Resumo
Para muitos, o ghostwriting é uma atividade secreta. Quem faz não revela nomes, e, muitas vezes, nem o assunto. Escreve na sombra de outra pessoa e, não raro, falta ao lançamento da obra, que não é assinada por ele. Em um mundo que tanto cultua a autoria, que papel exerce o escritor fantasma? Falar sobre essa atividade, cada vez mais solicitada no mercado editorial brasileiro, especialmente na não ficção, foi a motivação para o encontro que aconteceu no Instituto Vera Cruz, em São Paulo, no dia 11 de setembro de 2018. Participaram Renato Prelorentzou, tradutor, historiador e doutor em Teoria Literária pela USP; Tiago Novaes, escritor, professor de Criação Literária e doutor em Psicologia pela USP; e Ivan Marsiglia, jornalista, bacharel em Ciências Sociais e editor-chefe da revista cultura. Todos com experiência na prática da escrita fantasma. A mediação foi feita pela jornalista e escritora Gabriela Aguerre. Abaixo, a íntegra da conversa, editada para dar fluidez e mais clareza ao texto.