Mudanças de Roberto

Maria Luiza Bertozzi Araújo

Bom, minha vida começou em Divinópolis em minha primeira casa. E eu já morei em muitos lugares, muitas casas. A primeira lá em Divinópolis (Minas Gerais) foi a casa que eu nasci (em 1972), inclusive recentemente eu vi em um aplicativo chamado “Google Earth” que ela está bem diferente do que eu lembro da minha infância. Eu morei naquele lugar até os 9 anos – faz 20 anos que eu não vou pra lá. De lá, eu me mudei para uma cidade chamada Araxá. Araxá é uma cidade legal, muito pequena, mas bem bonita, as ruas bem preservadas com um asfalto muito bonito – Divinópolis era uma cidade muito poluída, Araxá não, principalmente por suas termas. A casa que eu morava era uma casa muito legal, tinha piscina, uma quadra de futebol, e plantação de milho ao lado. 

Então, eu mudei para Itajubá e morei na casa onde minha avó morava assim que ela faleceu,  por “uns oito meses”, depois me mudei para um sítio perto de Itajubá, foi uma delícia porque no fundo do sítio tinha uma cachoeira que dava no rio. Eu brincava na água, nas pedras e tinha também bambuzal, onde eu procurava o Saci.  

Depois de lá, me mudei para Poços de Caldas, pra uma rua que se chama “São João da Boa Vista” numa casa que não era muito grande… até meu pai construir a casa que ele está até hoje morando. Isso foi em “1984”.   

Meu primeiro namoro foi com 15 anos, com uma menina de Poços de Caldas, chamada Priscila. Meu primeiro beijo foi numa brincadeira de esconde-esconde, eu tinha 13 anos, foi assim: eu estava escondido atrás de uma árvore com uma menina e eu dei um beijo nela. Ela se chamava Renata Fazzi, até hoje não me esqueci. Eu me senti orgulhoso e empolgado. 

Então eu morei alguns anos em Poços de Caldas, depois em “1989” eu me mudei pra Campinas. Lá eu morei em um apartamento que é uma república (república é um apartamento ou uma casa onde moram muitos amigos juntos) que ficava na rua “Glicério”.  

Depois eu mudei para um apartamento no mesmo prédio. Por ficar no primeiro andar tinha um barulho danado na rua, era como se você estivesse na Paulista, República ou Faria Lima, era bem barulhento. 

Mais tarde, eu me mudei para uma rua chamada “Culto à Ciência”, ainda em Campinas. Depois eu mudei para a rua “Coelho Neto”. Em seguida me mudei para outro apartamento lá no bairro do “Castelo”.

De Campinas eu mudei para o “Rio de Janeiro”, onde morei na “Barra”, em um apartamento na mesma rua que era a “Jornalista Henrique Cordeiro” o apartamento era “colado” no Palace 2, um prédio que caiu na mesma época que eu morava lá.

Depois de morar nesse apartamento eu mudei pra São Paulo. Primeiro eu morei em “Perdizes”,  um apartamento muito pequeno -morei sozinho- e logo que minha mulher Renata veio pra São Paulo, alugamos um apartamento na rua “Girassol” e lá decidimos ter a “Malu”. No dia seguinte da decisão nós compramos o nosso apartamento que moramos até hoje! É minha décima sexta casa, -na rua Pascoal Vita- onde minha filha “Malu” passou seus 10 anos de vida!  

Eu lembro muito bem de muitos bons momentos em minha vida que realmente me marcaram, como quando me mudei para Campinas porque eu tinha 16 anos de idade e foi um ano que eu fui morar longe dos meus pais então foi uma vitória muito grande.  

Não lembro de nenhum castigo de quando eu era criança e nem de adolescente pois eu sempre fui muito educado e respeitei e ainda respeito muito os meus pais. 

Lembro de um alguns brinquedos que eu tinha quando era criança como Playmobil, ganhei com 5 anos -que eu brincava muito!- um trenzinho que chamava “Ferrorama” eu gostava muito, e também “Autorama” que era dos meus irmãos mas eu brincava. E óbvio bola de futebol. 

 Anos depois, quando eu passei no vestibular de Música foi um ano muito feliz na minha vida. Depois quando eu fiz um disco que o Milton Nascimento participou em “1994” foi muito bom!! 

Um ano muito maravilhoso foi quando eu mudei pra São Paulo em 1999. Em 2002 foi o ano que eu casei – maravilhoso. Com cinco anos de casados minha amada filha nasceu. “2007” foi maravilhoso porque foi muita alegria na minha vida ter essa criança que eu tanto amo.  

Em 2015, ganhei o “Grand Prix” de filme no “Festival de Cannes” – um prêmio. Época que fizemos uma viagem maravilhosa para a França – foram uns dias muito felizes na minha vida – ganhar aquele prêmio, subir naquele palco, depois dois dias estar com a família naquela praia deliciosa. 

O pior ano de minha vida eu lembro muito bem, e coincidentemente foi um dos melhores porque: tinha 16 anos, eu mudei para Campinas e eu queria muito estudar Música, mas meus pais não queriam, eles queriam que eu fizesse ou Engenharia ou Direito ou Medicina ou Odontologia, essas coisas… E eu não queria isso. Esse foi um ano em que eu fiquei muito triste, foi muito ruim pra mim. No ano seguinte eu passei em Engenharia, mas não queria. Foi a partir do momento que eu cheguei para os meus pais e falei:  “Olha, eu quero fazer Música mesmo!” e eles me deram o aval para fazer, tudo melhorou! 

A melhor história que já me aconteceu foi quando minha filha nasceu. Eu tinha “35 anos”, uma emoção que não tem comparação. Imagina um bebezinho que vai crescendo na barriguinha da mamãe, formando perninha, cabecinha, cérebro, e ainda vem com esse ouvido musical, afinadinha, cantando, tão querida, engraçada, tão legal, parceirinha- não tem coisa melhor né? 

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