Por Martin Ferreira Vilela
Claudenice Gonçalves dos Santos nasceu em um hospital no Paraná chamado Rolândia, no dia 13 de março de 1967. O apelido dela é Preta, por ser chamada assim desde criança. Seu pai chama-se Joaquim, sua, Marta e tem três irmãs chamadas Cleusa, Cleunice e Claudete!
Ela brincava na rua, tinha mais liberdade do que tem hoje, não passava tanto carro, era mais seguro. Nos fins de semana, sua mãe convidava muitos primos, tias, tios e sua mãe fazia bastante comida para todos comerem. E brincavam em uma varanda. Nos dias semanais, Preta levantava cedo de sua cama, ajudava a mãe dela e depois ia para a escola.
Assistia filmes com a família, seu pai gostava de filmes evangélicos, e com os amigos andava de bicicleta, brincava de fubeca, carrinho de rolimã, barra-manteiga e patins. Essa era a programação dos dias de sol em sua rua! E nos de chuva, ficava em casa com sua mãe, seu pai e suas irmãs. Tempos atrás ela ficava até tarde da noite brincando na rua!
Ela tinha um papagaio chamado José, uma tartaruga que não se lembra do nome, e dois cachorros chamados Duke e Tio, brincava muito com eles, Duke era branco e Tio era preto com manchas brancas.
Ficava em sua casa nas férias, dormia até tarde, não tinha hora para nada, os pais dela não colocavam ordem podiam fazer o que quisessem, ir a casa da avó Benedita – que era perto – lá tinha pé de fruta ficavam chupando, tinha laranjeira, jabuticabeira, mangueira, abacateiro.
Seu Natal era incrível, a árvore era de verdade, que enfeitavam. Faziam rabanada, tinha muita comida e todos os parentes iam na casa da mãe de Claudenice, e era uma festa muito grande, ela ganhava bonecas e ficava “feliz da vida”.
Seu aniversário era muito gostoso. Usavam tudo que já tinha na casa, não compravam nada. O bolo, os salgados, era tudo feito em casa.
As festas juninas, nem se fala! Porque no bairro onde ela morava, os moradores fechavam a rua, e aí todos se vestiam de caipira, faziam aquela fogueira gigante no meio da rua. Tinha canjica, maria-mole, arroz-doce, bolo de fubá, tudo de festa junina os adultos faziam.
A Páscoa era ótima, ela pegava um ovo, cozinhava, pintava a casca e colocava nas cestas de Páscoa para enfeitar o local. Ganhava chocolate, caixa de bombom e ganhava um ovo de chocolate só para dividirem por que era muita gente e a família dela não tinha dinheiro para comprar muitos ovos para cada um.
No dia das crianças ela não ganhava brinquedo, só seu pai às vezes comprava um jogo para a família comemorar, eles preferiam comprar roupas. Os melhores amigos dela de infância se chamavam André e Luana que era bem carinhosa.
O que ela mais gostava em seu colégio era o local, que era bonito e bom para brincar. A maior bronca que já levou foi quando o perueiro estava dirigindo e ela e seus amigos saíram da perua em movimento, então ele deu uma bronca neles e não deixou mais pegarem carona – tiveram quem mudar de perua. Ela praticava vôlei, ia no clube treinar e jogava.
Sua maior enrascada foi quando sua mãe mudou de casa e ela ia para sua casa antiga sempre, até o dia que seu pai descobriu. Sempre foi são-paulina e só às vezes brincava com os irmãos porque ela era caçula e eles iam ao trabalho. Seu primeiro cinema foi ver o filme “Ao mestre com carinho” que era um professor carinhoso!
Sua adolescência foi muito difícil porque seu pai faleceu então ficou muito triste. Ela ia muito na praia com seus amigos, com 16 anos começou a namorar, e seu ídolo era o John Lennon.
Em sua lua de mel foi a praia. Conheceu minha mãe quando ela era solteira! Veio para São Paulo e agora tem muitos amigos aqui como eu, minha mãe, meu pai, meus irmãos, Roberta, Noelly, Marco, Marcos, Camila, Paula, Teresa, João e Andréia – quem tem um filho – e muitos outros. “Mas essa já é outra historia”…
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