Edição 7

Ir

Mova-se! Clima e deslocamentos

Exposição

Museu da Imigração. Rua Visconde de Parnaíba, 1316, Mooca, São Paulo (SP)

Até 27 de julho de 2025. Entrada gratuita aos sábados.

A exposição explora a relação entre mudanças climáticas e migração, destacando histórias de deslocamento forçado por desastres ambientais. Dividida em três módulos – Saber, Agir e Sentir –, traz fotografias, vídeos e realidade virtual para refletir sobre o impacto humano no planeta. Com curadoria do Museu da Imigração em parceria com a ONU, é um convite à consciência ambiental e social.

Clique aqui para saber mais.

A botija: um pequeno inventário de histórias fantásticas do Nordeste brasileiro

Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, São Paulo (SP)

De 9 de fevereiro a 27 de julho de 2025. Entrada gratuita.

Inspirada na oralidade nordestina, a peça da Cia. Fabulinhando transporta o público para um quintal mágico, onde três netos buscam uma lendária botija de ouro. A narrativa entrelaça folclore e fantasia, trazendo personagens encantados como a caipora e a mulher do sonho. Com direção e atuação de Jhoao Junnior e Maria Rosa, o espetáculo é uma imersão na riqueza cultural do sertão potiguar.

Clique aqui para saber mais.

Ler

Vou mudar a cozinha

Ondjaki

80 p., Ed. Pallas

Neste conjunto de seis contos, Ondjaki transita entre Brasil, Sérvia, Macau e Luanda para explorar lembranças, solidão e o inesperado. As narrativas, de tom intrigante, revelam a fragilidade humana e as incertezas da vida. No conto que dá título ao livro, memórias de uma mulher africana percorrem temas como família, casamento e a guerra civil angolana.

Revolução das plantas: um novo modelo para o futuro

Stefano Mancuso

192 p., Ed. Ubu

Para Stefano Mancuso, as plantas oferecem respostas para desafios ecológicos e sociais contemporâneos. Com autonomia energética e organização descentralizada, elas demonstram resistência e adaptação a mudanças drásticas. O autor, pioneiro na neurobiologia vegetal, revela como as plantas aprendem, memorizam e se comunicam, sugerindo um novo modelo para pensar a tecnologia, a ecologia e a política.

Ver ou ouvir

Edição 6

Ir

Caminhadas do Guia Negro

Tour Guiado

Do bairro da Liberdade ao Bixiga, ou uma volta pelo Jaraguá, a plataforma afroturista Guia Negro promove passeios por pontos da cidade de São Paulo que são símbolo da memória e resistências das populações afro-brasileiras. A caminhada pelo centro da capital paulistana fez parte do roteiro do Grupo Makota Valdina, formado pelos funcionários administrativos do Vera (leia mais aqui), mas outros passeios estão disponíveis em diversas partes da cidade. A plataforma também oferece passeios em outros locais da cidade, incluindo uma viagem a Maceió e ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

Um defeito de cor

Exposição

SESC Pinheiros – Rua Pais Leme, 195

Até 1/12. Entrada gratuita.

O painel de Emerson Rocha, em frente ao SESC Pinheiros, é um dos pontos de destaque da exposição.

Foto: Wellington Soares

Na exposição “Um defeito de cor”, no SESC Pinheiros, o livro de Ana Maria Gonçalves ganha novas dimensões ao interagir com as obras selecionadas. Se você já leu o livro, a exposição inspirada no romance de Ana Maria Gonçalves expande o seu olhar sobre os elementos culturais, religiosos, geográficos e históricos afro-brasileiros presentes na obra e no cotidiano brasileiro. Se você ainda não leu, não se preocupe. O cuidadoso trabalho de curadoria de quadros, instalações, fotografias, esculturas, vídeos e até peças de vestuário não estraga a experiência da leitura, mas apresenta alguns momentos históricos registrados no livro, como o tráfico negreiro, a Revolta dos Malês e a influência da arquitetura brasileira na cidade de Lagos, na Nigéria; enquanto resgata as histórias das principais personagens femininas da trama. Difícil sair da exposição sem querer ler – ou reler – a obra, que já é considerada um clássico da literatura brasileira.

Ler

Macacos

Clayton Nascimento

O livro apresenta o texto de um monólogo que foi ovacionado por artistas e intelectuais no Rio de Janeiro. Nele, o autor e ator Clayton Nascimento apresenta, com base em episódios de racismo em que a palavra “macaco” foi utilizada, uma denúncia dura contra o racismo. Para conhecer melhor Nascimento, vale conferir a entrevista dada por ele a Pedro Bial.

