Maria Corradin Mercadante
Otavio Mercadante, nasceu em São José dos Campos, no ano de 1940 e veio para São Paulo para fazer faculdade de medicina.
E assim, começa sua história…
A vida de Otavio não começa em São Paulo, capital. Ela se inicia em São José dos Campos. Lá, ele nadava no rio Paraíba como nós nadamos na piscina ou no mar. Agora o rio é poluído e nós não entramos mais nele, uma tristeza porque poderíamos ter impedido esta tragédia.
Ele também brincava muito na rua: jogava futebol, fazia partidas de bolinha de gude, jogava peão, empinava pipa e sua brincadeira preferida era bandido e mocinho. O seu esporte favorito era basquete, o praticava, mas não era o seu sonho.
Lembra-se de uma grande aventura que viveu, uma viagem para Caraguatatuba. Na época, passou vários dias andando de bicicleta e em cima do caminhão. Saiu de sua cidade e fez a metade do percurso de bicicleta, a outra ele foi em cima da capota de uma caminhonete. Teve que levar comida, colchão, travesseiro, cobertor e muitas outras coisas.
Sua primeira escola foi em um grupo escolar, ele era um dos mais inteligentes. Na realidade, sempre foi um dos mais inteligentes em todas as escolas que estudou, tinha resposta para tudo. As professoras o adoravam e ele gostava muito de ficar em sua casa estudando e lendo. Era bom em Geografia, sua matéria preferida.
Aprendeu a ler aos sete anos. Gostava dos livros de fantasia, mas o seu favorito era Caçadas de Pedrinho, do Monteiro Lobato.
Otavio gostava muito de ajudar os outros, esse foi seu sonho desde pequenininho. Veio para São Paulo viver uma nova vida e estudar em uma ótima faculdade, onde se formou em medicina. Foi assim que ele conseguiu realizar o seu sonho, ajudando as pessoas.
No início, ajudava outros médicos. Tirava os pontos dos adultos, crianças e idosos. Fez cursos, aprendeu muitas coisas e se tornou um médico sanitarista.
Durante uma reunião ele conheceu sua esposa, Stella. Lembra e relata com emoção que “Achei- a muito bonitinha. Quando acabou a reunião fui pegar o ônibus para casa e por sorte -aquela moça- estava no mesmo ônibus”. Otavio foi se aproximando, se apresentando, começaram a conversar e a se conhecer melhor.
Estão casados há 50 anos e, juntos, construíram uma linda família com filhos e netos. Hoje, está aposentado e seu plano é de viajar bastante, para vários lugares com Stella.
“Eu espero que sejam muito felizes e nunca se separem.”
3 Comentários
Marina Corradin
28 de junho de 2016em 01:18Que linda a história.
Uma narrativa muito singela e emocionante.
Maria Mercadante
28 de junho de 2016em 01:26Gostei muito do meu texto
Nina
28 de junho de 2016em 11:50Muito legal! Muito bem escrito!