Segundo estudo de 2021, 84% dos brasileiros reconhecem a existência do racismo no país, mas, no entanto, apenas 4% destes se consideram vetores desse preconceito. É a partir desse cenário – de um racismo que é discutido à distância por boa parte da população branca – que a escritora norte-americana Robin DiAngelo nos convoca a um engajamento ativo na luta antirracista, engajamento este que começa no reconhecimento do racismo estrutural que condiciona muitas das nossas práticas do dia a dia. Nesse sentido, Não basta não ser racista – sejamos antirracistas é um chamado à conversa pública sobre aquilo que, para ser superado, deve, antes de tudo, ser trazido à tona – sem negação e com honestidade.
Sinopse oficial: É hora de todos os brancos abandonarem a ideia de superioridade e, de fato, atuarem no combate ao racismo. Negação, silêncio, raiva, medo, culpa… essas são algumas das reações mais comuns quando se diz a uma pessoa que agiu, geralmente sem intenção, de modo racista. Ser abertamente racista não é algo socialmente aceitável. Ninguém quer ser visto assim. Mas cada vez que se nega o racismo, impedimos que ele seja abordado e que nossos preconceitos sejam discutidos. As reações de negação não servem apenas para silenciar quem sofre o preconceito, também escondem um sentimento que a autora Robin Diangelo passou a chamar de fragilidade branca. Em seus estudos, Diangelo catalogou frases, palavras e sentimentos de voluntários que se veem sem qualquer preconceito e demonstrou que, no fundo, ele estava lá. Sua proposta é que todos comecem a ouvir melhor, estabeleçam conversas mais honestas e reajam a críticas com educação e tentando se colocar no lugar do outro. Não basta apenas sustentar visões liberais ou condenar os racistas nas redes sociais. A mudança começa conosco.