1991). A inovação dentro do campo da produção forma parte da realidade, sendo os objetos industrializados empurrados pelos empresários para o consumidor por múltiplos mecanismos de persuasão, como os apontados por Dorfles, crítico de arte, pintor e filósofo italiano (1988). 

Consumir tornou-se numa verdadeira febre social no mundo capitalista ocidental. 

Ainda que com características diferentes, antes da Revolução Industrial já existia um certo exagero no ato de consumir. A nobreza e burguesia tinham padrões de consumo superiores aos das classes sociais inferiores, como uma manifestação de poder, reforçando que o consumo era feito por um grupo minoritário, e que, se comparado com o atualmente, consumia relativamente pouco. A eliminação de resíduos nessas épocas era muito menos e os resíduos eram mais biodegradáveis.  

Tanto FEATHERSTONE (1995) como BAUDRILLARD (1991) acrescentam, que algumas outras causas da expansão do consumo são a satisfação pessoal proporcionada pelos objetos. Eles também mostram status de hierarquia dentro da sociedade. Featherstone acrescenta como terceira ideia, “…a questão dos prazeres emocionais do consumo e os sonhos e desejos celebrados no imaginário cultural consumista (que se materializa) em locais específicos de consumo que produzem diversos tipos de excitação física e prazeres estéticos”. Ou seja, vive-se em uma verdadeira cultura do consumo. 

As três motivações não se excluem, complementam-se e solidarizam-se, empurrando a sociedade a esse impulso irresistível de consumir”. Trecho retirado do artigo Consumismo e Geração de Resíduos Sólidos, escrito por Manuel Rolando Berríos, professor de Geografia, Universidade Estadual Paulista. 

Será que vale a pena, por um prazer pessoal momentâneo, causar tantos impactos ambientais e sociais no nosso planeta? Será que vale a pena estimular o trabalho análogo á escravidão para comprar uma roupa um pouco mais barata. Será que vale a pena gastar tanta água por uma caça jeans enquanto tem muita gente que nem tem água para beber? Será que precisamos de tudo isso? A nossa cultura consumista destrói cada vez mais o planeta e agrava desigualdade social. Por que uns podem e outros não?  

Apesar disso a indústria da moda é uma indústria essencial, pois as roupas, principalmente em lugares mais frios, são necessárias para sobreviver. Então é preciso pensar em soluções mais sustentáveis, como reciclar as roupas que não dão mais para ser usadas, doar para quem precisa também sempre é uma ótima solução, comprar de lojas que são mais sustentáveis, conscientes e que se preocupam com o meio ambiente e não usam trabalho análogo à escravidão, comprar roupas que não utilizam corantes ou usam correntes naturais, e muitas outras.  

Quanto mais o consumidor comprar dessa indústria da moda visada ao lucro, como a fast fashion, mas elas crescerão e se popularizarão, causando mais impactos socioambientais. É preciso mudar, e não daqui alguns anos. Agora. Estamos destruindo o planeta. Os humanos não têm esse direito, não tem o direito de acabar com a vida de animais, queimar florestas, destruir e construir onde e quando quiserem. A maioria dos recursos naturais são finitos e, na sociedade atual, estão sendo utilizados como infinitos, mas eles acabarão. Tudo um dia acabará. 

    

Referências: 

CONSUMISMO E GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – Autor: Manuel Rolando Berríos 

Disponível em:  https://www.revistas.usp.br/geousp/article/download/123360/119696/231959 

Acesso em 4/11/2020  

DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA ANÁLISE DO IMPACTO AMBIENTAL DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE UMA INDÚSTRIA DE VESTUÁRIO DE MÉDIO PORTE Autor: Gabriela Lyra Teixeira 

Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11461/1/Mestrado%20Design%20-%20Gabriela%20Lyra%20Teixeira.pdf  Acesso em 4/11/2020  

O CONSUMO CONSIENTE DA ÁGUA NA MODA – Autor: Sou do algodão 

Disponível em: https://soudealgodao.com.br/o-consumo-consciente-de-agua-na-moda/ Acesso em 6/11/2020  

O TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO NA INDÚSTRIA DA MODA E UMA BREVE ANÁLIZE DO CASO ZAZA 

Autor: Thiago Patrício Gondim 

Disponível em: http://hdl.handle.net/11422/8557  

Acesso em 6/11/2020  

OS IMPACTOS POR TRÁS DAS ROUPAS QUE COMPRAMOS – Autor: Carolina Salles 

Disponível em: https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/noticias/120463135/os-impactos-por-tras-das-roupa-que-compramos 

