Marici, uma pessoa da justiça

Por Flora Tiemi

flora-memorias (3)Marici Bonafé minha vó “drasta” tem um filho e uma irmã viva. Seu filho se chama Gustavo Bonafé e sua irmã, Lena. Ela tem 64 anos e contarei um pouco deles.

Marici é a irmã caçula da família, tem 7 anos de diferença com sua irmã e 12 anos de diferença com seu irmão, com essa diferença ela não brincava muito com eles. Ela gostava de brincar de suas brincadeiras. Mas mesmo com essa diferença gostava muito de ficar com eles nos domingos, pois nos outros dias quase não se viam porque seu irmão fazia faculdade de medicina e sua irmã começou a dar aulas. Marici sentia muita saudade e por isso, domingo era um dia especial para ela e adorava de ficar com eles nesse dia.

Ela entrou na escola com 7 anos, passou muitos anos lá e por coincidência sua mãe foi sua professora “hahaha” no primeiro e na metade do segundo ano primário. Imagina ter sua própria mãe como professora? Ela devia pegar em seu pé para tirar notas boas, mas ela devia ajudar nas lições.

Mas mesmo sendo sua mãe, não conseguiu superar sua professora do terceiro ano primário Dona Alcione e só para compensar sua mãe e ela eram amigas e Dona Alcione, também tinha filhas. Marici adorava brincar com elas!

Marici também viveu muitos anos bons em sua vida, mas os melhores foram (sem contar o ano em que nasceu seu filho) o ano que entrou na faculdade, que era de direito. Ela escolheu essa modalidade porque acreditava muito em justiça, pois ela acha que é uma forma de resolver as coisas entre pessoas de maneiras diferentes de pensar e acabam numa disputa e a justiça é uma maneira de resolver – ela achou esse ano muito rico. Ela também adorou o ano em seguida que foi o ano de 1968 porque ela viu muitas mudanças no país.

Mesmo não sendo exatamente da minha família, Marici é muito importante para mim, ela é muito legal, sempre me ajudou e é uma pessoa que escolhi porque ela me contava coisas sobre a infância dela. Então pensei que ela poderia ser uma pessoa legal para escrever uma memória por isso a escolhi e acho que ela terá muita história para contar e para viver nesse tempo.

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