Festivera 2017: criação e interpretação |
“O que vocês verão aqui hoje é um espetáculo”, anunciou Ana Bergamin, coordenadora do Ensino Médio, durante sua fala de abertura. E foi mesmo um grande espetáculo, na quinta-feira, 5 de outubro, na quadra da Unidade Baumann.
Em uma mistura de cores, formas e sons, os alunos do EM mostraram seus múltiplos talentos durante o XVIII Festivera. Os 106 alunos participantes do evento cultural, que acontece desde 2000, encantaram a plateia com performances de dança, música, teatro e arte circense. Como expressar questões universais meio da arte? Toda a concepção do espetáculo foi pensada pelos alunos, em conversas entre todas as turmas. A partir daí, a construção de “Usando o fio todo” consistiu em retomar, com brincadeiras, as alegrias da infância do elenco e da equipe para tornar a existência adolescente e adulta mais palatável. Para Lia Abrão Ballak Dias, aluna da 2ª série, o processo de criação do Festivera foi interessante, pois todos estavam determinados a fazer uma apresentação lúdica, única e capaz de proporcionar diversão aos que integraram a equipe. “Em um ensaio, conseguimos fazer duas coreografias e montar a banda – com uma pessoa que não toca bateria tocando bateria. Até ontem, não estávamos seguros de que daria certo. Mas, depois da apresentação de hoje, achamos que foi um dos Festiveras mais lindos que a gente já fez.” O maior objetivo do Festivera, segundo a professora de Dança Iza Lotito, é o protagonismo juvenil. “Queremos que os alunos sejam criadores e ao mesmo tempo intérpretes das coreografias. Tivemos balé clássico, crossfit, dança contemporânea sob a ótica do adolescente: eles olhando para o mundo e trazendo as problematizações do tema para o corpo”, explica. E nesse processo, segundo a professora, foram resgatadas danças populares, como o frevo. “Fizemos desafios de corda – lembrando por que a gente só brinca de corda na infância –, e também juntamos o teatro, trazendo os atores da Escola, a canção e as artes visuais. O trabalho com as linguagens da arte ficou bem redondo”. Lucas de Almeida Marros, da 1ª série, conta que os amigos o viram pulando corda nas aulas de Educação Física, e logo o convidaram a participar do Festivera. “Foi pesado, treinamos muito, mas foi muito legal. É bom quando a gente pode mostrar para os pais um trabalho. Eu quero participar das próximas edições, com certeza!” Para Livia Prazim, aluna da 3ª série, o Festivera é um dos componentes mais significativos do EM do Vera Cruz e teve papel fundamental na sua vida escolar. “Na 1ª série, foi uma forma de entrar no EM, quando eu me senti mais integrada; agora, no último ano, é o melhor jeito de fechar esse ciclo, que foi ótimo, aqui no Vera. Isso me impactou muito e eu vou levar para sempre. Me faz muito feliz”. Nesta edição do evento, os alunos fizeram duas apresentações: de manhã, para os colegas do EM e alunos do 9º ano, e à noite, para os pais e funcionários da Escola. |