Teresa Shitara Schützer e Rodrigo Nemi Porta 

A carne bovina é a mais consumida no mundo, e, no Brasil, não é diferente. Ela está presente na mesa e no gosto dos brasileiros, aquecendo a economia e, principalmente, o agronegócio do país. No entanto este texto tem o objetivo de apresentar os impactos causados pela produção de carne, não só no meio ambiente, como na saúde também. 

De acordo com Angélica Simone Cravo Pereira, na indústria de alimentos, o processo deve ser definido como qualquer alteração nas propriedades propositalmente induzida por meios físicos, químicos ou biológicos. Pesquisamos e chegamos à conclusão de que o processo é responsável pela emissão de gases, causando mais problemas, citaremos ao longo do texto. Em relação a carne, variam os tratamentos, com efeito na natureza do produto cárneo, como nos cortes, na embalagem, etc 

O site Embrapa citou que 80% da carne bovina consumida pelos brasileiros é produzida no nosso próprio país – o parque industrial para processamento tem capacidade de abate para quase 200 mil bovinos por dia. A exportação de carne bovina já representa 3% das exportações brasileiras e um faturamento de 6 bilhões de reais, o que é uma quantia muito grande. 

Fonte: Farmnews.com.br

De acordo com Sérgio Rivero, Doutor em Ciências Sócio Ambientais do Centro de Pesquisas Econômicas da Amazônia (CEPEC-UFPA)Na Amazônia Brasileira a principal atividade responsável pelo desmatamento é a pecuária. Este trabalho analisa a evolução das causas imediatas do desmatamento da Amazônia, utilizando-se de regressões lineares com dados em painel. O modelo avalia a contribuição dos principais usos do solo na região ao desmatamento, de 2000 a 2006. Dados do PRODES de desmatamento, o número de cabeças bovinas de 782 municípios da Amazônia e área plantada de culturas perenes e temporárias foram utilizados para essa análise. O resultado mostrou que o desmatamento é fortemente correlacionado com a pecuária. 

Ao longo da última década, diversos estudos relacionaram o consumo de carne vermelha em excesso ao aumento dos riscos de doenças do coração, como infarto e insuficiência cardíaca, pressão alta, e de câncer, principalmente de intestino, por conter quantidades excessivas de gordura. Antes e após o cozimento, a gordura permanece entre as fibras musculares, o que se torna prejudicial à saúde. Uma curiosidade importante é que 70% das doenças modernas são de origem animal, afirma ONU.  

De acordo com GreenPeace, outra consequência que a produção de carne traz é a emissão de gases poluentes, um dos fatores que ajuda com que o aquecimento global aconteça mais rapidamentePor isso, seriam necessários limites dessa produção para a preservação de nossas florestas, o incentivo à agricultura familiar e a manutenção do clima. 

Esse mesmo site também nos informa que há uma solução para resolvermos este problema da emissão de gases. Eles fizeram e publicaram um relatório recomendando a redução de 50% no consumo de carne e derivados até 2050. A mudança começa no consumo individual, porém, o papel mais importante cabe aos grandes produtores, em assumirem o compromisso com uma produção menos impactante ao meio ambiente e uma relação mais honesta e transparente com seus consumidores. 

Afinal, a carne é prejudicial em muitos quesitos, doenças, crueldade com os animais, desastres ecológicos, desmatamento e pastagem entre outros e ao mesmo tempo é indispensável para muitos sereshumanos. O consumo de carne excessivo pode provocar todos esses transtornos, cabe a população rever o que é melhor não só para si mesmo, mas para todos. 

Referências utilizadas