Jerá Guarani e a defesa de se permanecer selvagem

A educadora e liderança indígena Jerá Guarani acredita na importância de estabelecer diálogo com os juruá, como ela chama os não indígenas. Habituada a dar palestras e organizar rodas de conversa, ela está acostumada a ouvir que é “civilizada”, ao que ela responde: “Eu não, eu sou muito é selvagem”.

Ser selvagem, para Jerá, é estar em oposição à sociedade da produtividade e do enriquecimento, é também uma alternativa à exploração da natureza que gerou as intensas mudanças climáticas que vivemos hoje. Ela explica sua visão em entrevista ao episódio 7 do podcast Zum-Zum no Vera e também no artigo “Tornar-se selvagem”, da revista Piseagrama.

 Confira alguns destaques do episódio:

  •  Jerá apresenta aspectos da cosmovisão Guarani e apresenta o trabalho realizado em sua aldeia para recuperar sementes ancestrais.
  • Jerá também explica como a cultura e a ciência produzidas pelos povos indígenas podem ajudar no combate às mudanças climáticas.
  • Apresentamos alguns projetos desta edição da revista Zum-Zum, e você ouve trechos de histórias sonoras e de um podcast produzidos pelos alunos do Vera.

Luiz Lira

Luiz Lira morou em Pernambuco e lá iniciou o desenho. Ao vir para São Paulo, começou a fazer gravuras ainda criança, quando entrou no Instituto Acaia. Seus estudos tiveram relação com a capoeira, o desenho e a cerâmica; essas três vertentes estruturam o seu fazer artístico hoje. Posteriormente, ingressou no Instituto Criar e fez formação em Cinema. A partir daí, dedicou-se aos estudos para vestibulares em universidades, assim participou do Acaia Sagarana. Lira ingressou na Unicamp e atualmente cursa Artes Visuais.  A experiência universitária faz com que se aproxime de outros grupos de gravuras, como Ateliê Piratininga e Xilomóvel. Também tem contato com Ernesto Bonato, que é um grande artista e pessoa. Trabalha em ateliês compartilhados em Campinas (SP) e suas produções são semeadas em diversos espaços.