Na EI da Escola Vera Cruz, a nossa organização curricular estabelece um diálogo com a BNCC, o Currículo Paulista e Paulistano e, sustenta-se em três grandes eixos que se inter-relacionam: a cultura da humanidade, a cultura da escola e a cultura da infância. Temos intenção que nosso currículo crie possibilidades para a expressão da cultura da infância, nas relações que as crianças estabelecem com os conhecimentos circunscritos pela escola e nas aprendizagens que produzem. Partindo da aproximação da expressão da infância e de sua relação com os conhecimentos da cultura da humanidade,nos saberes que fazem sentido para a vida das criança no século XXI, circunscrevemos e definimos localizadores da cultura da escola, considerando a integração curricular do G1 da Educação Infantil ao terceiro ano do ensino Médio e também nossa história, o momento atual da nossa realidade escolar e da nossa sociedade. Nossa aproximação da cultura da infância se faz através da investigação e análise da vida da sala de aula e das documentações de crianças e adultos. Para pensar o currículo, consideramos que a aprendizagem se dá na complexidade que marca o ser e pensar do humano. Assim, ela não é fragmentada, mas ao contrário, é produzida pelo aluno nas infinitas interações, através das quais constitui sua rede de conhecimentos sobre si e sobre o mundo. Estamos falando, portanto, de uma mudança de paradigmas — um abandono à uma concepção de aprendizagem e currículo adultocêntrico e fragmentado para uma concepção de sujeito e currículo integrado, onde a criança tem lugar e voz. Nosso currículo tem como intenção, sustentar nossas concepções, dar vida, forma aos nossos princípios e valores, dar referências para as reflexões do professor sobre suas intencionalidades e as da série, de modo a cuidar do rigor necessário às aprendizagens. Queremos que ele oriente uma prática investigativa, que acolhe o novo que cada criança traz em si, na qual o professor intervém para que elas, como seres únicos e singulares, possam viver e aprender num constante processo de transformação e invenção; estar e criar sujeitos e mundos. Uma prática na qual as crianças sintam-se sujeitos pertencentes a um grupo, e como tal, comprometidos com o outro, com o coletivo e, com a co-construção, movimento e transformação de realidades.