Algumas das melhores memórias

Joana Chacon Neder

Estas quatro histórias que você vai ler, você nunca leu antes. Elas são sobre uma pessoa, e esta pessoa é minha avó, ela se chama Suely.

Ela tinha uma mãe, um pai e uma irmã. Destas pessoas a que mais sentia amor era o pai, porque pensavam muito parecidos e ela gostava disso. A família viajava pouco, porque o pai trabalhava muito, mas quando viajava,  ela gostava de ir para  para Santos.

Quando ela era pequena estudou em dois colégios diferentes em cidades diferentes, o primeiro colégio foi o Oswaldo Cruz. Quando foi morar em Santos foi estudar no colégio Stela Maris.

A primeira memória aconteceu no colégio Oswaldo Cruz. A professora falou um palavrão para Suely que foi reportar o fato ocorrido na diretoria. À diretora chamou o pai da minha avó, porque naquela época os professores eram levados muito a sério. A professora foi chamada  e confessou,  porque Suely estava lá e não tinha como negar. Ela não foi demitida pois era uma ótima professora, mas foi fortemente advertida pela diretora.

A segunda foi assim: ela estava em um aeroporto de Roma quando muitos guardas começaram a entrar e sabem o que a aconteceu? Formaram um corredor e dali saiu o papa João Paulo II  e deu a benção para as pessoas do aeroporto incluindo minha avó. Ela ficou muito emocionada!

Outra memória foi assim: ela estava em Nova York assistindo um musical chamado Cabaret (na Broadway), ela se sentou bem na frente. O artista cantava e dançava!  Até que no começo do segundo intervalo o artista entrou e todos aplaudiram, mas ele ficou olhando e olhando para a plateia até que desceu por uma escadinha lateral. Minha avó estava com medo, pois ele iria escolher alguém, mas ele logo passou dela e foi para o fundo. Ela sentiu se aliviada. Até que ela sente alguém segurando a sua cintura e era o protagonista!  Ela era a escolhida. Ele a levou para o palco e dançou com ela, giraram e rodopiaram. Pediu a ele para parar. Ele mostrou -a para o público e disse ”Ela não é linda? ” Todos responderam sim. No final ela, como todos, foram para a lanchonete e todos começaram a falar “Nossa! Ela é a moça que subiu no palco!!!”.  Durante a noite ela não conseguiu dormir “não acredito que subi em um palco da Broadway ”, pensou Suely durante a noite toda.

Minha avó pensava em trabalhar como candidata a médica, e assim foi (ela ficou seis anos) trabalhando como médica “salvadora de vidas voluntária” na favela de Paraisópolis no complexo do hospital Albert Einstein.  Chegou uma menina da favela muito machucada. Ela solicitou uma ajuda a uma das atendentes se negou a fazer. O fato ocorrente foi parar no Conselho Regional de Medicina que achou aquilo um absurdo completo.  A enfermeira tentou culpar minha avó Suely, no momento que a coisa ficou feia para o lado dela, mas não foi possível. Quando o hospital que a enfermeira trabalhava soube, cuidou para que ela fosse demitida. O Hospital Albert Einstein  atendeu a criança de graça, porque ficaram com muita pena dela.  Depois de investigar melhor o hospital descobriu que era muito grave mesmo o que ela tinha.

Estas foram apenas quatro das muitas incríveis memórias da minha querida avó Suely. Terei de parar por aqui, porque se não ficarei muito tempo escrevendo as muitas memórias dela. Assim foi assim e aconteceu estas historias que ela nunca mais esqueceu.

JOANA

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1 comentário

  1. H

    Oi Joana.
    Gostei muito de seu texto!!
    Ele esta muito bom detalhado, INCRIVEL!!!
    Gostei muito
    Bjs
    Helena

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