Mata Doce

Luciany Aparecida

304 p., Ed. Alfaguara

R$ 74,90

O romance será tema do encontro do Grupo de Leitura Antirracista, promovido pela frente antirracista da Organização de Famílias da Escola Vera Cruz. Na obra, a protagonista Maria Ferreira narra os dramas dos moradores do vilarejo de Mata Doce, na Bahia. A história revela aspectos sobre ancestralidade e história presentes na comunidade. O encontro para a discussão da obra acontecerá será no dia 24 de outubro, das 19h00 às 21h00, no Unidade Praça Emília (Praça Professora Emília Barbosa Lima, 51).

Ver

Edição 5

Ir

Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou

Exposição

IMS Paulista – Avenida Paulista, 2424

Até 21 de abril. Entrada gratuita.

A exposição Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou conta como, entre as décadas de 1910 e 1940, o ritmo criado por negras e negros do Rio de Janeiro se tornou uma das mais potentes manifestações culturais brasileiras. O ritmo é ponto de partida para discutir a história da Pequena África, região da capital fluminense na divisa entre o centro, os subúrbios e o Cais do Valongo, maior porto de chegada de escravizados no mundo. A exposição conta com a contribuição da professora Angélica Ferrarez de Almeida, do Ensino Fundamental 2, e foi visitada pelos educadores do Vera, como parte do projeto de formação antirracista.

Ler

Da minha janela

Otávio Júnior

Ganhador do Prêmio Jabuti 2020 – Categoria Infantil

48 págs. Ed. Cia das Letrinhas

R$47,90

Ver

Edição 4

Ir

Edição 3

Ler

Edição 2

Ir

Yorùbáiano

Exposição

Pinacoteca de São Paulo

A Pinacoteca de São Paulo apresenta a exposição individual de Ayrson Heráclito, artista baiano que aborda as mitologias africanas que permanecem enraizadas no Brasil após o período de escravidão, sobretudo a partir do século XIX. Com 63 obras, entre instalações, fotografias, vídeos e performances, a mostra ficará aberta para visitações até 22 de agosto.

Joseca Yanomami: Nossa Terra-Floresta

Exposição

MASP

Integrante da comunidade Watoriki, na região do Demini, Amazonas, Joseca Yanomami é um artista visual reconhecido pela representação do cotidiano e cosmologia de seu povo. Na mostra do MASP, o desenhista reunirá, entre julho e outubro, uma vasta coleção de 93 obras, sendo a maior parte delas em papel. Além disso, um catálogo será publicado com a reprodução de todos os desenhos e ensaios de especialistas especialmente comissionados para a ocasião.

Memórias do Futuro: Cidadania Negra, Antirracismo e Resistência

Exposição

Memorial da Resistência de São Paulo

Com curadoria do sociólogo e escritor Mário Medeiros, a exposição apresenta ao público paulista um panorama histórico das lutas por direitos promovidas pela população negra do estado. Nesse contexto, o museu irá abrigar, até maio de 2023, uma extensa pesquisa de fotografias, jornais, documentos, manifestos e cartazes que expõe as forças de repressão e violência que permeiam a história do país. Alguns dos artistas que integram a exibição são Jesus Carlos, Mariana Ser, Monica Cardim e Tiago Alexandre.

Ler

Ideias para adiar o fim do mundo

Ailton Krenak

Companhia das Letras, R$ 24,90 no site da editora

Escritor, ativista socioambiental e líder indígena, Ailton Krenak critica a noção de humanidade como algo separado da natureza. Em sua obra Ideias para adiar o fim do mundo, o autor explica que a resistência indígena deve ser pautada não pela premissa de que somos todos iguais, mas pelo reconhecimento da diversidade e a recusa do humano como um ser superior aos demais.

Sinopse oficial: O autor, líder indígena, critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza. Essa premissa estaria na origem do desastre socioambiental de nossa era, o chamado Antropoceno. Daí que a resistência indígena se dê pela não aceitação da ideia de que somos todos iguais. Somente o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem ressignificar nossas existências e refrear nossa marcha insensata em direção ao abismo. “Ideias para adiar o fim do mundo” é uma adaptação de duas conferências e uma entrevista realizadas em Portugal, entre 2017 e 2019.

Insubmissas lágrimas de mulheres

Conceição Evaristo

Editora Malê, R$ 39,90 no site da editora

Composta por 13 contos protagonizados por mulheres negras, Insubmissas lágrimas de mulheres retrata as dores e reflexões, bem como os afetos e anseios das personagens, sem deixar de lado as formas de resistência que marcaram suas trajetórias. Conceição Evaristo é mineira, nascida em Belo Horizonte, reconhecida como Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti 2019 por suas contribuições na literatura contemporânea entre poemas, contos e romances.

