Veras, em latim, quer dizer “verdadeiras” – um qualificativo indicado para caracterizar palavras ou ações desta natureza, como o Aurélio consigna. E o fato de a palavra que nos dá título estar no plural aponta para uma característica inseparável do conhecimento, especialmente na área da Educação, onde pretendemos atuar como revista acadêmica a partir desta primeira edição: não há uma única verdade. Só os autoritários e os tolos acreditam na verdade única.

As temáticas em foco, nesta segunda edição de Veras, são um convite para ampliarmos os nossos modos de pensar o encontro com o Outro na educação; a relação do sujeito com o saber; o conceito de subjetividade; os usos dos espaços e das imagens na sala de aula; a compreensão das crianças sobre as virtudes; os percursos da Sociologia e da Antropologia nos estudos sobre crianças; e, por fi m, o papel do educador quanto à integridade física das crianças pequenas.

Apresentar aos leitores interessados em educação reflexões sobre o fazer pedagógico sempre foi o objetivo fundamental da revista Veras, desde seu primeiro volume, lançado em maio de 2011. E desde aquela edição, gostamos de acolher uma saudável diversidade de pressupostos e pontos de vista, o que se repete na presente edição.

O início da profissão de professor costuma ser recordado pelos profissionais mais experientes como um período estimulante, mas desafiador. Nesta edição de Veras, três artigos se debruçam sobre o Pibid (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), uma ação da Capes voltada aos estudantes dos últimos anos da Licenciatura, que atuam em sala de aula sob a supervisão de professores de redes públicas e a coordenação de docentes universitários.

A escola geralmente é o primeiro espaço de convívio social intenso de uma criança. Saída de seu núcleo familiar, no qual já transita com relativa autonomia e segurança, é na escola que surgirão as primeiras diferenças, sejam elas de classe social, de valores, de personalidade ou de desempenho intelectual e físico.

Desde a redemocratização do país e, principalmente, após a Constituição de 1988, a sociedade civil descobriu que poderia ser, ela própria, um terceiro ator no cenário econômico em que se movem organismos públicos e privados.