Resumo
Dentro do carro, a menina corria os olhos além da estrada. Tinha o verde-claro da alface e o verde do seu uniforme e o verde-escuro do abacate e o verde mais claro do repolho e, ainda, o verde do suco verde. Tinha mais verdes nas montanhas do que a quantidade de verdes do seu estojo de canetinhas e lápis de cor e de cera juntos. Se olhasse para baixo, o buraco formado por aquelas pedras gigantes parecia um funil, e escorregando por elas tinha uns fios grossos e prateados que deviam ser um monte daquelas bolinhas de mercúrio que a tia do Jardim II havia mostrado.