Sinopse oficial: Esta antologia é composta de 13 contos, cujas histórias têm como protagonistas mulheres negras. De dentro da cena, vozes-mulheres explicitam suas dores, anseios, temores, mas antes de tudo revelam a imensa capacidade de se retirarem do lugar do sofrimento e inventarem modos de resistência. Uma íntima fusão entre as personagens – a voz ficcional de quem apresenta essas personagens e a autora – marca o processo criativo dos textos e afirma o projeto literário de Conceição Evaristo, o de traçar uma escrevivência.

A queda do céu: palavras de um xamã yanomami

Bruce Albert e Davi Kopenawa Yanomami

Companhia das Letras, R$ 92,90 no site da editora

A queda do céu é um manifesto xamânico e libelo contra a destruição da Floresta Amazônica. Publicada originalmente em francês, a obra é construída a partir de três pilares: a vocação de xamã desde a infância, o avanço do homem branco (e suas epidemias, violência e destruição) pela floresta e a jornada do líder indígena para denunciar a destruição de seu povo. O livro é resultado dos mais de 30 anos de convivência entre o etnólogo francês Bruce Albert e Davi Kopenawa Yanomami, xamã e porta-voz do povo Yanomami, situado na Floresta Amazônica.

Sinopse oficial: Um grande xamã e porta-voz dos Yanomami oferece neste livro um relato excepcional, ao mesmo tempo testemunho autobiográfico, manifesto xamânico e libelo contra a destruição da Floresta Amazônica. Publicada originalmente em francês em 2010, esta história traz as meditações do xamã a respeito do contato predador com o homem branco, ameaça constante para seu povo desde os anos 1960. “A queda do céu” foi escrito a partir de suas palavras contadas a um etnólogo com quem nutre uma longa amizade – foram mais de trinta anos de convivência entre Bruce Albert, o etnólogo-escritor, e o povo de Davi Kopenawa, o xamã-narrador. A vocação de xamã desde a primeira infância, fruto de um saber cosmológico adquirido graças ao uso de potentes alucinógenos, é o primeiro dos três pilares que estruturam este livro. O segundo é o relato do avanço dos brancos pela floresta e seu cortejo de epidemias, violência e destruição. Por fim, os autores trazem a odisseia do líder indígena para denunciar a destruição de seu povo.

Ver

Edição 1

Ir

Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão

Exposição

Museu Afro Brasil

Av. Pedro Álvares Cabral, Parque Ibirapuera, Portão 10
Tour virtual disponível no Google Arts & Culture

A mostra permanente questiona a visão de que a presença africana na formação do Brasil se restringe às artes e à cultura. A exposição apresenta a contribuição tecnológica dos povos africanos em campos como astronomia, mineração e agricultura – e a exploração dessas inovações pelos colonizadores portugueses.

Ler

Pequeno Manual Antirracista

Não ficção

Djamila Ribeiro

Companhia das Letras, R$ 32,90 no site da editora

Como sugere o título, o livro da filósofa Djamila Ribeiro, o “Pequeno Manual Antirracista” traz uma série de subtemas que permeiam o racismo no Brasil. São dez capítulos que exploram pautas como racismo estrutural, violência cultural, negritude e branquitude. Apesar da temática, a ideia da obra é ser acessível para o público, algo presente no didatismo do texto. Vencedor do prêmio Jabuti em 2020 na categoria Ciências Humanas.

Ver

Luiz Lira

Luiz Lira morou em Pernambuco e lá iniciou o desenho. Ao vir para São Paulo, começou a fazer gravuras ainda criança, quando entrou no Instituto Acaia. Seus estudos tiveram relação com a capoeira, o desenho e a cerâmica; essas três vertentes estruturam o seu fazer artístico hoje. Posteriormente, ingressou no Instituto Criar e fez formação em Cinema. A partir daí, dedicou-se aos estudos para vestibulares em universidades, assim participou do Acaia Sagarana. Lira ingressou na Unicamp e atualmente cursa Artes Visuais.  A experiência universitária faz com que se aproxime de outros grupos de gravuras, como Ateliê Piratininga e Xilomóvel. Também tem contato com Ernesto Bonato, que é um grande artista e pessoa. Trabalha em ateliês compartilhados em Campinas (SP) e suas produções são semeadas em diversos espaços.