Acesso em 6/11/2020  

CONFIRA 8 TIPOS DE MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS NA INDÚSTRIA TÊXTIL 

Autor: febratex 

Disponível em: https://fcem.com.br/noticias/tipos-de-materias-primas-utilizadas-na-industria-textil/ 

Acesso em 6/11/2020  

A MODA E SOCIEDADE – Escritor: Gustavo Cardoso 

Disponível em: https://medium.com/@gustavocardoso_59067/a-moda-e-sociedade-1233d532eca3  

Acesso em 10/11/2020  

O QUE É FAST FASHION-Autor: Stella Legnaiol 

Disponível em: https://www.ecycle.com.br/5891-fast-fashion.html  

Acesso em 10/11/2020  

ESTUDO REVELA QUE LAVAGENS DE ROUPAS FEITAS COM FIBRAS SINTÉTICAS SOLTAM MICROPLÁSTICOS  

Autor: equipe ecycle  

Disponível em: https://www.ecycle.com.br/component/content/article/67-dia-a-dia/4749-microplasticos-microfibras-fibras-plastico-roupa-sintetica-particulas-lavagem-animais-marinhos-sacolas-plasticas-compostos-toxicos-problema-absorver-estudo-alimento-esferas-oceanos-sintetico-natureza-impactos.html  Acesso em 10/11/2020  

RESÍDUO TÊXTIL: COMO COMBATER OU REDUZIR ESSA PRODUÇÃO NA INDÚSTRIA 

Disponível em: https://fcem.com.br/noticias/residuo-textil-como-combater-ou-reduzir-essa-producao-na-industria/#:~:text=Nesse%20contexto%2C%20%C3%A9%20necess%C3%A1rio%20destacar,preju%C3%ADzos%20ambientais%20acabam%20sendo%20inevit%C3%A1veis Acesso em 10/11/2020  

POLUIÇÃO – Disponível em: https://condominiosustentavel.eco.br/interna/poluicao 

Acesso em 10/11/2020  

SAIBA TUDO SOBRE RECICLÁGEM DE RESÍDUOS TÊXTEIS NO BRASIL 

Disponível em: https://www.reciclasampa.com.br/artigo/saiba-tudo-sobre-a-reciclagem-de-residuos-texteis-no-brasil 

Acesso em 10/11/2020  

Foto: Vitaliy Kyrychuk / shutterstock.com 

Acesso em 10/11/2020  

IMPACTOS AMBIENTAIS DAS FIBRAS TÊXTEIS E ALTERNATIVAS 

Disponível em: https://portais.univasf.edu.br/sustentabilidade/noticias-sustentaveis/impactos-ambientais-das-fibras-texteis-e-alternativas 

Acesso em: 10/11/2020  

FIBRA TÊXTIL – Autor: Wikipedia 

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_t%C3%AAxtil Acesso em 13/11/2020  

INDÚSTRIA TÊXTILAutor: Wikipedia 

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_t%C3%AAxtil 

Acesso em 20/11/2020  

POLUIÇÃO – Autor: Yanna Dias Costa 

Disponível em: https://www.infoescola.com/ecologia/poluicao/ Acesso em 20/11/2020  

TINGIMENTO: O IMPACTO NO MEIO AMBIENTE E AS SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS. Autor: Jess Cole 

Disponível em: https://vogue.globo.com/moda/moda-news/noticia/2019/06/tingimento-o-impacto-no-meio-ambiente-e-solucoes-sustentaveis.html 

Acesso em: 22/11/2020  

FOTO:  Disponível em: https://www.greenme.com.br/consumir/moda/2612-o-horror-por-tras-de-nossas-roupas-em-bangladesh-criancas-forcadas-ao-trabalho/ 

Acesso em: 22/11/2020  

IMÁGEM: Disponível em:
https://soudealgodao.com.br/o-consumo-consciente-de-agua-na-moda/ 

Acesso em: 6/11/2020  

IMAGEM:  Fonte: A Product Life Cycle Approach to Sustainability, Levi Strauss & Co., 2011. 

