Por Tom, Matias, Felipe Lago e Rafael   

  Após a pesquisa em variadas fontes e artigos, este texto apresentará diversas informações importantes e muito significativas do funcionamento da indústria de informática no Brasil: desde etapas para a fabricação de um computador, relação de trabalho entre os funcionários e a empresa, a indústria 4.0 e até todos os impactos desse tipo de fábrica no meio ambiente, sobrecarga de pilhas e baterias, materiais para a produção das máquinas e outras implicações. 

  A indústria de informática é o termo usado para designar as empresas relacionadas com o desenvolvimento de software de computadores, projetar hardware e infra estruturar redes de computadores, fabricação de componentes de computador e prestação de serviços de tecnologia da informação. 

Trabalhadores de uma linha da fábrica de informática da Positivo. – Fonte: TecMundo

 

Para confeccionar computadores, é preciso passar por muitos processos e fases, desde a produção do software, testes da funcionalidade do produto em fábricas e laboratórios, linha de montagem, que exige uma grande quantidade de funcionários, e até o estoque. 

 

TRATAMENTO DAS EMPRESAS COM SEUS FUNCIONÁRIOS 

  De acordo com a revista de sociologia Contemporânea, da UFSCar (faculdade federal de São Carlos), que investigou uma empresa do Paraná, o setor de informática é “composto por um pool1 de trabalhadores que recebem baixas remunerações, se consideradas as qualificações e habilidades exigidas, desenvolvem trabalho intenso e submetem-se, muitos deles, a relações contratuais inseguras”. Além disso, os funcionários falam que existe desregulamento e flexibilizações da lei trabalhista. Mesmo que isso só tenha sido investigado em uma empresa do Brasil, no Paraná, esse tipo de infração acontece em todo o país. 

1Pool = grupo 

UFSCar- Universidade Federal de São Carlos

INDÚSTRIA 4.0 

  A indústria 4.0 é aquela que busca substituir a mão de obra humana por máquinas, com exceção dos trabalhos que exigem uma alta capacidade intelectual. Ou seja, além dos funcionários serem tratados do modo descrito anteriormente, eles também correm o risco de perder seus empregos em um futuro próximo. Mesmo que seja muito lucrativo para a empresa, substituir a mão de obra humana significa diminuir consideravelmente a quantidade de vagas de empregos no Brasil, que já é um país que sofre muito com esse problema: para ter noção, estudos da UnB apontam que mais de 54% dos empregos formais do Brasil podem ser substituídos por máquinas até 2026. Esse dado representa mais de 30 milhões de pessoas. 

 

EVOLUÇÃO OU INVOLUÇÃO 

  Nas últimas décadas, as pessoas começaram a entender a importância de preservar o meio ambiente para a manutenção da Terra. E foi bem nesse momento que surgiu a nova revolução industrial, a famosa indústria 4.0. Assim, foram criadas preocupações e necessidades de fazer essa evolução de forma sustentável, sem prejudicar tanto o meio ambiente. 

  Apesar disso, essa “evolução” não é tão sustentável quanto parece, trazendo novos problemas, que necessitam ser debatidos, abordando ações pontuais para lidar com a situação. Um desses problemas é que há uma quantidade de dispositivos que possuem displays, baterias e processadores que são compostos por metais raros, como gálio e cobalto, cada vez maior. Outro fator que chama a atenção para esse assunto é a impossibilidade de reciclar os componentes, graças à diminuição dos dispositivos, coisa que os torna descartáveis. 

     Principais metais presentes nos equipamentos eletrônicos 

Fonte: Adaptado de Ambiental Sustentável (2012) e Greenpeace (2007).

 Mesmo esses metais sendo usados em pequenas quantidades, o grande número de smartphones, tablets, computadores e outros aparelhosevidencia uma situação preocupante. Segundo dados divulgados pela Cisco, “o Brasil terá mais de 720 milhões de dispositivos conectados em 2022, o que representaria, hoje, cerca de três aparelhos por pessoa.” Multiplicando esse número em escala global, a quantidade é muito relevante e tem seus efeitos no meio ambiente. 

Acompanhe o gráfico a seguir: 

Total de lixo eletrônico gerado por cada país em 2012 

Fonte: Iniciativa StEP.

 

Pode-se concluir que as indústrias 4.0 têm alguns lados bons, mas também grandes lados ruins para o meio ambiente e para o mercado de trabalho. Como foi dito anteriormente, é possível que até 2026 mais de 30 milhões pessoas percam seus trabalhos por máquinas. Além disso, a indústria 4.0 aumenta o número de lixo eletrônico no mundo, algo muito preocupante para a Terra e para o meio ambiente. Ou seja, para que essa evolução industrial aconteça, é necessário arranjar outros tipos de empregos para as pessoas que estivessem perdendo e colocar, como preferência, minimizar os impactos ambientais.  

 

 

FONTES DE PESQUISA 

  •   Gestão de resíduos eletroeletrônicos e seus impactos na poluição ambiental: produzido por Anna Flávia de Oliveira Lima, Rodolfo José Sabiá, Raimundo Nonato Pereira Teixeira, Francisco de Assis Vilar Sobreira Júnior  

                 Acesso em: https://www.lajbm.com.br/index.php/journal/article/view/256 

 

  •   A relação entre indústria 4.0 e sustentabilidade (o/a autor/a decidiu não creditar a pesquisa. Nela, consta: “Escrito por Redação”.) 

               Acesso em:  https://rmai.com.br/a-relacao-entre-industria-4-0-e-sustentabilidade/#:~:text=Especialistas%20apontam%20a%20extra%C3%A7%C3%A3o%20de,restringem%20ao%20port%C3%A3o%20da%20f%C3%A1bri 

  • Artigo feita pela revista Contemporânea da UFSCar: Trabalho e trabalhadores na indústria de informática  

             Produzido por: Maria Aparecida Bridi e Benilde Lenzi Motim 

  • Como funciona uma fábrica de computadores?                                                                     Pesquisa realizada pela TecMundo– produzido por: Vinicios Karasinki 

            Acesso em:  https://www.tecmundo.com.br/hardware/41391-como-funciona-uma-fabrica-de-computadores-e-tablets-.htm 

  • O futuro do trabalho com a indústria 4.0                                                                               Feito pelo diário do comércio- produzido por Marcello Medina 

            Acessado em: https://diariodocomercio.com.br/exclusivo/o-futuro-do-trabalho-com-a-industria-4-0/