Por Francisco Piratininga Mauger
José Thomaz Mauger, nascido em São Paulo, Capital, no dia 07/05/1959, na Rua Cássio Martins Villaça, 432, Pacaembu, tem como apelido “ZÉ”, vai compartilhar sua memória conosco.
A maternidade Chamava-se “são Paulo, e ficava na Rua Frei Caneca. Hoje, o enorme prédio foi demolido.
A família de seu pai veio dos Estados Unidos da América, ao fim da guerra civil americana. Eles eram fazendeiros de alfafa e perderam tudo que tinham e resolveram tentar a sorte no Brasil, plantando cana numa fazenda situada no Município de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, porque no Brasil ainda existia o regime de escravidão.
Quando a escravidão foi abolida, perderam tudo novamente e acabaram se mudando para São Paulo.
A família de sua mãe era brasileira, descendente de portugueses. Seu avô era Engenheiro ferroviário e participou da construção de quase todas as estradas de ferro do Brasil.
Sua família era composta de 10 pessoas: Seus pais e oito filhos. José era o sexto filho.
A cidade de São Paulo, na infância do seu pai era muito pacata e ainda estava em crescimento. O bairro do Pacaembu foi criado para ser exclusivamente residencial, então, tanto nos dias da semana quanto no final de semana, tinha muito pouca gente circulando pelo bairro.
A televisão estava apenas começando, então brincava-se na rua, fizesse chuva ou sol, jogando futebol, taco, carrinho de rolimã, pega- pega, entre outros.
Naquela época não havia muitos bonecos para meninos. Menino tinha mesmo, era bola de futebol
As viagens eram , no verão, para São Vicente, Guarujá ou São Sebastião. No inverno, viajávamos para Campos do Jordão.
As festas comemorativas eram: aniversário, quase sempre uma pequena festa com bolo e brigadeiro. O Natal acontecia sempre na casa da irmã do pai. O Ano novo era comemorado em casa de forma simples, apenas esperando chegar a meia-noite, quando o pai tocava o alarme da casa.
Quando pequeno, gostava de jogar futebol na rua com os amigos, correr de carrinho de rolimã, andar de bicicleta e freqüentar o clube.
Um fato engraçado de sua infância: certa vez ele pisou num rodo que estava no chão e o cabo do rodo bateu na sua testa; como doía muito, foi correndo falar com a mãe; só que, de tanto chorar, não conseguia falar e sua mãe não entendia o ocorrido. Então, ele pegou em seus braços, levou-a até o local e pisou novamente no rodo, levando outra pancada na testa.
Em sua época existia o primário, o ginásio e o colegial. Cursou o primário no Externato Nossa Senhora de Lourdes, prestou admissão (que era pular o 5º ano) e cursou parte do ginásio no Colégio Santa Cruz e parte do Ginásio e Colegial no Colégio de São Bento.
A adolescência foi um período difícil em termos de finanças, mas ele tinha muitos amigos no bairro e se divertia com todos, andando de bicicleta, frequentando o Estádio do Pacaembu, para assistir a qualquer jogo de futebol, já que morava bem perto.
Praticava vários esportes, como futebol, vôlei, basquete.
Namorou a primeira vez quando tinha uns 15 anos de idade.
A única coisa marcante que se lembra foi ter evitado um roubo no vizinho, pois foi brigar com o ladrão, comportamento que não recomenda.
Na adolescência, freqüentava o Clube Atlético Paulistano, ia ao Cinema e participava de festas em casa de amigos do bairro e meninas do Colégio Sion.
Uma decepção de sua infância foi ter sido expulso do Colégio Santa Cruz. Ele era bolsista nesta escola e não podia ter notas baixas. Mas não foi bem em algumas matérias e acabou sendo transferido para o Colégio São Bento.
Um fato engraçado da adolescência: ele formou com mais dois amigos do bairro, um com banda chamada “Os Muquiranas” onde tocava contrabaixo. Resolveram se inscrever num festival de música e compuseram uma música cujo título era: “O Enterro do Amor”. A música foi gravada em disco, mas, era tão ruim que ninguém comprou.
Nem os pais.
Começou a trabalhar com treze anos de idade, exercendo a função de contínuo.
Uma conquista da sua adolescência foi ter prestado vestibular e entrado na Faculdade de Direito da PUC – SP.
Nos tempos livres, gosta de praticar atividades físicas em parques.
Casou-se duas vezes.
O primeiro casamento teve início em 1986 e terminou em 1994. O segundo casamento iniciou-se em 1999 e a separação ocorreu em 2010.
Um fato engraçado de sua fase adulta: quando a segunda esposa dele ficou grávida, os amigos do trabalho resolveram preparar para ele um “chá de bebê”, eventos realizados normalmente com mulheres. Ele teve que se vestir de mulher, passar batom nos lábios, entre outras brincadeiras.
Sua primeira filha, Luiza, nasceu em 26 de setembro de 1988; sua segunda filha, Anna Isabel, nasceu em 13 de setembro de 1989 e seu terceiro filho, Francisco, nasceu em 28 de junho de 2006.
O melhor presente que ganhou na sua vida foram seus três filhos.
1 comentário
Carolina
27 de junho de 2016em 21:38AMEI o texto. Está muito bem escrito.