O tempo e suas diferentes representações |
08 Abr 2019 |
Na entrada do 2º andar, apontando para a parede repleta de retratos, os alunos arriscavam palpites: “Olha, aquela deve ser a Renata”; “E aquele ali no meio deve ser o Fábio”. Em visita ao Museu da Casa Brasileira, na terça-feira, dia 26 de março, a turma do 3º ano F conheceu um pouco mais da história de Fábio da Silva Prado, prefeito da cidade de São Paulo entre os anos de 1934 e 1938, e sua esposa, Renata Crespi da Silva Prado. A saída, promovida pela área de Estudos Sociais durante o mês de março, com as seis turmas do 3º ano, integra a temática de trabalho do 1º trimestre da série, focada na contagem e representação do tempo.
Na exposição “A Casa e a Cidade – Coleção Crespi-Prado” os alunos viram móveis, objetos e fotografias que retratam as origens e o cotidiano do casal, mostrando os costumes da época e a expressiva atuação dessas duas figuras na história da cidade. “Eles usavam talheres com ouro. Só pessoas muito ricas deviam ter isso!”, observou uma das alunas diante da coleção de pratos e talheres banhados a ouro e repleto de detalhes. Outra criança, olhando a velha escada utilizada na biblioteca, completou: “Olha o tamanho da escada! Acho que isso ainda deve existir, mas só em bibliotecas muito grandes e antigas”.
Como fazíamos sem...
...móveis? Vaso sanitário? Na mostra “Remanescentes da Mata Atlântica & Acervo MCB” os alunos interagiram com mobiliários e outras peças confeccionadas em madeira, muitas feitas a partir de espécies de árvores praticamente extintas atualmente. Nesse espaço, a turma foi convidada a observar uma batedeira de manteiga do século 19, feita de roda d´água em pinho, com pinos de madeira. No caderno de campo, os alunos desenharam o objeto e refletiram sobre os usos do utensílio doméstico antigo comparado aos existentes hoje em dia. Para que ele era utilizado? Como funcionava? De que material era feito?
“Na Escola, pedimos que cada aluno fizesse uma entrevista com um familiar para saber o que eles usavam no passado e porque aquele determinado objeto teria caído em desuso. Foi muito interessante ver a curiosidade de algumas crianças diante de máquinas de escrever e caixinhas de música antigas, resgatadas por bisavós”, conta a professora Renata Vasques.
Pelo salão repleto de objetos antigos e fotografias de casas brasileiras dos mais diferentes tipos, os alunos depararam com oratórios, cabeceiras de camas, poltronas e até mesmo com uma cadeira sanitária. “Pra que serve esse oratório? Onde ele ficava, nas casas?”; “As pessoas faziam xixi aí nessa cadeira antigamente?”, perguntavam curiosos aos educadores do Museu. Veja as fotos... |