Luiza Nery Salgado Ferreira
Me chamo Mônica Maria, na verdade, eu não sei direito porque meus pais escolheram esse nome, pois quando eu nasci meus pais e os médicos acharam que eu iria morrer, de tão “roxinha” que eu era. Então, falavam para meu pai e para a minha mãe que eu fui batizada na pia da cozinha! Depois que vivi eles resolveram colocar meu nome de Mônica, acho que devia estar na moda. Bom, eu não sei se eles pensaram muito nessa escolha.
Quando eu era bem menor, eu levei um tombo muito grande andando de trator na fazenda em Uberaba. Lembro que eu estava na parte de trás do trator, mas a roda dele me “passou” para frente e o meu padrinho que estava dirigindo viu uma sombra na frente dele e logo o desligou. Eu fiquei morrendo de medo, fiquei muito assustada e todos também ficaram, mas no fim deu tudo certo.
Era muito marcante ir para Uberaba – cidade que nasci – sempre passava minhas férias lá. Eu estudava aqui em São Paulo e ficava o ano inteiro
esperando as minhas férias só para ir pra Uberaba pois eu tinha muitas primas, muitos amigos. Eu tinha uma vida lá que eu não tinha aqui porque na fazenda a gente podia brincar ao ar livre, subir em árvores, então era sempre muito bom.
Quando fiquei mais velha –idade de trabalhar – demorou um pouco para eu saber o que realmente queria ser, mas eu cheguei a fazer um curso de arte e terapia e comecei a trabalhar com doentes de Aids, e esses doentes tinham vários problemas psicológicos, então por eu trabalhar com arte e terapia, senti falta da psicologia. Como eu já gostava bastante de ler livros sobre psicologia, eu resolvi ser psicóloga.
Um dos fatos mais tristes na minha vida foi a perda de uma das minhas irmãs, porque ela era uma das minhas melhores amigas, minha parceira, a pessoa que eu mais confiava. Ela era muito nova, ainda tinha muita coisa para viver, faleceu com 40 e poucos anos. Então foi realmente muito triste!
Essas foram minhas memórias mais marcantes, espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre minha vida.
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