Abstract
Este artigo analisa o desenvolvimento cognitivo e moral da
personagem Matilda, do filme Matilda (1996), à luz da teoria
piagetiana, destacando os estágios do desenvolvimento
(sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e
operatório formal) e os processos de adaptação (assimilação,
acomodação e equilibração). O objetivo deste artigo é
analisar, sob a ótica da teoria piagetiana, como os ambientes
familiar e escolar da personagem Matilda influenciam seu
desenvolvimento cognitivo e moral. A narrativa do filme
ilustra contrastes marcantes entre ambientes educacionais
opressores (representados pela diretora Trunchbull e pela
família Wormwood) e estímulos promotores de autonomia
(como a professora Honey), evidenciando como a interação
com o meio influencia a construção do conhecimento e
da moralidade. Além disso, discute-se a importância da
afetividade e da cooperação no desenvolvimento infantil,
bem como os equívocos comuns na interpretação dos
estádios piagetianos como fases rígidas e imutáveis. O
estudo demonstra que o filme serve como recurso didático
valioso para compreender os princípios da Psicologia
Genética na prática educativa.