De Sul a Norte

   Valentina Laurindo Krausz

Valentina

Pensando na vida de Claudia é possível imediatamente se imaginar em um avião partindo para vários lugares impressionantes e fantásticos.

Tudo começou em 1970 em uma maternidade. Lucialina dona de casa e Durval bancário tiveram uma filha encantadora, brincalhona e estudiosa chamada Claudia. Logo depois nasceu sua irmã Cleri

Sua casa era um sobrado com um portão alto. Na frente logo que entrava, tinha uma garagem para dois carros, passava por outro portão e na frente tinha uma área que dava na porta principal. No interior  encontrava-se a sala no fundo, havia cozinha e um banheiro, descendo a escada da cozinha havia um outro quarto de empregado e quintal. Na sala tinha uma escada que chegava no quarto de Claudia e Cleri, e no quarto de Lucialina e Durval, além de um banheiro.

 Claudia era um exemplo para os colegas, uma aluna “A”, mas quando chegava em casa ia direto para a rua brincar de esconde esconde, vôlei. Fez várias travessuras, uma delas foi, quando sua irmã e ela tiveram a ideia de entrar na casa do vizinho, e jogar na parede onde o carro encostava: ovo, casca de banana, areia e tudo que encontravam pela frente. Quando o vizinho saiu de casa olhou a parede e gritou: “Quem fez isso?” A rua inteira ouviu, as duas foram falar com ele e disseram que tinha sido dois moleques que passaram por lá. Xingou um pouco mais e teve que limpar tudo sozinho. Até hoje tem o mesmo temperamento, engraçado e agitado.

Na sua adolescência começou a sair e ir viajar sozinha. Uma de suas viagens de férias, em Fortaleza com sua família foi marcante, pois chegou uma carta comunicando que ela havia entrado na faculdade. Ela nunca esqueceu a expressão de felicidade e de orgulho de sua mãe e irmã.

Como todos pré adultos, Claudia arranjou um emprego como emissora de passagens, aprendeu várias coisas, mas infelizmente depois de um ano foi demitida. Ela ficou muito cabisbaixa. Certo dia sua prima Cristina disse que tinha uma oportunidade para morar nos Estados Unidos, em Miami. Ela precisou de um certificado americano o Green Card. Ficou 5 anos tentando recebê-lo. Quando recebeu, ficou muito feliz falou dia e noite da viagem. Mal sabia que ia ficar a vida inteira lá. Tudo isso a deixou literalmente deslumbrada. A despedida foi muito triste e nesse momento bateu um arrependimento.

Foi ansiosa para o aeroporto: pé ante pé com o coração aos pulos. Chegou com 23 anos, teve a impressão de um novo mundo. Encontrou sua tia e no dia seguinte foi estudar inglês.

Atualmente está nos Estados Unidos (há 20 anos) e é responsável pelas compras de remédios para um hospital.

A história de Claudia é um relato deslumbrante sobre viagens de uma mulher através dos lugares mais maravilhosos. Aprendeu a ser uma pessoa mais leve e divertida com a vida e no modo de encarar os desafios. “É tudo história”, como ela mesma descobriu.

Marcado com:     , ,

Deixe seus comentários

Seu e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *