Antonio Kalmar Hubner Marques
Sujeito de sorte esse Daniel! Poderia trabalhar em uma fazenda, no interior, mas acabou indo parar em uma grande empresa de fertilizantes no Itaim, bairro nobre da capital paulista. Graças a seu trabalho competente agora é um diretor de uma empresa chamada Yara. Daniel corre meias maratonas, para isso treina todos os sábados, segundas e quartas-feiras, na sua adorável USP. Atualmente mora em um apartamento dentro de um condômino em Osasco.
Foi em uma quinta-feira que ele nasceu, em São Paulo no Hospital e Maternidade São Paulo. Sua primeira casa era muito “colada” na USP, a Universidade de São Paulo, e a rua onde morava era muito quieta, o que fazia ele gostar muito, porque dava para brincar de tudo quanto era brincadeira.
Felizmente Daniel tinha uma família muito unida, e por isso brincava muito com seus parentes, e seus dois irmãos Rogério e Alexandre. Se divertia muito também com o seu melhor amigo,
Já que sua casa era muito próxima da USP todos finais de semana e feriados ia lá brincar. Se divertia com tudo desde bicicleta a pipa, passando por taco – uma antiga brincadeira que todos brincavam – futebol, pião entre outras, mas o que mais gostava de fazer era consertar, consertar tudo! Até parece que ele viraria uma pessoa tão calma, com toda essa energia de antes.
Como muitos Daniel era um bom aluno, como poucos bons alunos, adorava Matemática.
Anos depois (já na 8ª série) ele e alguns amigos combinaram em um dia letivo de acampar em algum feriado. No começo foi meio tedioso, ficaram na barraca deitados “pensando na vida”. Mas eis que um dos garotos deu a ideia de fazer uma fogueira e todos gostaram. Depois tiveram a ideia de tomar banho de chuva, e assim foi indo. Até que fizeram coisas que só faziam muito antigamente, na infância. Essa foi uma ótima viagem que até lembrou os velhos tempos. Uma viagem e tanto, hein?
Depois desse acontecimento empolgante, Daniel, quis logo se inscrever para o grande intercâmbio escolar. Conseguiu entrar e seu pais sorteado foi Estados Unidos. Você pode achar que é um ótimo país e Daniel pensou como vocês, mas era para o interior da USA, não Miami ou Nova York e mesmo assim sua autoestima continuou intacta. Morou lá por alguns anos, em uma fazenda. O “intercambista” se deu muito mal, porque não sabia nada de Inglês, e a família que conviveu era totalmente o oposto, porém o pior ainda estava por vir. Ele não sabia, mas teve de ir à escola. Nos primeiros dias não entendeu quase nada, mas deu um “jeitinho brasileiro” e aos poucos foi se virando.
“Foi muito difícil a escolha de trabalho ”-disse ele. Um homem como Daniel, sempre decidido, ficou um pouco confuso diante dessa situação para que “lado ir”, ficou cheio de dúvidas. Então foi tentar a sorte na faculdade perto de sua casa de infância, a USP. Conseguiu, embora teve de se distanciar da família, pois a faculdade para engenheiros agrônomos (sua especialidade) era em Piracicaba, no interior de São Paulo. Mas voltava aos sábados, para “tirar saudades”.
Daniel pode e deve se orgulhar muito pelo seu caminho até agora. Porque já passou por raras histórias, desde uma infância inesquecível a baitas viagens. E essa foi mais uma história, de outras tantas que não se concluiu.
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