Formar professores de línguas para incluir em contextos de diversidade excludente

Sueli Salles Fidalgo

Resumo


Inserido em um paradigma crítico (Freire, 1970); em uma visão de ensino-aprendizagem com foco na tríade conflito-negociação-transformação (Vygotsky, 1934; Bakhtin/Volochinov, 1929; Habermas, 2004); em uma visão de linguagem como “arena de conflito” (Bakhtin/Volochinov, 1929) e em uma metodologia que vê a colaboração (Magalhães, 2007) que ocorre na zona de desenvolvimento proximal como instrumento por excelência para a modificação dos sentidos e significados que todos trazem para a sala de aula, este trabalho enfoca a dicotomia ex-/inclusão, discutindo-a pela perspectiva histórica da educação brasileira para demonstrar que uma escola prioritariamente excludente não se torna inclusiva por força da lei, mas pela formação de seus agentes. A pesquisa se realiza (1) por meio de reuniões de formação de professores que trabalham com alunos com necessidades especiais e (2) por meio de visitas da pesquisadora-formadora às escolas cujos professores participam deste trabalho para gravação e análise das aulas e das entrevistas. Além da pesquisadora-formadora, participam do trabalho professores de línguas de escolas públicas da Grande São Paulo e seus alunos com necessidades educativas especiais. Inicialmente, as reuniões tiveram como objetivo discutir os problemas que os educadores têm para garantir um espaço de inclusão; hoje, enfocamos o desenvolvimento de materiais para alunos incluídos, para que estes não fiquem alheios às atividades escola. Encontrar uma ação que possa ser realizada pelo aluno com necessidades educativas especiais como membro participante da atividade social realizada é permitir que esse aluno seja também agente de seu desenvolvimento porque permite que ele crie quem ele é ao ser quem ele não é (Vygotsky, 1934).

Palavras-chave


necessidades educativas especiais; formação de professores; colaboração; dicotomia exclusão/inclusão.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.14212/veras.vol2.n1.ano2012.art77

Apontamentos

  • Não há apontamentos.