Carolina Pan Collet Franceschi
Meu nome é Guilherme Franceschi, moro em São Paulo, nasci no bairro de Perdizes, dia 18 de março de 1946, fiz 71 anos este ano. Tenho três irmãos, seus nomes são: Emma Franceschi, Enrique Franceschi e Augusto Franceschi, o meu irmão que infelizmente faleceu.
Moro com minha esposa, Neide Machado. Tenho três filhos, Marcelo Franceschi, Ricardo Franceschi e Daniela Franceschi. Gosto de andar, assistir filmes, cozinhar e ficar com minha esposa, filhos e netos, que moram em São Paulo. Também gosto muito de feijoada.
Na minha infância, minha primeira casa foi na rua Antártica, número 163 – agora Avenida Antártica. Gostava muito de ir ao clube Palmeiras, que era muito próximo da casa que morava. Tive muitas memórias marcantes lá, como por exemplo, ter conhecido minha primeira namorada na inauguração da piscina do clube.
Também, brincava todo dia na rua. Jogava futebol com meus amigos, rodava pião e sapecava bolinha de gude. Tinha uma “cabaninha” na rua Antártica, lá era meu esconderijo secreto, minha mãe ficava louca atrás de mim. Meu brinquedo favorito era um pequeno trem elétrico, achava tão fascinante ver um trem de brinquedo funcionando direitinho, igual a um de verdade. Gostava tanto disso que quando crescesse queria ser mecânico de automóveis. Tinha muitos melhores amigos, nós fazíamos tudo junto, como, íamos ao cinema, íamos a festas, brincávamos todos os dias juntos. Eles me apelidavam de: Gui, Guilherme, Guila, como me chamam até hoje.
Eu amava muito meus pais, meu pai era italiano e minha mãe era brasileira, eles eram muito bacanas. Gostava muito das viagens que nós fazíamos juntos. Na maioria dos fins de semana a gente ia para Santos, fazíamos muitos piqueniques na praia e era muito legal.
Lembro-me muito bem de duas viagens marcantes. Uma foi para Argentina e a outra foi para a Bahia. Quando fui para a Bahia não fui de avião, e sim de carro. Lá fomos à praia, brincar na areia e no mar, coisas que eu gosto muito. E, quando fui a Argentina, teve a “noite das pizzas – nunca na minha vida vi tantas pizzas deliciosas iguais a elas.
Na infância estudei na Escola de Aplicação Dom Pedro I. Era apaixonado por uma professora de inglês, chamada Marli. Ela era muito bonita, maravilhosa. Eu vivia suspirando pelos cantos, tanto que queria me casar com ela. Durante as aulas ficava olhando-a e pensando como seria se fossemos namorados, no dia em que ela me daria bola e aceitaria o meu pedido.
Comecei a trabalhar com quinze anos no restaurante do meu pai, ele se chamava Restaurante Papai. Nós fazíamos de tudo: limpávamos o restaurante, elaborávamos o cardápio – em uma máquina de escrever, porque ainda não existia computador – ajudávamos no salão e muitas coisas a mais. Cada cliente e funcionário que passava por lá, tinha uma história para contar, e o mais legal era que, como o restaurante ficava no centro da cidade de São Paulo, pessoas de outras regiões – até mesmo outros países – vinham para trabalhar lá e experimentar a comida.
A maioria eram nordestinos, que gostavam muito do trabalho. Lembro-me de uma “brincadeira” com um funcionário. Ele gostava muito de beber. Trabalhava e bebia, Trabalhava e bebia. Ninguém gostava disso, então, certo dia, alguns funcionários puseram água com sabão no lugar de caipirinha e, quando ele foi beber teve uma surpresa em tanto. Ficou tão bravo com os outros funcionários!
Muitos anos atrás, depois que o restaurante do meu pai fechou, comecei a trabalhar com os meus cunhados, em uma loja de vendas de máquinas. Eu gostava muito do trabalho, mas depois de algum tempo, eles saíram de lá e mudei um pouco o estilo da loja. Comecei a vender e consertar calculadoras. Há alguns anos mudei a loja para dentro da Faculdade São Luiz, e estou lá até hoje, ainda consertando as calculadoras.
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