O presente ensaio refletirá sobre o projeto Sarau da Pessoa, que ocorre na Biblioteca Pública Rubem Braga, na cidade de São Paulo, bem como as experiências oportunizadas aos seus frequentadores. Foram utilizadas como corpus três entrevistas realizadas com participantes do sarau citado e a experiência pessoal da autora enquanto frequentadora de saraus na região do Grajaú e Cidade Dutra e como coorganizadora do Sarau da Pessoa. Os dados e informações levantados foram analisados utilizando como base teórica as autoras Michèle Petit, Karen Worcman, Silvia Castrillón e Cecilia Bajour – dentre outros autores e autoras – que possibilitaram a explanação sobre os seguintes conceitos: escuta ativa, bibliotecas como espaço para o encontro, leitura como forma de se reafirmar no mundo, convergências entre escrita e oralidade, Tecnologia Social da Memória, bibliotecas-humanotecas e pessoas como livros
vivos, ressignificação das histórias de vida por meio da narração e as narrativas de histórias vida como ações insurgentes contra uma memória social hegemônica.
Palavras-chave: Saraus. Sarau da Pessoa. Histórias de vida. Grajaú (distrito de São Paulo). Cidade Dutra (distrito de São Paulo).
Orientador: Ricardo Queiroz Pinheiro
Coorientadora: Isabel Santos Mayer