Entre olhos azuis

Por Maria Mendes D. Araujo

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Iara Regina Mendes Demartini nasceu na cidade de Curitibanos em Santa Catarina, tem duas irmãs, a minha mãe Ana e a minha outra tia Claudia.

Minha tia entrou na escola com 6 anos e parou de estudar com 22 anos, quando terminou a faculdade de Publicidade. Ela tinha um bebê de brinquedo que chamava “meu bebezinho”.  Ela ia para cima e para baixo, de um lado pro outro, sem parar para respirar dando “comidinha” e trocando sua “fralda”.

Tinha uma coruja de estimação chamada Buiú, que meu avô achou no chão, caída de uma árvore. Era muito fofa. Também tinha um pequeno escorpião que não tinha nome e que ficava num pote de vidro.

Uma vez, quando minha tia Iara estava acampando choveu muito e quando ela acordou estava boiando dentro da barraca.

maria04Minha tia amava brincar de loja, escolinha, boneca, olimpíadas. Uma de suas atividades preferidas era ginástica artística. Ela fazia aulas e competia em campeonatos estaduais e brasileiro.

A adolescência da minha tia foi muito boa, ela era comportada, boa aluna e inteligente. Ela amava sua escola. Minha tia estudou em duas escolas: a escola Uruguai e a escola Bom Conselho, e amava suas escolas. Ela adorava matemática, sempre foi boa nisso.

Nessa época minha tia foi um ídolo para todas as meninas de sua ginástica. Iara tinha muitos ídolos, como a Madona, que amava e ainda ama de paixão.

O sonho da Iara era ser médica, até o dia em que estava em uma aula para o Vestibular em que teve de dissecar um cadáver e ela desmaiou!

Já adulta minha tia teve vários trabalhos. O primeiro trabalho dela foi em uma loja de surfe.

Em 2007, veio para São Paulo. Agora ela trabalha em uma agência de propaganda chamada F/Biz e é chefe do departamento de produção de comerciais. Nos horários livres, minha tia está fazendo uma série de bichinhos de crochê, muito lindos!

Hoje ela é dona do Hi-Fi, um gatinho muito fofo e dengoso.

No ano passado, em 2015, fomos viajar para a Argentina e foi a primeira vez que nós duas vimos neve. Tia Iara e eu aprendemos a esquiar. No penúltimo dia ela estava esquiando e, de repente, um homem que estava atrás dela de snowboard, na maior velocidade, a atropelou. Foi resgatada no meio da montanha por dois paramédicos e andou em um trenó toda amarrada. Depois andou de ambulância pela primeira vez. E quando chegou no Brasil ela teve que operar o joelho.

Mas isso já é outra história…

 

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