Enrique Pellaes
Eu, Ana Maria Ramos Pellaes, nasci em 27 de dezembro de 1947, em São Paulo, a filha do meio de três irmãos, o mais velho, Luiz Carlos, a do meio, eu, e a caçula, Maria Lúcia. Minha primeira casa, foi na rua João Moura, no Jardim América. Eu e meus irmãos, dormíamos na sala, todos juntos. Tinha uma vira-lata chamada Lula.
Uma memória que me marcou muito foi quando eu tinha cinco anos e fiquei tão doente que perdi a fala, foi terrível. E quando minha família, morrendo de preocupação me perguntava do que eu precisava, ou queria, eu não podia falar, então meu pai, de moto desceu a serra para Santos comprou uma boneca italiana para mim, e quando ele voltou me deu a boneca, eu fiquei muito feliz, eu pensei que não precisava mais falar porque conversava com ela com a mente. E mesmo depois de melhorar, ainda brincava com ela.
Estudei no Grupo Escolar Godofredo Furtado, na rua João Moura também. Se você achou esse nome estranho, eu também achava, quando me perguntavam onde eu estudava, eu e meus amigos falávamos: “No Grupo Escolar Godofredo Furtado, entra burro e sai tarado”. Tive uma professora inesquecível, de religião, ela se chamava Camila, um amor de pessoa. Fiz curso de datilografia na Vital Brasil, em Pinheiros.
Fora da escola, gostava de brincar de taco, pega-pega duro ou mole e de peteca, tudo na rua. Sempre brincava com meus vizinhos, os nomes deles eram: Claudio, Lila, Vera, Sandra, Bernadete, Maria Olivia, José Luiz, João, Tania, Tata, Chiquinho e Marcia. Lembro deles porque eles eram os meus melhores amigos. Fazíamos uma brincadeira muito engraçada, colocávamos uma carteira na calçada do outro lado da rua, amarrada em um fio, bem fino, e ficávamos esperando alguém tentar pegar, e ai, puxávamos! Levamos muitas broncas por isso, mas era engraçado, e muito. Também gostava de andar de moto com meu pai.
Quando eu brincava de esconder, me escondia no imenso jardim da casa da frente da minha, a dona dela me deixava ficar lá.
Nas férias, gostava de ir para Santos, na praia do Gonzaga. Ficava na pensão Clipper, era muito gostoso. Gostava de brincar de peteca, fazer castelo de areia, enterrar o outro até o pescoço, etc.
Fiz o ginásio por três anos na escola de Arte Moderna, na rua São Manoel, também em Pinheiros. Tive que sair do ginásio mais cedo porque meu pai faleceu e tive que trabalhar, meu primeiro emprego foi na rua Cônego Eugênio Leite, em um salão de cabelereiros e até hoje em 2017, tenho clientes nessa profissão. Uma coisa que gosto no trabalho, é que todas as clientes que atendi viraram minhas amigas. Outra coisa que gosto de fazer hoje em dia é cantar no coral da igreja.
Me casei com 21 Anos, no dia primeiro de maio de 1968, com Rubens Pellaes. Meu primeiro filho, Rubens Junior nasceu em 4 de dezembro de 1969, três anos depois, em 13 de abril de 1972, nasceu Andrea, em 19 de dezembro de 1974, nasceu Alexandre.
Junior teve dois filhos, Enzo e Isabela. Alexandre teve trigêmeos, Enrique, Gustavo, o cabeludo, e Luisa. Andrea, esta solteira.
Hoje sou uma avó feliz e moro a três quilômetros de distância dos meus netos trigêmeos.
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