Acesso em: 19/11/2020  

IMAGEM:  Fonte: A Product Life Cycle Approach to Sustainability. Levi’s 501 Jeans System Boundary, Levi Strauss Co., 2011 

Acesso em: 19/11/2020  

FOTO: Disponível em: https://ffw.uol.com.br/blog/sustentabilidade/o-que-acontece-com-as-roupas-que-somos-encorajados-a-doar/ 

Acesso em: 19/11/2020  

IMAGEM: Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_no_Brasil 

Acesso em: 19/11/2020 

 

A moda na relação com o ambiente  

Thomas, Guilherme e Joaquim 

Pesquisas desenvolvidas na produção de roupas revelam os impactos causados no meio ambiente devido ao uso de materiais não sustentáveis. Especialistas no assunto afirmam que existem maneiras mais adequadas de utilizar a matéria prima.  

Aqui nós vamos falar sobre esse impacto que pode prejudicar o meio ambiente. 

Atualmente, a indústria da moda é responsável pela produção em massa de roupas e calçados compatíveis com o mercado global, fornecendo as maiores redes de lojas de varejode acordo com a PET Ambiental (Jun/2019) essa etapa engloba os procedimentos realizados pelos produtores para que a matéria seja obtida e utilizada a fim de ser transformada no produto final. Entretanto, pode trazer danos em função do uso de agrotóxicos, contaminação do ambiente -solo, água ou ar.  

Pesquisas indicam que os materiais utilizados estão ficando cada vez mais raros e caros de se obter no mercado, como mostra a evacuação” da Adidas e Nike do mercado desse tipo na China no site Couromoda, na aba Calçado no mundo (22/06/2018), eles dizem que 44% dos calçados da marca foram produzidos no Vietnã em 2017, em comparação com 31% em 2013. A Nike, por outro lado, que já produziu 32% de seus pares na China reduziu esta participação para 19%, em 2017. Mas mesmo o foco da produção não sendo a China amatérias primas utilizadas em outros setores em excesso causam um desgaste imenso do meio ambiente. 

 De acordo com a Enegep (2010). O principal impacto ambiental causado por este setor são os resíduos que contêm cromo em sua composição tais como: aparas de couro, na serragem, no farelo e pó de couro, materiais de difícil degradação ao meio ambiente. Os principais problemas ocasionados por estes materiais são: 

  • –  Contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo descarte inadequado dos resíduos. 
  • –  Emissão de odores que geram incômodo significativo à comunidade próximo aos curtumes. 
  • –  Emissão de poluição atmosférica devido ao uso de caldeiras à lenha, óleo combustível e carvão. 

De acordo com a matéria “Adidas aumenta produção de tênis feitos com plástico reciclado” (ISTO É,26/02/2019), algumas marcas mundialmente famosas produzem milhões de tênis por dia, mas algumas das fontes utilizadas para a sua confecção prejudicam a fauna e a flora, com isso a Adidas fez um projeto muito interessante em parceria com a Parley  e fizeram um tênis mais sustentável. O projeto trata de eles recolherem resíduos aquáticos dos oceanos e fazer um tênis menos prejudicial para o meio ambiente      

    

Propaganda da Adidas de sua campanha ecológica de fazer tênis de maneira mais sustentáveis

 

Conclui-se que a produção de calçados pode ser bem prejudicial à natureza, seja por usar recursos não sustentáveis, ou por gastar muita água em sua produção. Mas existem formas de fazer tênis colaborando com o meio ambiente, como a Adidas fez neste projeto, em que usou o plástico jogado no oceano, como matéria-prima esse ato já é de grande ajuda de parte da marca/rede, porém nós como consumidores podemos fazer nossa parte o exagerando em gasto e uso para que menos peças sejam descartadas. Bem no final podemos todos fazer pequenos sacrifícios para ajudar a produção de vestuário ficar mais ecologicamente sustentável. 

  

Sites:   

“Adidas e Nike reduzem produção na China por causa do aumento do custo da mão de obra local”, Equipe Couro Moda (22/06/2018) 

Link: https://couromoda.com/noticias/ler/adidas-e-nike-reduzem-producao-na-china/  

‘’Adidas aumenta produção de tênis feitos com plástico reciclado’’ revista ISTO É, (26/02/2019)  https://www.istoedinheiro.com.br/adidas-aumenta-producao-de-tenis-feitos-com-plastico-reciclado/ 

‘’Impactos da indústria da moda no meio ambiente’’, Equipe PET Ambiental (03/06/2019)  http://www.petesa.eng.ufba.br/blog/impactos-da-industria-da-moda-no-meio-ambiente   

