Investigar significa estar em movimento – buscar, a partir de indícios, aquilo que se procura. Investigar supõe, também, a invenção, pois tanto o mundo, quanto os sujeitos, e as perguntas que conectam um e outro não estão prontos de partida. Suas formas e percursos se fazem ao longo de um processo.A perspectiva da infância, por sua vez, nos convida a renovar o nosso olhar sobre o mundo, por estabelecer relações que eram até então impossíveis para nós, adultos. A invenção é o seu território por excelência, e colocar as coisas dessa forma nos afasta de qualquer ideia preparatória sobre o que deveria ser uma escola da infância.
A partir do encontro entre essas duas grandes ideias – investigação e infância –, as ações deste ciclo vêm para discutir e colocar em jogo uma série de perguntas sobre o que pode significar investigar na escola da infância:
– Quais são os diálogos possíveis entre as intenções de aprendizagem e as perguntas das crianças?
– Qual o papel dos contextos de aprendizagem como nascedouro de curiosidades, e de que forma eles potencializam percursos investigativos?
– A partir de quais encontros nasce um professor investigador, e de que forma as investigações de crianças e adultos se conectam?
– Qual o papel fundamental da documentação, como modo de estar com as crianças e, também, como ferramenta, na mobilização de todos esses processos?
Pensados de maneira integrada, os cursos deste ciclo são complementares. Conversam entre si tal qual diferentes formas são produzidas por um caleidoscópio: cada um parte dos mesmos componentes acerca do que pode ser investigar na escola da infância, mas se combinam de forma única. Assim, cada curso oferece uma nova oportunidade e uma entrada diferente para um mesmo vasto território.