Raul Quattrone Francisco
Ela é brasileira, mas mora na Itália. Quem? Maria Stella Alves Quattrone: uma mulher gentil, feliz, amorosa. E que morou por um bom tempo na Vila Madalena, a maior parte da sua vida.
Foi a primeira a nascer de suas duas irmãs: Maria Paula e Maria Luiza. Todas filhas de Marilda. Uma de suas irmãs nasceu com o cordão umbilical em volta do pescoço. Stella teve sua entrada no mundo em 1970 – época dos hippies.
Em sua infância teve muitas amigas chamadas: Evâ, Marta e Vanessa. Luciana, também sua amiga, morreu em um acidente de carro. Brincava com suas irmãs de professora, beijo- abraço e aperto de mão, muito esconde – esconde, bicicleta e comidinha com bananeiras e pitangas que havia na casa. Adorava sua vizinha Sonia. Fazia pegadinhas-não frequentemente – e era obediente.
Na escola Stella foi bem no primário, piorou no ginásio e melhorou no colegial.
Na juventude, começou a viajar sozinha com quinze anos e a namorar com dezessete. Um de seus namorados foi o filho da vizinha: Dido. Mas o homem com quem se casou foi Angelo, um tempo depois se separaram e tiveram duas filhas. O primeiro trabalho que Stella teve foi numa escola em Pinheiros de recreação infantil pois adorava cuidar das pessoas e queria ser assistente social.
Foi para a Itália com vinte e um anos. O motivo para se mudar para a Itália foi porque se apaixonou pelo pai de suas filhas. Sua ida a Itália foi explêndida, seu coração saltitava, queria chegar logo e em sua cabeça esperava a realização dos sonhos, a paixão e as descobertas da beleza do país.
Hoje em dia é uma mulher muito feliz com duas filhas e um novo marido. Seu apelido é Pino. Vivem felizes com uma cachorrinha, a Nina. Stella não trabalha fica em casa cuidando das filhas Iris e Lisa e até agora não se aposentou. Hoje mora em Torino na cidade de Orbassano. A Itália é um pais muito bonito, mas a mesma crise que o Brasil atravessa também existe na Itália, com dimensões e cultura diferentes.
Isso é o que Stella diz sobre a Itália na crise.
Neste tempo um fato horrível marcou a vida dela: a morte de seu pai Antonio Quattrone. Um fato tão importante que a obrigou a sair da Itália e vir para o Brasil em seu enterro. Realmente foi triste com uma chuva de lágrimas e um discurso de um ente querido de seu pai, antes de enterrarem Antônio.
Todos sabemos que a morte de um ente querido é triste, mas se pensarmos melhor perceberemos que o pai de Stella e todos que faleceram vão para um lugar melhor, o céu, um lugar limpo, feliz e pelo menos sabemos que estão bem e não mal. Isso com certeza é um alívio muito grande.
Esta foi a vida de Stella até hoje. Tudo que foi contado revelou uma mulher gentil, feliz, amorosa… e que morou por um bom tempo na Vila Madalena, a maior parte de sua vida.
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