 ‘’IMPACTO AMBIENTAL DA CADEIA PRODUTIVA DO SETOR CALÇADISTA DO VALE DO RIO DOS SINOS’’, Elisa Gatelli, e outros… (outubro de 2010) http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_tn_sto_132_846_16430.pdf 

Mercado de moda europeu  

Olivia, Luísa e Beatriz 

O mercado da moda na Europa é muito grande. Por conta das dezenas de desfiles que acontecem por lá, a moda europeia é reconhecida no mundo inteiro, gerando muita renda para esse mercado, como por exemplo, as grandes marcas de alta costura francesa ou italiana. A Europa não apenas inspira outros países, mas também serve de exemplo para outros lugares no mundo, além de influenciar no modo de vida das pessoas. O presente trabalho mostra os impactos ambientais e sociais dessa indústria.  

Fabricação das peças:  

De a cordo com a pesquisa feita pela The Global Slavery Index 2018, da fundação Walk Freeíndices também mostram que as empresas envolvidas no setor do vestuário movimentam cerca de US$ 354 bilhões em exportação para os países do G20 – o grupo constituído por ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. 

A moda também influencia no estilo de vida das pessoas. Existem pessoas que gostam sempre de estar na moda e seguir o que dizem a respeito de uma cor ou alguma peça. Mas algumas pessoas não gostam de estar na moda ou simplesmente tem uma renda muito baixa e não conseguem seguí-la. 

Existe um outro lado da moda que tem se destacado de uns anos para cá, que é, a moda de forma sustentável. De acordo com Adeilson Florencio dos Santos, designer de moda, esse lado da moda vem crescendo significativamente durante esses últimos anos porque as pessoas estão se adaptando a modos de se vestir e de viver mais sustentáveis. 

Materiais mais utilizados: 

Outra coisa que temos que levar em consideração quando falamos do conceito de moda é a matéria prima utilizada. Existem muitos tipos de materiais que são utilizados na moda. Aqui estão alguns deles: Elastano, lã, algodão, seda, linho, entre outros materiais que são muito utilizados na confecção de roupas; como por exemplo, o algodão que é tingido para fazer blusas ou o algodão na sua cor natural para fazer meias. Mas ainda é importante ressaltar, que esses materiais são finitos, ou seja, se continuarmos usando-os de maneira exagerada, pode chegar a um ponto que irá fazer falta. 

Fonte: AFP/Mariama Darame

 

Transformação e influências na paisagem e sociedade: 

Todos nós usamos roupas. E usamos desde que nascemos (ou pelo menos é o esperado). Aquelas roupas que não usamos mais são doadas, ou simplesmente descartadas por não estarem em uma boa condição de uso. 

Segundo Rachel Graham, em notícia publicada no site Euronews, um novo estudo da marca de roupa masculina LabFresh descobriu que a capital da moda também é a capital do desperdício de moda, visto que o país produz cerca de 465.925 toneladas de resíduos têxteis por ano, o equivalente a 7,7 kg para cada um de seus 60 milhões de habitantes. Desse total, pouco mais de 10% são reciclados e 81,8% dos resíduos são incinerados ou enviados para aterros.  

Com base em uma métrica de têxteis desperdiçados e como eles são descartados combinados com os gastos com roupas de cada país e exportação anual de roupas de segunda mão, a fórmula considerou Portugal, ÁustriaReino Unido e Itália como os piores infratores por hábitos de vestuário insustentável. De acordo com a editora de Política e colunista do jornal Valor, Maria Cristina Fernandes, o assunto começou a ficar tão sério, que a França está proibindo lojas de jogarem fora roupas que não foram vendidas, isso desde 2018. 

Saúde mental e estética: 

Mas a relação entre saúde mental/modificações na sociedade e moda não é um problema que acontece só na Europa, e sim no mundo inteiro. Como adolescentes de 14 e 13 anos, podemos falar que dependendo do jeito que você se veste, a sociedade acha que tem o direito de fazer comentários sobre a roupa que estamos usando, e colocar a culpa de ter te abusado em você, ou motivo para te abusar e te assediar. Mas isso não é tudo que a sociedade anda influenciando na moda. Por exemplo, para a pessoa ser considerada “bonita”, ela deve estar dentro dos padrões de beleza impostos ponós mesmos. Magra, usar roupas que estãna moda no momento, etc. Senão é considerada feia. E isso influencia a mente e autoestima das pessoas que são julgadas, pois elas não se sentem bemachando que são feias, e então fazem procedimentos estéticos ou regime só para ficar nos padrões que a sociedade impõe para as mulheres, principalmente. Isso pode causar doenças serias, como ansiedade, depressão e até distúrbios alimentares. 

