Igualdade de direitos – e deveres |
16 Ago 2019 |
![]() “O que é dignidade?”, perguntou Viviane aos alunos logo no começo do encontro. Depois de falar um pouco sobre a história dessa palavra, ela conversou com a turma sobre alguns exemplos de situações em que os homens são privados de seus direitos fundamentais, como saúde, educação, moradia, alimentação etc. “Para que esses direitos possam ser assegurados à população, foi preciso colocá-los no papel: é a Declaração dos Direitos Humanos”, explicou.
Foram muitas as reflexões e questionamentos levantados pela turma durante o bate-papo: “E se uma pessoa precisa de um remédio e não tem dinheiro para comprar?”; “Se a pessoa não tem dinheiro, ela rouba por necessidade”; “Alguns têm muito, e outros não têm nada. Por que isso acontece?”; “Qual a diferença entre preconceito e discriminação?”; “Gays e lésbicas têm os mesmos direitos que todos. Estão no papel, também”; “Nosso governo atual reconhece todos os direitos dos seres humanos?”.
Para Rafael, a conversa superou as expectativas: “Eu saio bastante empolgado e acreditando no potencial desses encontros com crianças para a formação de direitos humanos, porque é na base que elas precisam adquirir esses conhecimentos”. Viviane acredita no poder transformador do conhecimento repassado na aula e salientou o alto nível da discussão: “Este é o momento em que elas podem refletir muito sobre as capacidades e os potenciais que têm para ajudar na construção de um mundo melhor”.
Os alunos saíram entusiasmados e felizes do encontro. “A gente queria se aprofundar no assunto e não sabia como. Agora, tiramos nossas dúvidas”, contou Maria Nogueira Zerbini Lacombe Franco. Beatriz Cravo Ornelas Forganes e Gabriela Assumpção Meirelles Ferreira compartilharam das mesmas impressões: “Aprendemos muitas coisas novas, e a aula foi bastante divertida”. Cecília Akemi Beltrame Maronna achou a visita muito importante, “já que tratamos de um assunto muito sério: o problema grave de violação dos direitos humanos, da desigualdade, do racismo e do preconceito que temos no País”, disse.
Durante a conversa, os profissionais ainda tiraram algumas dúvidas dos alunos sobre o trabalho na Defensoria Pública. Viviane e Rafael são autores de um projeto, elaborado pela Defensoria Regional de Direitos Humanos, que levará a temática para discussão em sala de aula, em escolas particulares e públicas da capital paulista. No Vera, o encontro piloto aconteceu por iniciativa de Maíra Abrão, que também faz parte da equipe de profissionais do órgão e é mãe do aluno Gabriel Seabra.
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