Sheila Perina | “Ir à África me ajudou a desconstruir visão encantada sobre o continente”

Por Rodrigo Ratier, com edição de som de Renan Lima

Vamos falar de África e africanidades. Vamos combinar que a gente ainda conhece muito mal esse continente fundamental para a constituição do nosso Brasil. Para começo de conversa, não dá para falar em “uma” África. Por onde quer que se olhe, da geografia à história, da cultura à linguagem, a multiplicidade e a diversidade são as marcas do lugar que é o berço da humanidade — é no entanto ainda é visto de forma tão simplificada, pelas lentes do preconceito. O racismo, é claro, tem tudo a ver com essa visão rasa e estereotipada.

Para propor um outro olhar a gente não precisou ir longe. Olhamos aqui mesmo para o Vera e encontramos uma professora. Ela, sim, foi muito longe. Sheila Perina é pedagoga e escritora, formada pela Universidade de São Paulo com graduação sanduíche na Universidade Lueji A’konde (Angola) e intercâmbio na Universidade Pedagógica de Moçambique. Em sua pós-graduação, tanto no mestrado quanto no doutorado, Sheila tem se dedicado a investigar as questões da linguagem e ensino no Brasil, Angola e Moçambique. Quando o podcast foi gravado, em agosto de 2023, Sheila tinha acabado de voltar de Moçambique, para mais um período de pesquisa. Agora, já está a todo vapor nas salas de aula do Vera.

No podcast, Sheila conta:

  • Quais estereótipos ou preconceitos caíram por terra com suas vivências em Angola e Moçambique?
  • Existe racismo em sociedades predominantemente negras como Angola e Moçambique?
  • Brasil, Angola e Moçambique são países lusófonos. Como é o ensino da língua portuguesa nesses países? 
  • A herança linguística africana no nosso português brasileiro ainda é invisibilizada?
  • Quanto ao projeto de educação antirracista do Vera: no que a escola avançou? Onde ainda é preciso ir mais longe?

Respostas de 3

  1. Estou na sua aula do agentes do Brincar , estou encantada com seu conhecimento e habilidades ! Parabéns 👏👏👏

  2. Pude acompanha através do Instagram as postagens da Sheila, na África, muito boa entrevista,
    A revista esta de parabéns.

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Luiz Lira

Luiz Lira morou em Pernambuco e lá iniciou o desenho. Ao vir para São Paulo, começou a fazer gravuras ainda criança, quando entrou no Instituto Acaia. Seus estudos tiveram relação com a capoeira, o desenho e a cerâmica; essas três vertentes estruturam o seu fazer artístico hoje. Posteriormente, ingressou no Instituto Criar e fez formação em Cinema. A partir daí, dedicou-se aos estudos para vestibulares em universidades, assim participou do Acaia Sagarana. Lira ingressou na Unicamp e atualmente cursa Artes Visuais.  A experiência universitária faz com que se aproxime de outros grupos de gravuras, como Ateliê Piratininga e Xilomóvel. Também tem contato com Ernesto Bonato, que é um grande artista e pessoa. Trabalha em ateliês compartilhados em Campinas (SP) e suas produções são semeadas em diversos espaços.