Quem dera fosse farsa: desafios de se publicar um livro de não ficção no Brasil

Natalia Timerman

Resumo


Eu estava grávida de sete meses quando lancei meu primeiro livro. Estava eufórica, impressionada com a presença de tanta gente na noite do lançamento, em fevereiro de 2017, e apesar de o assunto do livro ser duro e triste, fiz um pequeno discurso, diante da fila para os autógrafos, cheio de esperança e alegria. A maioria aplaudiu e riu; eram quase todos meus amigos. Mas havia gente que eu não conhecia, e o olhar de aprovação que eu tenho o hábito de procurar quando falo não foi unânime. Em alguns, que eu nunca tinha visto, havia uma gravidade que não combinava com meu humor ou minhas palavras. Naquele momento, misturou-se um peso estranho à euforia, um peso então incompreensível.
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