Resumo
A ideia de falar sobre o estranho, o estranhamento na literatura, veio de uma disciplina que fiz na PUC, quando estava fazendo doutorado, e a professora propôs que eu falasse sobre como foi o processo criativo do meu segundo livro, Estela sem Deus. Como foi criar uma voz narrativa em primeira pessoa, de uma menina negra, de 13 anos de idade. Como foi esse processo que chamei de migração de si mesmo. Então, surgiu um artigo, e o transformei num texto, que saiu recentemente no livro organizado por Noemi Jaffe, Escrita em movimento: sete princípios do fazer literário, em que ela discute alguns aspectos da criação literária. Depois, ela solicitou textos de outros autores para complementar sua reflexão, e um desses textos foi o meu.