Marcella Da Mota e Laura Stifelman   

No dia a dia, não ficamos atentos e esquecemos de muitas atitudes e práticas que deveriam estar incorporadas em nossas vidas, por exemplo, o isopor material muito utilizado como embalagem, interfere na vida das pessoas e no planeta. Milhares de vezes pedaços de isopor ou de outras embalagens são vistos nas estradas, nas ruas e até mesmo no mar. Isso por conta da falta de informação que muitas pessoas têm sobre o descarte correto das embalagens e do risco que pode causar tanto para saúde das pessoas como da contaminação do meio ambiente.   

O poliestireno expandido (outro nome para o isopor) é da família dos plásticos recicláveis e é produzido a partir de polímeros derivados do petróleo e a decomposição leva um tempo muito grande. Hoje já é possível a reciclagem, veja a seguir. 

Produção e descarte do isopor  

De acordo com as Políticas Nacionais de Resíduos Sólidos, o descarte do isopor pode ser feito em qualquer lixeira de cor vermelha além disso existe a possibilidade de entregá-lo na coleta seletiva. 

Inúmeros municípios do país não oferecem a coleta seletiva, deixando a responsabilidade de fazer o descarte correto para os indivíduos Porém existe também a opção de buscar unidades de algumas empresas que também trabalham com a coleta, como a Kanauf Industries e a ProEcologic que utilizam esse material em diversas cidades do país. 

Fonte: Diário de Rio Claro

No processo da reciclagem, o isopor passa por uma máquina de compactação que tira todos os gases contidos no isopor, transformando-o em tarugo (massas em formatos cilíndricos). Esse material é triturado até virar pequenas bolinhas, depois é separado e limpo. Depois de tudo isso passa por um processo de cristalização em que todo o ar é eliminado do material.  

Uma coisa muito interessante é que cerca de 98% de sua composição é ar e apenas 2% do isopor é formado por plástico. Isso faz com que sua matéria prima seja mínima, o que a reciclagem de 100% do material. Por isso que o poliestireno expandido é tão leve.  

O processo de reciclagem do isopor não consome muita água, pois o seu processo de fabricação envolve basicamente oxigênio, EPS (material que tem relação com os plásticos e a base do petróleo) e vapor. Ou seja, nesse processo o consumo de água é muito baixo ou quase não existe. 

Esse descarte não contribui com a formação do gás metano, responsável pelo efeito estufa, o que é uma boa notícia. 

Problemas da embalagem de isopor  

De acordo com a especialista Tuilara Vanzo Ambrosi,  muitas empresas passaram a se preocupar mais com o descarte correto de embalagens no geral, existem muitas preocupações em relação ao marketing e volume de lixo além de todas as questões dos custos. Ela diz também que a conscientização sobre a conservação é algo extremamente necessárionão  uma questão de moda, com essa educação ambiental muitas coisas relativas ao consumo para crescimento sustentável vão mudar. 

O site de pesquisa “Ecycle” aponta que um dos grandes problemas do isopor é que o seu tempo de decomposição é considerado indeterminado, alguns fabricantes até falam que o material não é biodegradável, ou seja, ele pode durar para sempre. Se  for descartado de forma incorreta no meio ambiente, os plásticos do isopor tendem a se quebrar, dando origem ao micro plástico que possui a capacidade de absorver alguns compostos químicos que são tóxicos, como os agrotóxicos. 

Outro grande problema é que alguns pedaços de isopor acabam sendo direcionados para rios e mares, sendo confundidos com organismos marinhos como os plásticos e acabam sendo ingeridos por mamíferos aquáticos e peixes, afetando muito o seu sistema digestivo. O que significa que acaba intoxicando a fauna marinha, levando a inúmeras mortes.  

Fonte: Terra Notícias

Para que as coisas mudem, a logística precisa minimizar o impacto ambiental que as embalagens produzem, ou seja, não  dos resíduos oriundos das etapas de produção e do pós-consumo, mas também dos impactos ao longo do ciclo de vida doprodutos. Todos nós precisamos conhecer mais sobre assunto para saber como podemos ajudar a nós mesmos e ao meio ambiente. 

Apenas com maneiras mais sustentáveis de descartar o isopor será possível cuidar do planeta. Ou então o que será das próximas gerações? Já passou da hora de todos os humanos se conscientizarem de que estão matando o próprio lar, de forma que não vai ter como voltar atrás.  

 

Referências utilizadas