O famoso “body shaming” não acontece somente nas redes sociais, como na maioria das vezes. Ele pode acontecer em casa pela sua própria família, e em lugares públicos. E isso precisa parar o mais rápido possível. 

Podemos concluir que devido à pressão imposta pela sociedade de usar roupas que estão na moda e a obsessão de algumas pessoas com comprar além de estar causando problemas ambientais a moda europeia também nos deixa sedentos por comprar coisas para estar na moda, e a culpa é completamente do ser humano e seus comentários desnecessários aos outros que se sentem diminuídos por pensarem que são feios ou que estão fora dos padrões da nossa sociedade, o que afeta diretamente a nossa saúde mental. 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

Europe’s worst offenders for burning and binning clothes revealed, Rachel Graham.  

https://www.euronews.com/living/2020/01/20/europe-s-worst-offenders-for-burning-and-binning-clothes-revealed 

O peso do Body Shaming: o significado (e as nuances) da pressão estética, Vougue.  

https://vogue.globo.com/Vogue-Gente/noticia/2019/10/o-peso-do-body-shaming-o-significado-e-nuances-da-pressao-estetica.html 

 

Energia Solar, uma fonte de energia limpa

Arthur, Eduardo L, Vitor, Matias 

O Sol é a fonte de energia primária do planeta, mesmo assim, não é a mais utilizada. Está sempre presente, emitindo muita energia a todo momento, em todo lugar. É uma fonte de energia renovável, ou seja, nunca vai se esgotar, e pode substituir outras fontes não renováveis, como a queima de combustíveis fósseis, que é finita e está causando muitos problemas no mundo. Neste texto, pretende-se apresentar pesquisas que defendem o uso da energia solar, que pode se tornar a fonte de energia mais usada na Terra.   

Energia elétrica 

Quando se fala em energia elétrica, fala-se em corrente elétrica: A “energia” que chega na sua casa vem por fios, que possibilitam a corrente elétrica, que, como o nome diz, seria uma corrente de elétrons, passando de átomo em átomo em uma direção. Essa corrente faz os objetos que necessitam de energia em sua casa funcionarem. Por exemplo: Uma lâmpada acende quando a corrente de elétrons passa por uma fina estrutura de metal, e assim ela aquece, e emite luz, iluminando o ambiente. 

Com isso explicado, agora será mais fácil entender melhor os modos de “gerar” energia com o Sol. 

Placas solares 

As placas solares são o jeito mais diferente de conseguir energia: Elas são formadas por “células” fotovoltaicas, que transformam a radiação e luz solar em energia elétrica. São compostas por um material semicondutor, como o silício. Quando os fótons (partícula da luz) incidem nas placas solares, eles “colidem” com os elétrons dos átomos, que se movem por eles criando uma corrente elétrica, e assim, gerando energia elétrica.  

Energia Heliotérmica 

Energia heliotérmica é gerada usando a luz solar para aquecer. Para que isso ocorra, em um ponto central, há uma área que contém um líquido (geralmente água), que, aquecido pela luz do Sol, evapora, girando uma turbina, que gera energia. 

Vantagens e Desvantagens 

A energia solar é uma fonte de energia limpa, renovável e abundante em quase todo planeta. Ela não produz poluição ou resíduos, sem oferecer riscos ao meio ambiente, e não faz barulhoPorém, ela também tem desvantagens. Elas são a intermitência da geração e o alto custo da tecnologia: A intermitência da geração é a variabilidade da geração de energia. Em um dia chuvoso não terá tanta luz solar, e assim, os dois (placas solares e estações helioelétricas) não serão tão eficientes quanto em um dia de Sol. O alto custo da tecnologia se refere ao custa da produção, pois necessita de materiais caros. No futuro essa questão pode mudar, mas atualmente, é uma desvantagem. 

Como visto, a partir das pesquisas realizadas, energia solar, apesar do problema intermitência da geração, ainda é melhor que muitas outras fontes de energia, e deve ser mais utilizada. 

 

Referências bibliográficas 

Sousa, Rafaela. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/energia-solar.htm 

Blog “Energês”: https://energes.com.br/fale-energes/entenda-intermitencia-e-complementariedade-energetica/ 

Equipe do site Blue Sol: https://blog.bluesol.com.br/vantagens-e-desvantagens-da-energia-solar/ 

Isopor: vale a pena o risco?

