Memórias que não podem deixar de ser contadas

Helena Franco Fernandes

Esportivo, amigo, avô, engraçado, me banha de conhecimento.   Memórias contadas por uma pessoa muito especial, meu avô, Fernando Gomes Franco. Sou neta dele entre outros sete netos, quatro filhos e uma bela esposa, muito bonito de se ver!

Nasceu no ano de 1943, em São Paulo. Sempre morou na sua cidade natal. Quando criança morava com seus pais e seu irmão, era o caçula da família.

Na sua infância, passava as férias em Santos  – na casa de sua mãe e tias- e gostava de fazer castelos de areia. Puxa quantos castelos de areias! Uma vez de tanto ficar exposto ao Sol, ficou ferido e dolorido. Puxa dores difíceis!

Adorava jogar bola, até hoje vê jogos de futebol. Quando era criança morava perto do antigo estádio do  Palmeiras. O melhor jogador era seu vizinho de porta. Mas mesmo assim continuou com sua opinião firme e forte, torcendo para o São Paulo sem se arrepender. Gerou uma família de são-paulinos.

Na sua infância andou muito de bicicleta, aos doze anos começou a ir até o parque do Pacaembu. Eram 10 quilômetros para ir e mais dez para voltar. Vinte quilômetros! Mas o verdadeiro desafio era de tirar o fôlego! Subir as escadas com as bicicletas. Morava no terceiro andar.  Disse que em alguns prédios tinham cordas para puxá-las, para facilitar a subida, queria que tivesse uma em sua janela.

Mais velho, começou a ter problemas na visão e começou a usar óculos. Teve que parar de jogar futebol, pois não estava conseguindo ver muito bem a bola. Tinha um interesse por tênis. Hoje se interessa mais por tênis  do que por futebol. Se  aprofundou mais no esporte e o adorou. Hoje joga com seus amigos no clube, é um craque!

Quando ficou adulto, teve uma vida cheia de viagens. Algumas dessas foram até no Japão, ou no interior do Brasil. Algumas com os seus quatro filhos e esposa. Outras com o congresso onde trabalhava. Vou relatar algumas de suas viagens, com memórias marcantes para o resto de sua vida.

Viajou para a Alemanha a trabalho… houve uma suspeita de bomba no avião, de volta para São Paulo. Contou-me que todos os passageiros saíram, para identificar as bagagens, o que fez demorar horas. No final não tinha nenhuma bomba. Que bom!

Em uma viagem a passeio, com seus filhos e esposa a  Disney, quando estava nevando, meu avô decidiu usar shorts ao ver os americanos usando já acostumados com a temperatura. Foi assim: no dia seguinte colocou shorts ao entrar no parque quase congelou de tanto frio, mas não podiam voltar, seus filhos tinham lhe avisado. Ficou dois dias na viagem de cama resfriado. Totalmente congelado!

11 de setembro de 2000. Um desespero. A queda das torres gêmeas. Um desastre! O maior desespero, uma verdadeira crise que parou um país. Meu avô em outra viagem a trabalho em Chicago (Elinois) sem saber de nada, estava indo trabalhar de taxi. Quando minha mãe ligou explicando tudo: primeiro um avião bateu na primeira torre, depois outro bateu na segunda. Foi o maior atentado já acontecido nos Estados Unidos da América. Quando ele chegou no congresso todos os seus colegas de trabalho, e outras pessoas, estavam na televisão para saber mais. Para conseguir comida foi muito difícil, pois nenhum restaurante queria funcionar, não sabiam se ia ter mais algum ataque. No final o congresso providenciou sanduíches. Para voltar para casa demorou 3 dias, antes estava tudo fechado, e tudo lotado todos os viajantes queriam voltar para casa e família, e alguns fugindo do país, com medo e preocupação. Foi  chocante, assustador!

Estas foram as memórias de Fernando. Com efeito, assim foi e assim aconteceu. E estas são   histórias que ele nunca mais esqueceu.  Como uma bola chutada, ou lançada, que nunca mais volta. Pois esta história não acaba mais…

HELENA

 

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