Resumo
O ensaio pretende pensar o processo criativo a partir da ideia de Antropofagia, sugerida por Oswald de Andrade em seu Manifesto antropófago, tentando alinhá-la ao conceito de Intertextualidade, das teses de Julia Kristeva, chegando à noção de Redes dos possíveis, proposta por Italo Calvino. Paul Valéry já pressentia a força da Antropofagia e da Intertextualidade em seu trabalho poético quando afirmou “O leão é feito de carneiro assimilado”. Nesta perspectiva, pensarei o processo de criação, conforme ensina Oswald de Andrade: “Contra a Memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada”. Os ensaios de Machado de Assis, de Fernando Pessoa, de Jorge Luis Borges, e o Manifesto de Sérgio Vaz serão fundamentais para as reflexões construídas, no intuito de sugerir uma poética da criação.