A cultura de brincar de boi-bumbá

Nádia Tobias Souza Seara

Resumo


O presente artigo é um recorte de um dos capítulos que compõem a pesquisa Devaneios poéticos e a cultura de brincar de boi-bumbá em Parintins-AM, que constitui uma espécie de topofilia – uma intelecção de quem nutre pelo seu rincão imenso sentimento amoroso. A ação é descritiva e subjetiva; emprega-se em sua narrativa a poética do devaneio sobre a cultura do brincar de boi-bumbá dos povos da floresta (índios, caboclos e nordestinos). A pesquisa foi realizada durante as últimas semanas que antecederam o megafestival folclórico de Parintins-AM. Destaca-se o olhar sensível para a cultura de brincar de boi-bumbá dos povos da floresta, nas figuras dos tarefeiros, participantes, integrantes, moradores, apreciadores e brincantes dos Bois-Bumbás: Caprichoso e o Garantido. A fenomenologia de Gaston Bachelard entrelaça toda a pesquisa, que tem como objetivo reexaminar, por meio de um novo olhar, imagens do brincar, ou seja, encontrar por trás das imagens que se mostram, as imagens que se ocultam: a iminência do imaginário no real e o movimento do real ao imaginário. A fundamentação bibliográfica contempla, no tocante ao Amazonas, Marcio Souza; a Parintins, Rodrigues; a outros olhares, Ferreira-Santos e Paes Loureiro. A motivação do trabalho foi, ao mesmo tempo, a constatação do pouco cuidado que a população tem com a memória cultural, material e imaterial, e a manutenção orgulhosa da tradição que une elementos indígenas, caboclos e a presença sutil de uma educação de sensibilidade.

Palavras-chave


boi-bumbá; cultura; devaneios poéticos

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DOI: http://dx.doi.org/10.14212/veras.vol2.n1.ano2012.art83

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