Marcella Da Mota e Laura Stifelman   

No dia a dia, não ficamos atentos e esquecemos de muitas atitudes e práticas que deveriam estar incorporadas em nossas vidas, por exemplo, o isopor material muito utilizado como embalagem, interfere na vida das pessoas e no planeta. Milhares de vezes pedaços de isopor ou de outras embalagens são vistos nas estradas, nas ruas e até mesmo no mar. Isso por conta da falta de informação que muitas pessoas têm sobre o descarte correto das embalagens e do risco que pode causar tanto para saúde das pessoas como da contaminação do meio ambiente.   

O poliestireno expandido (outro nome para o isopor) é da família dos plásticos recicláveis e é produzido a partir de polímeros derivados do petróleo e a decomposição leva um tempo muito grande. Hoje já é possível a reciclagem, veja a seguir. 

Produção e descarte do isopor  

De acordo com as Políticas Nacionais de Resíduos Sólidos, o descarte do isopor pode ser feito em qualquer lixeira de cor vermelha além disso existe a possibilidade de entregá-lo na coleta seletiva. 

Inúmeros municípios do país não oferecem a coleta seletiva, deixando a responsabilidade de fazer o descarte correto para os indivíduos Porém existe também a opção de buscar unidades de algumas empresas que também trabalham com a coleta, como a Kanauf Industries e a ProEcologic que utilizam esse material em diversas cidades do país. 

Fonte: Diário de Rio Claro

No processo da reciclagem, o isopor passa por uma máquina de compactação que tira todos os gases contidos no isopor, transformando-o em tarugo (massas em formatos cilíndricos). Esse material é triturado até virar pequenas bolinhas, depois é separado e limpo. Depois de tudo isso passa por um processo de cristalização em que todo o ar é eliminado do material.  

Uma coisa muito interessante é que cerca de 98% de sua composição é ar e apenas 2% do isopor é formado por plástico. Isso faz com que sua matéria prima seja mínima, o que a reciclagem de 100% do material. Por isso que o poliestireno expandido é tão leve.  

O processo de reciclagem do isopor não consome muita água, pois o seu processo de fabricação envolve basicamente oxigênio, EPS (material que tem relação com os plásticos e a base do petróleo) e vapor. Ou seja, nesse processo o consumo de água é muito baixo ou quase não existe. 

Esse descarte não contribui com a formação do gás metano, responsável pelo efeito estufa, o que é uma boa notícia. 

Problemas da embalagem de isopor  

De acordo com a especialista Tuilara Vanzo Ambrosi,  muitas empresas passaram a se preocupar mais com o descarte correto de embalagens no geral, existem muitas preocupações em relação ao marketing e volume de lixo além de todas as questões dos custos. Ela diz também que a conscientização sobre a conservação é algo extremamente necessárionão  uma questão de moda, com essa educação ambiental muitas coisas relativas ao consumo para crescimento sustentável vão mudar. 

O site de pesquisa “Ecycle” aponta que um dos grandes problemas do isopor é que o seu tempo de decomposição é considerado indeterminado, alguns fabricantes até falam que o material não é biodegradável, ou seja, ele pode durar para sempre. Se  for descartado de forma incorreta no meio ambiente, os plásticos do isopor tendem a se quebrar, dando origem ao micro plástico que possui a capacidade de absorver alguns compostos químicos que são tóxicos, como os agrotóxicos. 

Outro grande problema é que alguns pedaços de isopor acabam sendo direcionados para rios e mares, sendo confundidos com organismos marinhos como os plásticos e acabam sendo ingeridos por mamíferos aquáticos e peixes, afetando muito o seu sistema digestivo. O que significa que acaba intoxicando a fauna marinha, levando a inúmeras mortes.  

Fonte: Terra Notícias

Para que as coisas mudem, a logística precisa minimizar o impacto ambiental que as embalagens produzem, ou seja, não  dos resíduos oriundos das etapas de produção e do pós-consumo, mas também dos impactos ao longo do ciclo de vida doprodutos. Todos nós precisamos conhecer mais sobre assunto para saber como podemos ajudar a nós mesmos e ao meio ambiente. 

Apenas com maneiras mais sustentáveis de descartar o isopor será possível cuidar do planeta. Ou então o que será das próximas gerações? Já passou da hora de todos os humanos se conscientizarem de que estão matando o próprio lar, de forma que não vai ter como voltar atrás.  

 

Referências utilizadas