Abrão, um garoto que nasceu entre os tecidos

Maria Fernanda Kherlakian

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Abrão sempre morou em São Paulo com seus pais. Só saiu da casa deles quando se casou, aos vinte e um anos, com Hilda.

Quando criança, diferente de hoje em dia, passava os dias brincando na rua no bairro onde morava – jogava futebol, bolinha de gude e só saia da rua para comer, tomar banho e dormir. Ele amava esporte e também era o capitão do time de futebol. Tinha muitos amigos, por isso sempre ficava nas ruas. Corria muito sem se preocupar com nada, mas isso mudou porque em uma dessas corridas, trombou com um garoto e quebrou o dente. Foi ao dentista e teve que colocar um dente provisório, porque naquela época não dava para arrumar.

Na escola, o colégio Armênia Externato Jose Bonifácio, aprendeu a ler e escrever aos sete anos e meio. Lá, nunca foi muito bagunceiro, tirava notas altas e era um bom aluno.

Seus pais o ensinaram a ser sempre educado e a respeitar a todos, inclusive a eles, por isso ele nunca fazia bagunça em casa. Nessa época não existia televisão, o que significa que ele tinha que arranjar alguma brincadeira para fazer.

Seu sonho era ganhar um carro aos dezoito anos de presente de aniversário, mas não se realizou.

O primeiro emprego foi como vendedor de tecido e não era tão novo assim, começou a trabalhar com aproximadamente vinte anos.

Com o tempo e muito trabalho, hoje se orgulha do dia mais marcante de sua vida. Em sete de abril de 1984, tornou-se proprietário, com seus filhos, da primeira de muitas lojas Khelf – que abriu no Shopping Center Norte.

Outro dia que se recorda como um dos mais felizes e emocionantes foi quando teve seu primeiro filho.

E essas, são as memorias de Abrão, um garoto que nasceu entre os tecidos.

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3 Comentários

  1. Isa

    Seus comentários *adorei ficou muito legal eu amei #muitod+❤️?❤️

  2. Nina

    Ficou muito legal Nanda, amei!!!!

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