Memórias de Márcia com participação especial de Chico, o pequeno mico

Nina Alves Grinbaum

 

Meu nome é Márcia Larica Magalhães Alves, nasci no ano de 1961 em Itabira, mas agora moro em Belo Horizonte – uma das principais cidades de Mina Gerais. Atualmente, tenho 55 anos completos.

A primeira vez que frequentei a escola, eu tinha 5 anos. Depois de 1 ano eu deveria ir para o pré-primário, mas acabei pulando um ano e fui direto para o primeiro ano.

Certo dia, quando tinha 10 anos, minha vizinha, amiga de minha mãe, me contou que existia uma profissão onde profissionais desenhavam objetos, como carros, eletrodomésticos, móveis, entre outros… Essa profissão se chamava, na época, Desenho Industrial.  A partir daquele dia, fiquei com vontade de ser aquilo quando crescesse, mas me tornei designer, uma profissão que também se utiliza desenho, porém tem propostas diferentes.

Na minha infância, eu gostava muito de andar de bicicleta e fazer brincadeiras no meu clube. O que eu mais gostava de comer, eram doces, doces de todos os tipos: brigadeiro, beijinho, sorvete e vários outros que as crianças costumam gostar, ops, quer dizer, AMAR!

Na minha família, minha mãe, meu pai, minhas três irmãs e eu, já tivemos vários animais de estimação, mas o que eu mais gostei foi um pequeno mico muito espertinho que tivemos, você pode achar meio estranho, mas nós tivemos SIM um macaco!

A história que vou contar agora, é de como conseguimos comprar esse pequeno animal danadinho.

Quando eu tinha 11 ou 12 anos, eu, minha mãe, meu pai e minha irmã mais nova, fomos viajar para o Rio Grande do Norte para visitar meu tio, irmão do meu pai. Fomos de carro, porque naquela época quase ninguém usava avião e o carro do meu pai- que utilizamos naquele dia para viajar- era grande, confortável e ótimo para viagens.

A viagem demorava alguns dias, então nós passávamos o dia na estrada e de noite procurávamos algum lugar para dormir, podia ser um hotel, um chalé, ou outros tipos de hospedagem para turistas.

Nós viajamos- quase- pelo Nordeste inteiro, então parávamos nas divisas dos estados, meu pai pegava a câmera então… Click! Tirava uma foto e, para ser precisa, passamos por 6 estados!

Em uma das divisas, para atravessar o Rio São Francisco, nós tínhamos que usar uma balsa. Essa balsa era utilizada para transporte de carros e caminhões, tinham muitos deles, então tínhamos que esperar que todos estivessem embarcados para podermos atravessar o rio!

Na volta dessa viagem, fizemos o mesmo caminho e passamos novamente por esse rio. Nas margens dele, haviam vendedores ambulantes, que vendiam desde comidas, até animais!

Então, nós nos apaixonamos por um pequeno miquinho, mas primeiro perguntamos se ele era manso e o vendedor disse que sim, então o compramos.

O vendedor fez alguma coisa com ele para ficar manso, porque quando eu e minha irmã adormecemos no carro, o mico pulou para o banco da frente aterrissando na marcha, meu pai deu uma freada brusca e minha mãe ficou aos berros, fazendo eu e minha irmã acordarmos. Nós pegamos a gaiola (esqueci de mencionar que compramos uma gaiola) e trancamos o macaco nela. O nome que demos foi Chico, com o apelido de Chiquinho.

Depois de horas, chegamos em um hotel de Salvador, onde não se permitiam animais, então levamos o Chico escondido para dentro dele. Nós fomos jantar e quando voltamos o encontramos – não sei como- na recepção!

E essa foi a incrível história do Chico, nosso pequeno miquinho! Além de ter comprado o Chiquinho, essa viagem foi muito especial porque eu pude aprender sobre 7 estados brasileiros e suas culturas tão diferentes.

Quando cresci, meu primeiro namoro foi com16 anos, me casei com 25 e terminei com 36, ou seja, 11 anos depois que me casei. Você deve estar se perguntando porque eu terminei, pois bem, eu terminei porque eu e meu marido tínhamos planos muito diferentes, por exemplo: Eu queria viajar e estudar fora do país, já meu marido queria ficar em Belo Horizonte.

As pessoas mais especiais da minha vida foram meu pai, minha mãe, minhas irmãs, minha avó Isabel, meu avô Magalhães e minha sobrinha, filha da minha irmã mais nova, Nina. Essas pessoas foram e são importantes, porque me ensinam e já ensinaram coisas fundamentais para minha vida. Por exemplo, quando convivo com minha sobrinha, a Nina, aprendo muitas coisas. Certa vez quando ela era pequena, me contou uma história inventada que não seria possível de acontecer, isso me ajudou com minha criatividade, ou seja, quando brinco com ela, ou estou com ela, exercito minha criatividade, tenho mais imaginação!

Espero que vocês tenham gostado de me conhecer e ler a história do Chiquinho! Quem sabe um dia vocês comprem um animal tão malandro quanto ele!

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