A vida de Antoninho, uma história única

 Helena Barion Lafer

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Contamos histórias porque ninguém tem uma só. E assim, a historia de meu avô Toninho, também é muito curiosa como várias outras. E muito especial como cada uma.

Na cidade paulista de Pirassununga, nasceu um menino chamado Antoninho Sebastião Barion, filho de Antonio e Rosa.

Antoninho teve uma infância de muitas brincadeiras e divertida junto de seus melhores amigos Claudio, Valdo, Zecão e Alemão. Em uma cidade como Pirassununga era possível brincar na rua, pois, nesta época não havia violência e eles podiam curtir sozinhos pelas ruas da cidade a qualquer momento. Toninho e seus amigos adoravam jogar futebol, empinar pipa, andar de bicicleta e jogar bolinha de gude. Eles também gostavam de ir juntos para a escola, o Instituto de Educação de Pirassununga.

Ele sonhava em ser motorista de caminhão quando ainda era pequeno. Conforme foi crescendo, descobriu uma paixão que o acompanha até hoje, que é pescar. Sempre que vai viajar – e ele viaja bastante! – leva uma velha amiga, sua vara de pescar.

Aos dez anos mudou-se para São Paulo, porque seu pai ia participar da construção do Aeroporto de Congonhas. Essa mudança impressionou muito a ele. A primeira sensação que teve ao chegar em São Paulo foi de surpresas: em sua antiga cidade ele morava no centro, cheio de casas, e logo que chegou em São Paulo foi morar em um bairro onde só havia mato, hortas e pouquíssimos vizinhos. Mas, mesmo assim Toninho adorava o novo trabalho de seu pai porque ele podia vê-lo a qualquer momento, afinal, sua casa era do lado de onde estava sendo construído o aeroporto, e os trabalhos anteriores forçavam seu pai a viajar muito.

Em alguns finais de semana quando seus pais tiravam dias de folga, Antoninho gostava de andar de bicicleta com a família. Eles andavam por horas e horas, até chegar na lagoa do distante bairro chamado “Granja Julieta”.

Quando Antoninho completou quatorze anos seus pais se separaram, e para ajudar a família ele começou a trabalhar. Seu primeiro trabalho foi de “Officie Boy” na empresa de produtos de limpeza chamada Bombril. Officie boy é uma pessoa que faz pequenas tarefas para uma empresa, como ir ao banco e fazer entregas. Depois, arrumou outro emprego com um cargo melhor: chefe de estoque.

Mesmo trabalhando, Antoninho nunca parou de estudar. Se formou como contador. Depois de trabalhar um pouco em um escritório de contabilidade, abriu uma pequena loja de brinquedos e presentes no Aeroporto de Congonhas, que seu pai havia ajudado a construir.

Foi a primeira de muitas outras lojas que abriria ao longo de sua vida. Estas lojas foram os lugares onde meu avô mais gostou de trabalhar. Também foi lá que conheceu sua atual companheira, Rita. Por uma grande coincidência, eles nasceram no mesmo dia, no mesmo mês, na mesma cidade, e no mesmo hospital! Mas em anos diferentes.

Antoninho já foi casado duas vezes. Em seu primeiro casamento ele teve três filhos, Elaine, Andreia e Rogerio. E em seu segundo casamento teve uma filha chamada Carolina. Ele também tem seis netos chamados: Julia, Fernando, Helena, Olivia, Alice e André.

Antoninho gosta muito de viajar, já conheceu todos os continentes mas, as lembranças que marcaram muito sua vida foram as viagens para a Disney e para Foz do Iguaçu que fez com seus filhos. E o lugar mais interessante que conheceu foi a China onde viajou com seu grande amigo Raul “Chinês”, e que aliás foi uma grande aventura.

A lembrança mais triste de sua vida foi a morte de seus pais, deixando-o com o coração dolorido de saudades. Eles serviram de inspiração para muitas de suas conquistas.

Antoninho é uma pessoa incrível com memórias curiosas, e também divertidas. Ele é muito especial principalmente para mim, que acabo de saber interessantes fatos sobre ele. E essa é a história de meu avô. Obrigada!

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